
A Universidade Nacional do México foi fundada em 1910, como instituição de ensino superior herdeira da Real Pontifícia Universidade do México, criada em 1551 segundo o modelo da Universidade de Salamanca. Em 1929, o Governo federal concedeu-lhe o actual estatuto de autonomia, adoptando então, também o seu nome actual de Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM). Hoje, tornou-se no principal centro de estudos superiores do México e um dos mais importantes da América Latina.
No campo das Humanidades, a UNAM destacou-se pela sua trajectória de abertura ao pensamento ibero-americano e como centro de acolhimento de destacados pensadores e professores espanhóis exilados na sequência da Guerra Civil. Os centros universitários que esta área de conhecimento compreende, como os institutos de Investigações Históricas, Filosóficas, Filológicas e Estéticas, produziram mais de 2700 livros, além de editarem 16 revistas periódicas.
A UNAM está encarregada de gerir a Biblioteca Nacional e a Hemeroteca Nacional, tendo a sua própria rede de 141 bibliotecas. Irradia uma ampla actividade cultural expressa em múltiplas facetas, como é o caso das suas orquestras filarmónica e sinfónica; uma emissora de rádio e un canal de televisão; a filmoteca mais importante do país; o Centro Universitário de Estudos Cinematográficos, que é a escola de cinema mais antiga da América Latina e uma rede de museus universitários com um amplo espectro temático. A UNAM tem um portal digital institucional e muitos outros correspondentes aos seus centros, que a colocaram no primeiro lugar da Iberoamérica. Das suas salas de aula saíram os três mexicanos galardoados com o Prémio Nobel e oito dos dez que receberam o Prémio Príncipe das Astúrias. O seu campus principal na capital mexicana, a Cidade Universitária, inaugurada en 1954, foi declarada Património Cultural da Humanidade pela UNESCO, em 2007, como exemplo de conjunto monumental do modernismo do século xx.