Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009

Prémio Sakharov 2009

«A organização russa de defesa dos direitos humanos Memorial venceu o Prémio Sakharov 2009, atribuído pelo Parlamento Europeu. É um prémio pela liberdade de expressão no valor de 50 mil euros que agora será atribuído em Estrasburgo a Lyudmila Alexeyeva, Oleg Orlov e Serguei Kovalev em nome da Memorial e “de todos os defensores dos direitos humanos na Rússia”.» Via Público.
Annualia fez referência à organização Memorial a propósito do assassínio de Natalia Estemirova, jornalista e membro daquela organização: aqui.

publicado por annualia às 15:08
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Quinta-feira, 16 de Julho de 2009

Natalia Estemirova (m. 15.7.2009)

Lassassinat de Natalia Estemirova indigne la communauté internationale
A activista dos direitos humanos, Natalia Estemirova, foi assassinada, depois de ter sido raptada. Estemirova, que foi próxima da jornalista Ana Politkovskaia, fazia para da ONG Memorial e investigou muitas violações aos direitos humanos na Tchechénia. Mais informações aqui.

publicado por annualia às 15:17
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Quarta-feira, 8 de Julho de 2009

Vasily Aksyonov (1932-2009)

 Vasily Aksyonov, Russian dissident writer
Escritor russo (Kazan, 1932 – Moscovo, 6.7.2009) que alcançou proeminência no breve período de abrandamento do regime soviético que se seguiu à morte de Estaline. Os pais tinham sido vítimas das purgas estalinistas de 1937 e Aksyonov passou parte da infância no gulag. Em 1956 licenciou-se em Medicina, que exerceu enquanto florescia a sua vocação de escritor. Inicialmente, o escritor conseguiu sobreviver no interior do regime soviético, alcançando mesmo alguma notoriedade, sobretudo pela suas capacidade estilística, mas tanto a sua atitude pessoal como a sua escrita conduziram-no a uma progressiva dissidência. No romance «A ilha de Crimeia» imagina o que teria sido a vida naquela península do mar Negro se os russos brancos tivessem vencido os bolcheviques. Em 1980, após a publicação em Itália do romance «A queimadura», Aksyonov foi forçado ao exílio nos EUA, onde foi professor e continuou a escrever obras como In Search of Melancholy Baby, onde fala da sua experiência de emigração, The Negative of The Positive Character, uma colectânea de contos, ou o épico Generations of Winter, no qual narra o impacto do estalinismo numa família moscovita ao longo de três gerações e que foi transposto para televisão, na Rússia, em 2004.

 


 

publicado por annualia às 10:05
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Quinta-feira, 21 de Maio de 2009

Oleg Iankovski (1944-2009)

Actor (Casaquistão, União Soviética, 23.2.1944 – Moscovo, Rússia, 20.5.2009) cujo carisma fez com que fosse unanimente reconhecido como uma das últimas grandes figuras do cinema russo. Estudou em Saratov, onde pertenceu à companhia do teatro Slonov, integrando, a partir de 1973, o teatro Lenkom, em Moscovo. Conhecido no Ocidente sobretudo pelo seu desempenho em Zerkalo (1974) e Nostalghia (1983), de Andrei Tarkovski, Oleg Iankovski foi premiado na União Soviética em 1983, pela sua carreira, e, posteriormente, pelas suas interpretações nos filmes Polyoty vo sne I nayavu (1982, de Roman Balayan) e Kreytserova sonata (1987, de Sofiya Milkina e Mikhail Shvejtser). Em 1991 foi nomeado Artista do Povo da União Soviética. O último filme em que participou foi Tsar (2009, de Pavel Lungine), que foi exibido na edição do Festival de Cannes que ainda decorre.

 

TSAR de pavel lounguine - photo 1

Tsar, de Pavel Lungine

publicado por annualia às 10:02
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Sexta-feira, 20 de Março de 2009

150 anos do nascimento de Cholem-Aleikhem

  

 

Escritor judeu, cujo nome aparece se grafa também Sholem-Aleichem(Pereyaslav, hoje Ucrânia, 2.3.1859 - Nova Iorque, 13.5.1916) de língua yiddish, de seu verdadeiro nome Chalom Rabinovitch e cujo pseudónimo corresponde a uma saudação hebraica que significa «a paz esteja convosco». Rabino desde os 21 anos, escreveu novelas, contos e comédias, num total de 40 de volumes. Em 1905 viu-se obrigado a abandonar a Rússia. Esteve na Inglaterra, EUA, Alemanha, Itália, Suíça e, com o começo da I Guerra Mundial, de novo nos EUA. Devido ao seu humor e à linguagem oral, é o escritor mais popular de toda a literatura yiddish. Retrata com mestria a vida do dia-a-dia, minuciosamente observada, com  humor, expressa através de uma fascinante oralidade.


