Quarta-feira, 15 de Julho de 2009

Hoje


 

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Terça-feira, 14 de Julho de 2009

180 anos da Confeitaria Nacional

  

Fundada em 1829, na Rua da Betesga, por Baltazar Roiz Castanheiro, transmontano que trouxe para a capital segredos da cozinha conventual da sua região de origem, cuja exímia realização fez com que viesse a ser eleito Juiz da Irmandade de Nossa Senhora da Oliveira, padroeira dos confeiteiros de Lisboa. Baltazar morreu aos 44 anos e o estabelecimento, que entretanto tinha sofrido alterações em 1835 com a abertura de mais duas portas, desta vez para a Rua dos Correeiros, passou para os seus descendentes.
Baltazar Castanheiro Júnior viajou pelo estrangeiro, nomeadamente pelo Sul de França, de onde trouxe o segredo do fabrico do bolo-rei, que haveria de se tornar uma das principais atracções da doçaria da Confeitaria Nacional, e procurou atingir os mais altos padrões de qualidade através da contratação de mestres confeiteiros franceses e espanhóis.
A produção estendeu-se do fabrico de bolos e doces às compotas e licores de fruta, que rapidamente projectam a Confeitaria Nacional no exterior, através de distinções recebidas em exposições internacionais (Viena, Filadélfia, Paris e Lisboa).
A fama que passou a rodear o estabelecimento, bem como a centralidade da sua localização, tornaram a Confeitaria Nacional um lugar de encontro social e mundano (o popular dramaturgo Gervásio Lobato frequentou-a, escreveu lá e fez dela cenário de uma das suas peças), o que lhe fez merecer lugar na primeira página do Diário Ilustrado nas vésperas do Natal de 1872. Por outro lado, de 28 de Outubro de 1873, por alvará do rei D. Luís, até ao fim da monarquia, a Confeitaria Nacional adquiriu o prestigioso estatuto de fornecedor da Casa Real.
O bisneto do fundador, Rafael Castanheiro Viana, assumiu a orientação da casa em 1913, numa época em que a publicidade dava os primeiros mas decisivos passos, sabendo que atrás de si havia já uma longa história de que se orgulhar. Passou, assim, a promover a Confeitaria nos principais jornais e, nessa medida, sentiu a necessidade de redefinir o grafismo associado à empresa, tendo sido ele a encomendar o logotipo que ainda hoje identifica a Confeitaria.
Por outro lado, ficaram patentes as preocupações sociais e a modernidade de concepções do proprietário ao dotar o estabelecimento de instalações específicas destinadas aos empregados: posto médico, biblioteca e balneários.
O prestígio e a solidez alcançada, bem como a continuada qualidade dos seus produtos, fizeram com que a casa continuasse a fornecer pessoas e entidades de primeiro plano, públicas e privadas. Em 1940, foi-lhe atribuído solenemente o estatuto de Casa Centenária da Associação Comercial de Lisboa, em cerimónia presidida pelo Presidente da República, Marechal Carmona.
Na mesma família há cinco gerações, premiada em várias exposições internacionais tanto pela doçaria tradicional portuguesa como pelas inovações criadas ao longo dos tempos, a Confeitaria Nacional, mantendo sempre a unidade decorativa e arquitectónica do prédio em que se situa há 180 anos, tem-se adequado aos novos tempos, embora mantendo sempre a ligação aos métodos tradicionais de confecção e à sua própria história, agora com a utilização do primeiro andar, tal como no tempo do filho do fundador.


