TEATRO INFANTIL
O Homem da Capa Verde, de Fernando de Paços
Sociedade Dramática de Carnide
5 de Dezembro de 2009 - 28 de Fevereiro de 2010
6as- 21:30 h; Sábados- 17 h; Domingos-11 h
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Realizador e actor brasileiro (Salto do Itú, São Paulo, 21.4.1920 – São Paulo, 7.11.2009) que se tornou um dos actores mais populares do Brasil, em filmes como Querida Susana (1947, de Alberto Pieralisi), Tico-Tico no Fubá (1952, de Adolfo Celi), Sinhá Moça (1954, de Tom Payne e Oswaldo Sampaio) e A Arara Vermelha (1957, de Tom Payne). Em 1957, dirigiu o seu primeiro filme, Absolutamente certo, uma comédia musical, rodando em Espanha Um Raio de Luz e, entre nós, a terceira versão de As Pupilas do Senhor Reitor, no qual interpretou a personagem de Daniel (1959-1960). O segundo filme, O Pagador de Promessas (1962), segundo a peça de Dias Gomes, foi também um triunfo para o cinema brasileiro, ganhando a Palma de Ouro, em Cannes. O seu filme Vereda de Salvação (1965) foi apresentado no Festival de Berlim e nomeado para o Urso de Ouro.
Outros filmes: O Reimplante (1969), Quélé do Pajéu (1970), Um Certo Capitão Rodrigo (1971), O Descarte (1973), Já não se faz Amor como Antigamente (1974), Marido Que Volta Deve Avisar (1975), O Crime do Zé Bigorna (1976), Os Trombadinhas (1979).
Actor, realizador, argumentista, produtor e encenador americano, de ascendência irlandesa (Nova Iorque, 14.11.1948 – Los Angeles, 22.9.2009) que começou por estar ligado, na juventude, a diversos grupos de rock. Depois de frequentar escolas de representação, ingressou no teatro e foi assistente de Harold Prince na Broadway, tentando depois Hollywood, onde começou a desempenhar papéis em séries de televisão e, mais tarde, a conseguir pequenos papéis no cinema. Dos tempos iniciais da sua notoriedade data Coming Home (1978, de Hal Hashby). Dois anos depois era o herói de The Exterminator (1980, de James Glickenhouse). Curiosamente, Ginty é mais conhecido, na Europa, como encenador de teatro experimental, que continuou a fazer. Em 2004, dirigiu uma versão musical (rap/hip-hop) de A Laranja Mecânica, de Anthony Burgess. No cinema, dirigiu Bounty Hunter (1989), Vietnam, Texas (1990), Shootfighter (1992) e Woman of Desire (1993), além de numerosos filmes e episódios de séries de televisão.
Dramaturgo jamaicano (1940 – Kingston, 15.9.2009), co-autor, com o realizador Perry Henzell, do argumento e guião do filme de ambiente reggae, The Harder They Come (1972). Em 1975, dirigiu Smile Orange, resultante de uma peça de teatro de sua autoria. Outras peças importantes de Trevor Rhone foram levadas à cena com êxito: The Web (1972), School's Out (1975), Old Story Time (1979), Two Can Play (1983), The Game (1985), One Stop Driver (1989), Bella’s Gate Boy (2002). Trevor Rhone recebeu a Musgrave Gold Medal Award, em 1988, o Living Legend Award atribuído pelo National Black Theatre dos EUA (1996) e o Norman Washington Manley Award, atribuído de quatro em quatro anos a uma personalidade que se distinga no âmbito da teatro (1996). Entre outros prémios no âmbito cinematográfico, recebeu o prémio do Festival de Cinema de Cork (Irlanda).
Jornalista e escritor britânico (Hunslet, Leeds, 6.2.1939 – Londres, 4.9.2009), autor de Billy Liar (1959) e Jeffrey Bernard Is Unwell (1989) e celebrado colunista do Daily Mail. Crítico da degradação da língua inglesa, fundou a Association for the Abolition of the Aberrant Apostrophe para combater a má pontuação nos letreiros públicos. Além do romance There Is A Happy Land (1956), Jubb (1963), The Buckett Shop (1968), Everything Must Go (1969), Mondays, Thurdays (1976), Office Life (1978), The Collected Letters of Nobody (1986), entre muitas outras obras, Keith Waterhouse escreveu com Willis Hall o argumento/guião de Whistle Down the Wind (1961, de Bryan Forbes) e A Kind of Loving (1962, de John Schlesinger) e também de Billy Liar, transposto para cinema por John Schlesinger, em 1963. Colaborou em numerosas séries de televisão, como argumentista e roteirista, destacando-se a série That Was the Week That Was (1962-1963).
