
Músico libanês (Antelias, 1925 – Beirute, 13.1.2009). Depois da formação obtida quer em instituições, quer com professores como Bertrand Robillard, tendo estudado a música oriental nos seus vários aspectos: melódicos, harmónicos, contrapontísticos e orquestrais. Cedo se associou ao seu irmão Assi, formando os «Irmãos Rahbani», sulcando um novo caminho relativamente à música tradicional na rádio libanesa, a partir de 1945. Dez anos depois, o duo transformou-se em trio, com a entrada de Fayrouz, que entretanto se casara com Mansour. Na música dos Rahbani, cruzam-se referências musicais árabes, islâmicas, maronitas, o legado bizantino e o folclore libanês, sem menosprezar o profundo conhecimento de ambos sobre a música ocidental. Inauguraram também um singular género de teatro cantado, através do qual uma nova geração de cantores se tornou notada. A sua carreira internacional é notável, tendo apresentado a sua música em todo o mundo. O seu reportório, musical e dramatúrgico, é estudado em distintas universidades do Oriente e do Ocidente. Os Rahbani estenderam a sua actividade também ao cinema, com os filmes «O Vendedor de Anéis» (Biaa el Khawatem, 1965), «O Exílio» (Safar Barlek, 1966) e «A Filha dos Guardiães» (Bent el Hares, 1967). Depois da morte do irmão, Mansour escreveu grandes peças de teatro como «Verão 840» (1988), «O Testamento» (1994), Os últimos dias de Sócrates» (1998), «Abou Tayeb Al-Moutanabbi» (2001), entre outras, bem como grandes composições musicais, nomeadamente uma Missa (2000).