Texto inicialmente publicado no volume Annualia 2008-2009

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Quinta-feira, 30 de Abril de 2009

Hoje

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Sexta-feira, 3 de Abril de 2009

Verbo Clássicos: Os Maias


Eça de Queirós


«(…) O romance, o conto, a crónica, a hagiografia, a narrativa de viagens, a polémica e o ensaio foram os principais géneros cultivados por um escritor que contribuiu decisivamente para mudar o panorama literário português, na segunda metade do século xix.
(…) Os Maias, sendo aquilo a que é usual chamar-se um "romance-fresco", ilustram, em registo ficcional, os movimentos e contradições de uma sociedade historicamente bem caracterizada. A política, a vida financeira, a literatura, o jornalismo, a diplomacia e a administração pública representam-se em jantares, saraus, serões e corridas de cavalos; assim se configura uma vasta crónica social (…).
Enquanto cultor do romance, Eça de Queirós constitui decerto, na literatura portuguesa, um caso absolutamente invulgar de agilidade técnica e de capacidade de ajustamento de uma linguagem – a lingugem do romance – a temas e a motivos que dela careciam.»

Carlos Reis em Biblos-Enciclopédia Verbo das Literaturas
de Língua Portuguesa
 


OPINIÃO: Dizem alguns autores que a nossa ideia do século XIX vem de Eça, e que é uma ideia errada. Isto, porque o escritor não refere (por exemplo em Os Maias) os progressos que iam alterando a sociedade de então.
Julgo, no entanto, que o feito verdadeiramente notável de Eça, nesse plano, foi ter encontrado a justa encarnação romanesca de figuras que atravessaram, incólumes, Lisboa, o Chiado e os séculos. Elas (e as suas frases, os seus tiques, os seus lugares, as suas pequeninas circunstâncias) eram o cerne lisboeta do século XIX português, de tal modo que continuaram a sê-lo, mais progresso menos progresso, pelo século XX dentro. E continuam, hoje, vivas e de saúde.
Jorge Colaço

 

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Quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2009

2009: os 125 anos do Jardim Zoológico

 

 

«A ideia da criação de um Jardim Zoológico em Lisboa surgiu em 1882, numa época em que, na Península Ibérica, não existia nenhum parque com fauna ou flora exóticas. Esta ideia teve o apoio de várias personalidades, em particular do rei D. Fernando II. Em 1883, foi criada a Comissão Fundadora e, em 28.5.1884, foi solenemente inaugurado o Jardim Zoológico, em São Sebastião da Pedreira. Aí permaneceu durante 10 anos, tendo transitado, em 1894, para os terrenos contíguos, em Palhavã. Em 28.5.1905, o Jardim Zoológico de Lisboa abriu as portas nas Laranjeiras, onde ainda hoje está instalado. Em 1913, foi-lhe concedido o estatuto de Instituição de Utilidade Pública.» (Ana Martins Simões, em Enciclopédia Verbo-Edição Século XXI)

No âmbito das comemorações do nascimento de Darwin, os CTT emitiram um selo de €0,32/ Tentilhões (25 000 exemplares) que ostentam uma tarja promocional dos 125 anos do Jardim Zoológico de Lisboa.
[Este selo com tarja não faz parte do plano filatélico. Os coleccionadores nele interessados poderão requisitá-lo separadamente até ao dia 13.4.2009].



 

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Terça-feira, 11 de Novembro de 2008

Annualia 2008-2009: os 180 anos da Confeitaria Nacional, uma jóia lisboeta

 

 

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Segunda-feira, 10 de Novembro de 2008

240 anos do Jardim Botânico da Ajuda (1768-2008)

«Jardim do século XVIII, final do barroco, espaço de rigor geométrico, foi o primeiro jardim botânico português, devendo ser considerado como a primeira e a mais importante instituição dedicada à cultura da história natural do País.

Após o terramoto de 1 de Novembro de 1755, o Marquês de Pombal mandara construir na Ajuda, nessa época subúrbio da capital, um edifício de madeira, abrigo e residência provisória da família real, que ficou conhecido pelo nome de «Paço Velho», e que, no reinado de D. Maria I, desapareceu devido a um incêndio. Para implantação do Real Jardim Botânico, no sítio de Nossa Senhora da Ajuda, D. José I comprou ao conde da Ponte a quinta que este possuía junto ao Paço da Ajuda. Inicialmente esta quinta destinou-se à cultura de frutas e hortaliças necessárias ao palácio real.