Actor e encenador (Lisboa, 30.9.1939 - ibid., 21.8.2009).
«É da televisão que o grande público terá uma imagem mais vívida de José Armando Tavares de Morais e Castro, das séries e novelas da RTP e da TVI às Lições do Tonecas (1996/8), mas foi no teatro que se estreou, ainda no liceu, e que mais trabalhou ao longo de mais de 50 anos de carreira. Dirigente da Casa do Artista, onde residia nos meses que antecederam o seu internamento, casado com a actriz Linda Silva.
Estreou-se em palco com o Grupo Cénico do Centro 25 da Mocidade Portuguesa ainda no liceu. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa por insistência do pai, que “além de advogado, também tinha uma costela ligada ao teatro”, recordou Morais e Castro numa entrevista à Sociedade Portuguesa de Autores.
Considerava o Teatro Moderno de Lisboa a sua escola de teatro e dois anos após o seu final, uniu-se a Irene Cruz, João Lourenço e Rui Mendes para fundar o Grupo 4, que inaugurou o palco do Teatro Aberto, em Lisboa.»
Ler na íntegra a notícia do Público.
Comediante português e figura de referência do humor português (Lisboa, 19.10.1929 – ibid., 8.8.2009). Iniciou-se, como amador, em 1947, no Grupo Dramático da Sociedade de Instrução Guilherme Cossul. Profissional desde 1952, notabilizou-se como artista de variedades (após O Sol da Meia-Noite, no Maxime) e teatral (opereta — Maria da Fonte no Monumental, em 1953; comédia — A Irmã S. Sulpício no Apolo, em 1954; e revista — com destaque para Bate o Pé no Maria Vitória, com A Guerra de 1908, em 1961). O sucesso como humorista consolidou-se nos espectáculos a solo, na rádio e nas gravações em disco (A Guerra, História da Minha Vida, Poema do Egocentrista, Poema do Que Ela Me Disse, Médico, Frica e os Leopoldos, É do Inimigo?, Concerto de Violino, Bombeiral da Moda, A Maternidade). A partir de 1963, foi figura indispensável no teatro para televisão, em Portugal e no Brasil. Em 1964-1970, construiu e foi empresário do Teatro Villaret, onde levou à cena grandes êxitos, como a sua interpetação do Tartufo de Molière. A sua popularidade culminou com a apresentação de programas de televisão, que constituem marcos históricos nos respectivos géneros: Zip-Zip (talk show, 1969) e A Visita da Cornélia (concurso, 1977). Em 1991, foi publicada a sua biografia com o título A Vida Não Se Perdeu. Em 2002, quando completou 50 Anos de Carreira, foi homenageado com a Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa. A 10 de Junho de 2004, recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Raul Solnado era director da Casa do Artista, em Lisboa, instituição que ajudou a fundar, em 1999.
No cinema, integrou o elenco de, por exemplo, A Garça e a Serpente (1952, de Arthur Duarte), Ar, Água e Luz (1956, de Fernando Garcia), O Noivo das Caldas (1956, de Arthur Duarte), Perdeu-se Um Marido (1956, de Henrique Campos), Sangue Toureiro e O Tarzan do 5.o Esquerdo (1958, de Augusto Fraga), As Pupilas do Senhor Reitor (1960, de Perdigão Queiroga), Dom Roberto (1962, de Ernesto de Sousa), O Milionário (1962, de Perdigão Queiroga), A Família Barata (1961, série televisiva), A Fronteira (1969, televisão), Balada da Praia dos Cães (1986, de José Fonseca e Costa), A Mala de Cartão/La Valise en Carton (1986, de Michel Win), Resposta a Matilde (1986, televisão), O Bobo (1987, de José Álvaro Morais), Bâton (1988, televisão), Conto de Natal (1988, televisão), Lá em Casa Tudo Bem (1988, de Nuno Teixeira, série televisiva), Topaze (1988, série televisiva); Aqui d’El-Rei! (1991, de António Pedro Vasconcelos), Meu Querido Avô (1997, de Fernando Ávila, série televisiva), Requiem (1998, de Alain Tanner), Senhor Jerónimo (1988, de Inês de Medeiros), Facas e Anjos (2000, de Eduardo Guedes, televisão), Ilha dos Amores (2007, série televisiva), Call Girl (2007, de António-Pedro Vasconcelos), América (2009, de João Nuno Pinto).
