O poeta egípcio Mounir Saied Hanna foi preso em Maio e posteriormente multado em mais de 12 500 euros e condenado a três anos de prisão por ter escrito poemas interpretados como insultuosos para o presidente egípcio. O irmão de Mounir e a acção de uma ONG, The Arabic Network for Human Rights Information, fizeram com que a sentença fosse agora revista e reduzido para três meses o período de prisão.
Um dos poemas citados em tribunal é mais ou menos assim:
Brilha, brilha tu que nos iluminas a todos
Brilha, brilha tu que iluminas
Nada brilha como tu brilhas
Fazes o povo sentir-se confuso e perdido
Fazes o povo sentir-se feliz e perdido.
A organização Reporters sans frontières declarou este dia 12 de Março como jornada de alerta contra os países (Arábia Saudita, Birmânia/Myanmar, China, Coreia do Norte, Cuba, Egipto, Irão, Uzbequistão, Síria, Tunísia, Turquemenistão, Vietname) «que transformaram a rede em intranet, impedindo os internautas de acederem às informações julgadas "indesejáveis". Todos estes países se salientam não só pela sua capacidade de censurar a informação em linha, mas também pela repressão quase sistemática dos internautas incómodos».
Relatório sobre os inimigos da internet aqui.
Lista de internautas dissidentes presos aqui.