Quarta-feira, 4 de Fevereiro de 2009
Escritor, pintor e encenador português (Cidade da Praia, Cabo Verde, 1909 - - Moledo do Minho, 1966). Espírito multifacetado, abriu-se a quase todas as experiências da criação artística. Poeta, ficcionista, comentarista radiofónico e jornalista, distinguiu-se sobretudo nos campos da pintura e do teatro (quer como dramaturgo, quer como encenador). Foi um dos expoentes do Surrealismo português. Como encenador desenvolveu notável actividade à frente do Teatro Experimental do Porto.
Leia o texto de José Augusto França em ANNUALIA 2008-2009.
O avejão lírico (1939)
Em cima: António Pedro, pormenor de uma foto de Fernando Lemos
Sexta-feira, 23 de Janeiro de 2009
Salvador Dalí (Figueres, 11.5.1904 - ibid., 23.1.1989)
«A fortuna e a excentricidade (usada como veículo de valorização pessoal) conjuram-lhe a ira e logo o anátema dos antigos companheiros, que lhe apõem o anagrama Avida Dollars, confessando, todavia, como Breton em 1952, que ele encarnou, durante três ou quatro anos, o espírito surrealista. Em Nova Iorque, influencia a moda e a publicidade, mas a sua pintura, desde 1937-1938, colocara-se à sombra de uma duvidosa influência rafaelesca, que provou não ser a mais adequada ao seu espírito. Regressando a Espanha, encontra-se com a tradição barroca nacional, embrenha-se em temas religiosos e, mais recentemente, pretendeu explorar «atomicamente» os seus modelos. Na densa floresta do estulto exibicionismo em que ele próprio e a sua obra se comprazem, é quase impossível descobrir a face autêntica de Salvador Dalí. A autobiografia que publicou não ajuda nada, evidentemente, a encontrar o homem. Mas a sua obra é, historicamente, da maior importância na arte deste século e o enigma Dalí assume, por vezes, o valor de um arquétipo.»
Fernando Guedes em Enciclopédia Verbo-Edição Século XXI.
A persistência da memória
Segunda-feira, 20 de Outubro de 2008
Pintor surrealista australiano (Hornsby, Sydney, 21.11.1915 – Sydney, 20.10.2008) que realizou a sua primeira exposição quando era ainda estudante no Sydney Teachers College, em 1939. Manteve, desde então, actividade constante quer como pintor, quer como escritor. Durante a II Guerra Mundial, entre 1941 e 1944, ensinou arte na Kogarah Girls High School, tendo posteriormente exercido actividade docente no Sydney Teachers College. Depois da guerra terminar, viajou por Inglaterra e na Europa, tomando contacto com a pintura europeia antiga, bem como com a pintura surrealista de Dalí, Max Ernst e Magritte.
Como historiador de arte, Gleeson publicou um trabalho importante sobre William Dobell (1964), seguindo-se Masterpieces of Australian Painting (1969), Colonial Painters -1788-1800, Impressionist Painters - 1881-1930 e Modern Painters 1931-1970 (1971), Robert Klippel (1983). A edição dos seus Selected Poems data de 1993.
A última grande mostra do seu trabalho foi a exposição retrospectiva com o título «James Gleeson: Beyond the Screen of Sight», realizada em 2005, na National Gallery de Victoria, em Melbourne, e na National Gallery da Austrália, em Canberra.
Sexta-feira, 4 de Janeiro de 2008
Pintor português, um dos pioneiros do Surrealismo em Portugal (Lisboa, 23.2.1922 - ibid., 4.1.2008), tendo participado nas sessões do Jardim Universitário de Belas Artes (JUBA). Posteriormente abandonou a pintura.
Com a devida vénia a Fernando José Guimarães (www.letracorrida.blogspot.com)