* Ler crónica de Pedro Mexia no Público aqui.
Informação recolhida na Enciclopédia Verbo-Edição Século XXI.
Actor francês (Lyon, 28.11.1924 – Paris, 21.7.2009) que era actualmente o mais antigo membro honorário da Comédie-Française. Formado no Conservatório de Paris, em 1946, a sua voz, bem como a sua presença, tornaram-no conhecido do público da Comédie-Française, onde interpretou durante 20 anos (até 1966) as principais personagens do teatro de Sófocles, Racine, Corneille, Shakespeare, Molière, Victor Hugo, Schiller, mas também Monthérlant ou Claudel. Fora da Comédie (nunca abandonou os palcos), representou Shaw e Mishima, Pirandello e Durrell, Dürrenmatt e Edward Albee, entre muitos outros autores. Estreou-se no cinema nos anos 50, tendo participado em filmes de René Clément (Paris brûle-t-il?, 1966), François Truffaut (Baisers volés, 1968), Philippe Labro (Tout peut arriver, 1969; Sans mobile apparent, 1971), Jacques Deray (Un peu de soleil dans l’eau froide, 1971; Borsalino & Co., 1974; Le Gang, 1977; Trois Hommes à abattre, 1980), Claude Lelouch (L’aventure c’est l’aventure, 1972; La Bonne Année, 1973), Jacques Demy (L’Évenement plus important depuis que l’homme a marché sur la lune, 1973), Henri Verneuil (La Serpent, 1973; I comme Icare, 1979; Mille milliards de dollars, 1982), Gérard Oury (Les Aventures de Rabbi Jacob, 1973), Claude Chabrol (Nada, 1974), Claude Sautet (Mado, 1976), Édouard Molinaro (L’Homme pressé, 1977; La Veuve rouge, 1982), Carlos Saura (Les Yeux bandés, 1978; Deprisa, deprisa, 1980) e Bertrand Tavernier (Capitaine Conan, 1996). Na televisão, participou em numerosos filmes e séries como Enquêtes du Commissaire Maigret ou Messieurs les jurés.
Actor polaco, considerado um dos mais importantes do seu país (Varsóvia, 13.9.1934 - ibid., 15.7.2009), cuja carreira se iniciou no teatro Młodej Warszawy (Jovem Varsóvia), em 1956. Distinguiu-se na interpretação do teatro clássico e moderno. Esteve à frente do Teatro Dramático entre 1987 e 1990. O seu último grande papel foi na peça Słonecznych chłopcach, no teatro Powszechny. No cinema, a sua carreira iniciou-se em 1964 e conta com sete dezenas de filmes, entre os quais se podem referir Ziemia obiecana (Terra Prometida, 1975, de Andrzej Wajda), Dzieje grzechu (A História do Pecado, 1975, de Walerian Borowczyk), Barwy ochronne (Camuflagem, 1977, de K. Zanussi), Imperatyw (Imperativo, 1982, de K. Zanussi), Krótki film o zabijaniu (Breve Filme sobre Matar, 1988, de K. Kieslowski), Psy (Porcos, 1992, de W. Pasikowski), Ogniem i mieczem (A fogo e espada, 1999, de Jerzy Hoffman) e Życie jako śmiertelna choroba przenoszona drogą płciową (Como Doença Mortal Sexualmente Transmitida, 2000, de K. Zanussi), pelo qual obteve os prémios de Melhor Actor no Festival do Filme Polaco e no Festival Internacional de Cinema de Santa Bárbara, Nadziedja (Esperança, 2007, de Stanislaw Mucha).
Ver entrevista ao Público aqui.
Actriz alemã, filha de Bertolt Brecht (Munique, 12.3.1923 – ibid., 23.6.2009) e da cantora Mariane Zoff, que a ensinou e a encaminhou para uma carreira artística. Trabalhou em teatros nas duas Alemanhas do tempo da Guerra Fria, e também na Suíça e na Áustria, tendo protagonizado algumas peças escritas pelo seu pai, como foi o caso de As Espingardas da Mãe Carrar, que também fez para televisão em 1975. Em 1998, interpretou a sua própria figura em Cem anos de Brecht (Hundert Jahre Brecht), cujo argumento escreveu em conjunto com o realizador Ottokar Runze.