Por influência de Miguel Franzini, professor dos príncipes D. José e D. João, netos do rei e filhos da que viria posteriormente a subir ao trono com o nome de D. Maria I, foi projectado o 15.º Jardim Botânico da Europa.

Em 1765, por ordem de D. José, foi encarregado de delinear e dirigir as obras do Real Jardim Botânico da Ajuda o Dr. Domingos Vandelli e de as inspeccionar o ministro da Marinha, Francisco Xavier de Carvalho, irmão do 1.º Marquês de Pombal. Destinava-se o jardim, tal como o Museu de História Natural e o Gabinete de Física, instalados num edifício próximo, à educação dos príncipes, em particular a D. José, então com 15 anos e destinado a suceder a sua mãe, caso não tivesse falecido. [Em 1768 o Jardim foi criado].

Na Europa, tal como anteriormente se mencionou, já desde 1543 se vinham a construir jardins botânicos destinados a instruir todos os que quisessem estudar os enigmas do mundo vegetal, podendo citar-se, nomeadamente, os de Pisa, Pádua, Bolonha, Montpellier, Estrasburgo, Paris e Madrid.

Vandelli, em 1791, após ter sido jubilado da Universidade de Coimbra, foi nomeado director do inicialmente denominado «Real Jardim Botânico da Ajuda, Laboratório Químico, Museu de História Natural e Casa do Risco». Mandou vir plantas vivas e sementes dos jardins botânicos de todo o mundo, chegando a coleccionar mais de 5000 espécies. No entanto, em finais do século XVIII, apenas existiam 1200 espécies em cultura: a administração do mestre jardineiro Júlio Mattiazi, que Vandelli mandara vir de Pádua, tinha privilegiado as obras e descurado a conservação dos espécimes.» Veja mais aqui.


 

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Segunda-feira, 26 de Maio de 2008

Feira do Livro

 

 

 

 

 

A Editorial Verbo marca como habitualmente a sua presença na Feira do Livro, que decorre no Parque Eduardo VII até dia 15 de Junho, com cinco pavilhões: Edições Gerais, Dicionários e Enciclopédias, Edições Juvenis, Edições Infantis e um no espaço Infanto-Juvenil.

Se ainda não o fez, pode adquirir o seu exemplar de ANNUALIA na Feira do Livro.

Um dos pontos fortes da Feira do Livro é a possibilidade que proporciona aos leitores de conhecer os seus autores favoritos e obter um exemplar autografado dos seus livros. Aqui a lista dos nossos autores que irão participar na Feira:

Margarida Góis, 24 de Maio, 16h30

Maria do Rosário Pedreira, 25 de Maio, 16h30

Nuno Magalhães Guedes, 31 de Maio; 16h00; 8 de Junho, 16h00; 10 de Junho, 16h00

Maria da Conceição Ferreira, 31 de Maio, 16h30

Joaquim Veríssimo Serrão, 31 de Maio, 17h30

Margarida Castel-Branco e Carla Antunes, 1 de Junho, 14h30

Maria Isabel Mendonça Soares, 1 de Junho, 16h00

Paula Castro Rosa, 7 de Junho, 16h00

Maria Teresa Maia Gonzalez, 7 de Junho, 18h00

Maria de Lourdes Modesto, 8 de Junho, 17h30

João César das Neves, 10 de Junho, 17h30
 

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Quinta-feira, 8 de Maio de 2008

Inauguração do Museu do Oriente

MuseuOrienteok.jpg
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Segunda-feira, 12 de Novembro de 2007

Pastéis de Belém: 170 anos (1837-2007)

 

 

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O património de um país, de uma cidade ou de uma famíllia, é o resultado de uma energia criativa ditada por circunstâncias de vária ordem, mas também de um impulso de persistência. A duração não tem que ver apenas com a natureza dos materiais.

Texto no volume Annualia 2007-2008 

www.pasteisdebelem.pt

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