Domingo, 12 de Abril de 2009

Arquitecto suíço (n. Basileia, 26.4.1943) que estudou na Kunstgewerbeschule, Vorkurs und Fachklasse e no Pratt Institute de Nova Iorque. Começou por trabalhar (1967) no departamento de restauro e preservação de edifícos e monumentos do Cantão de Graubünden, estabelecendo-se depois em Haldenstein. A partir de 1996, tem exercido docência na Academia de Arquitectura da Universitá della Svizzera Italiana, em Mendrisio, tendo passado como professor visitante pelo Instituto de Arquitectura da University of Southern Califórnia, em Los Angeles; pela Technische Universität, Munique e pela Graduate School of Design da Universidade de Harvard University. Entre as distinções que recebeu antes do Prémio Pritzker, contam-se o Praemium Imperiale da Japan Art Association (2008), o Carlsberg Architecture Prize, na Dinamarca (1998) e o Prémio Mies van der Rohe (1999). Na sua obra Thinking Architecture (1998), Zumthor expõe o essencial do seu pensamento: «Creio que a arquitectura necessta hoje de reflectir nas tarefas e possibilidades que lhe são inerentes e específicas. A arquitectura não é um veículo ou um símbolo de coisas que não pertencem à sua essência. Numa sociedade que celebra o que não é essencial, a arquitectura pode constituir um factor de resistência, contrariar o desperdício de formas e sentidos, e falar a sua linguagem própria. Julgo que a linguagem da arquitectura não é uma questão de um determinado estilo. Cada edifício é construído para um uso específico, num local específico e numa sociedade específica. Os meus edifícios tentar dar resposta às questões que emergem destes factos simples da forma mais precisa e crítica que me é possível». Um dos seus livros mais recentes é Architectura, Elements of Architectural Style.
Edifícios e Projectos
1983
Escola Básica
Churwalden, Suíça
Rath House
Haldenstein, Suíça
1986
Zumthor Studio
Haldenstein, Suíça
Edifício de protecção para as escavações arqueológicas
Chur, Suíça
1988
Capela de S. Bento
Sumvitg, Suíça
1990
Museu de Arte
Chur, Suíça
1993
Casas para idosos
Chur, Suíça
1994
Truog House, Gugalun (extension and renovation)
Graubünden
Versam, Suíça
1996
Condomínio Spittelhof
Biel-Benken, Basikeia, Suíça
Igreja do Coração de Jesus
Munique, Alemanha
Banhos Termais
Vals, Suíça
1997
Museu de Arte
Bregenz, Áustria
Laban Centre for Movement and Dance
Londres, Reino Unido
1998-1999
Paisagem Poética
Bad Salzuflen, Alemanha
1999-2002
Hotel Tschlin
Graubünden, Suíça
2000
Pavilhão da Suíça, Expo 2000
Hanôver, Alemanha
Casa Annalisa Zumthor
Vals, Leis, Graubünden
Suíça
2001
Extensão da Pensão Briol
Barbian-Dreikirchen, Südtirol
Suíça
2001-2004
Edifício de Apartamentos Harjunkulma
Jyväskylä, Finlândia
2002
Casa Luzi
Jenaz, Graubünden
Suíça
Renovação de De Meelfabriek
Leiden, Países Baixos
2003
Galeria de Arte Hinter dem Giesshaus 1
Berlim, Alemanha
Museu das Minas de Zinco
Almannajuvet
Sauda, Noruega
2003-
Centro de Aprendizagem e Parque
Risch, Zug
2001-
Restaurante Island Ufnau
Lago Zurique, Suíça
2004
Adega Pingus 2001-2005
Valbuena del Duero, Espanha
2005
Casa Zumthor
Haldenstein, Suíça
2005
Hotel das Termas de Vals, Renovação e Expansão
Vals, Suíça
2001-
Galeria I Ching
Centro de Artes Dia
Nova Iorque
2007
Capela de S. Bruder Klaus
Mechernich, Alemanha
2007
Museu de Arte Kolumba
Colónia, Suíça
2007-
Memorial da Queima das Bruxas
Finnmark, Varde, Noruega
Ver fotografias e outras informações aqui.
Quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2009

Arquitecto norueguês (Kongsberg, 14.8.1924 – 23.2.2009), o mais reconhecido internacionalmente da sua geração. Depois de viajar em Marrocos, cuja arquitectura elementar muito o influenciaria, Sverre Fehn trabalhou em Paris (1954), onde teve oportunidade de estudar a obra de Le Corbusier. Ambas as experiências resultariam numa tendência para aproximar o elementar do sofisticado. Fundador, no princípio da década de 50, com Arne Korsmo, seu professor, Geir Grung e outros, do Grupo PAGON (Progressive Architects’ Group, Oslo, Norway), foi um promotor empenhado da arquitectura moderna. O primeiro grande momento de reconhecimento veio com o pavilhão da Noruega na Exposição Universal de Bruxelas, em 1958. Na década de 60, o pavilhão nórdico na Bienal de Veneza e o Museu de Hedmark (Hamar) confirmariam o desenvolvimento da sua carreira no sentido da passagem de uma arquitectura de escola para um estilo mais personalizado. Na década de 70, foi edificado o grande projecto de Fehn para escola de Skådalen, em Oslo. Entre as obras mais recentes, destacam-se o Museu Noruueguês dos Glaciares, em Fjærland (1991), o Centro Aukrust, em Alvdal (1996), o Centro Ivar Aasen, em Ørsta (2000) e o Museu Norueguês da Fotografia, em Horten (2001), Museu Norueguês de Arquitectura, em Oslo (2007), além de numerosas habitações particulares, nomeadamente a Villa Busk, em Bamble (1990), classificada como de interesse nacional. Desenhador distinto, Sverre Fehn foi professor na Escola de Arquitectura de Oslo entre 1975 e 1995. Em 1993 recebeu a Medalha de Ouro da Academia Francesa de Arquitectura, e foi, em 2001, o primeiro vencedor da Medalha Grosch. Foi igualmente feito comendador da Ordem Real de Santo Olavo. Foi distinguido com o Prémio Pritzker, em 1997.
Ver obras aqui.
Domingo, 30 de Março de 2008
O arquitecto Jean Nouvel acaba de ser distinguido com o Prémio Pritzker de Arquitectura de 2008. Nouvel obteve atenção internacional com a realização do Instituto do Mundo Árabe, em Paris, em 1987. Nos EUA, o arquitecto parisiense projectou o Guthrie Theater (2006), em Minneapolis, e a Tour Verre, um torre de 75 andares, paredes meias com o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.
Entre os seus trabalhos destacam-se a Fundação Cartier de Arte Contemporânea (Paris, 1994), o Museu Branly (Paris, 2006), a Torre Agbar (Barcelona, 2005), um Tribunal em Nantes (2000), o Centro de Congressos (Lucerna, 2000), a Ópera de Lyon (1993), a Expo 2002 (Suíça), a extensão do Museu Rainha Sofia, em Madrid (1999-2005), e uma sala de concertos em Copenhaga ou o Museu do Louvre no Abu Dhabi (em construção). Tem concebido projectos para outros pontos do mundo (incluindo Lisboa, Alcântara), apesar de a maior parte da sua obra construída estar em França.
O júri do Pritzker refere que: «Das muitas frases que podiam ser usadas para descrever a carreira do arquitecto Jean Nouvel, as que mais se destacam são as que enfatizam a sua corajosa busca de novas ideias e o seu desafio das normas estabelecidas com vista a alargar as fronteiras do seu campo.» No anúncio do prémio, Thomas J. Pritzker, presidente da Fundação Hyatt, afirmou que «o júri registou a ‘persistência, a imaginação, a exuberância, e, acima de tudo, um insaciável pendor para a experimentação criativa’ como qualidades abundantes no trabalho de Nouvel.»
Nas próprias palavras de Nouvel: «O meu interesse tem sido sempre uma arquitectura que reflicta a modernidade da nossa época em oposição ao repensar das referências históricas. O meu trabalho lida com o que está a acontecer agora – com as nossas técnicas e materiais, com o que somos capazes de fazer hoje.»
Lord Palumbo, presidente do júri do Prémio Pritzker, acrescentou que «desde que estabeleceu a sua prática em Paris, no anos 1970, Nouvel tem feito todos os esforços, bem como os que o rodeiam, para ponderar novas abordagens dos problemas arquitectónicos convencionais. Para Nouvel, em arquitectura não há qualquer ‘estilo’ a priori. Pelo contrário, um contexto, num sentido lato que inclua cultura, localização, programa e cliente, provoca nele a vontade de desenvolver uma estratégia diferente para cada projecto.
Tour Verre, Nova Iorque
Instituto do Mundo Árabe, Paris
Fundação Cartier de Arte Contemporânea, Paris
Museu Branly, Paris
Museu do Louvre no Abu Dhabi