Ver também aqui

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Sexta-feira, 6 de Fevereiro de 2009

Gógol: comemoração do bicentenário do nascimento


Por ocasião do bicentenário do nascimento de Nikolai Gógol, o comité literário franco-russo organiza, em Abril, um festival literário e musical em Paris. 
Consulte o programa literário aqui e o musical aqui.

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Quinta-feira, 5 de Fevereiro de 2009

2009, ano do bicentenário de Gógol


Escritor russo de origem ucraniana (Sorotchinsky, 1809 - Moscovo, 1852). Em 1828 partiu para São Petersburgo onde se iniciou como escritor. O encontro com Púchkine, que o aconselha, é determinante: em 1831, publica o seu primeiro livro, Serões da Herdade perto de Dikanka, imediatamente distinguido, mas é Mirgorod (1835) que o torna célebre. Tanto um como outro são compilações de novelas, ao mesmo tempo realistas e poéticas, cuja temática se baseia no folclore ucraniano. Em Arabescos (1835) encontram-se alguns ensaios e contos (Os Contos de São Petersburgo) de inspiração fantástica: A Perspectiva Nevski, O Diário de Um Louco, o Retrato, e, mais tarde, O Nariz e O Capote. Tarass Bulba (1834) é uma novela de inspiração histórica, mas Almas Mortas (1842) é que é considerada por muitos a sua obra-prima. O Inspector-Geral (1836), sendo uma sátira aos funcionários da província, tem, todavia, um valor universal.

 

Não perca o texto de António Carlos Carvalho em ANNUALIA 2008-2009.

Rosto da edição original de O Inspector-Geral.

 

publicado por annualia às 17:35
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Quinta-feira, 9 de Outubro de 2008

Annualia 2008-2009 / Temas em Debate

Afinidades entre palavras do português e do russo

por

Brian F. Head (Universidade do Minho) 

Larisa Semënova (Universidade de Moscovo)

 

«Em face do grau apreciável do aumento recente do uso do russo em Portugal, tornam-se mais relevantes, no contexto do presente perfil sociolinguístico do País, a aprendizagem do russo, por um lado, e, por outro, a curiosidade sobre as relações entre o russo e o português».

 

 

 

 

 

 

publicado por annualia às 09:50
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Quarta-feira, 11 de Junho de 2008

Tchinguiz Aitmatov (1928-2008)

Escritor quirguize (Cheker, Quirguizistão, 12.12.1928 - Nuremberga, Alemanha, 10.6.2008). O seu pai foi executado durante as depurações estalinistas de 1937. Agrónomo e jornalista, as suas obras estão impregnadas de tradição e elementos quirguizes, não deixando de contrapor a moral tradicional ao presente desumanizado. A obra emblemática do escritor é a novela Djamila, publicada em 1958 e que Aragon classificou como «a mais bela história de amor do mundo» (traduções portuguesas na Portugália, 1972, e Relógio d'Água, 1991). O regime soviético acolheu e reconheceu o seu trabalho, premiando-o por diversas vezes. Em 1978, tornou-se «herói do trabalho socialista», embora a sua entrada na política apenas tenha acontecido com o apoio à perestroika de Gorbatchev. Depois do desaparecimento da URSS, foi embaixador junto da UE e da NATO. Entre os seus livros traduzidos para português estão O Lugar da Caveira, A mãe Tolgonai, O Navio Branco. Actualmente está em fase de adaptação ao cinema o seu romance Um dia mais longo que um século.

 

publicado por annualia às 16:10
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Segunda-feira, 3 de Março de 2008

Datas perdidas

O Tratado de Brest-Litovsk, assinado em 3 de Março de 1918, foi celebrado entre a Rússia soviética e as potências centrais (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália) e garantiu a independência aos territórios sob domínio russo na Polónia e no mar Báltico, à Ucrânia e à Finlândia.
A Alemanha reclamava o estatuto independente para essas regiões desde o final de 1917 e foi essa reivindicação que levou ao rompimento de negociações em Novembro daquele ano. Entretanto, com o avanço das tropas alemãs aqueles termos tornaram-se aceitáveis para a Rússia de Lénine, que assim se afastou do esforço de guerra dos Aliados. A independência daqueles territórios servia as potências centrais por constituirem um «tampão», mas a Alemanha esperava que ele pudessem vir a cair sob a sua alçada. Esta expectativa, porém, gorou-se com o Armísticio (Novembro de 1918) que pôs fim à I Guerra Mundial, que impôs o domínio das forças aliadas e obrigou à desmilitarização da Alemanha.
Os soviéticos recuperariam a Ucrânia logo em 1919 e, depois do Pacto Germano-Soviético de 1939, retomaram os territórios polacos e os países bálticos (Estónia, Lituânia e Letónia).

 

Pode ler o texto do Tratado de Brest-Litovsk aqui.

 

 

publicado por annualia às 13:42
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