
«Sintetizar, esgotar e encerrar o Barroco, como Händel, definir e estruturar o Classicismo, dos seus primeiros estádios à maturidade, como Haydn, são passos de gigante reveladores de um salto estético que nos surpreende quando pensamos no mero meio século que separa as datas de morte de ambos os compositores».
Rui Vieira Nery, «Händel e Haydn em 2009: um ano feliz», em ANNUALIA 2008-2009.

A Casa Museu de Handel, em Brook Street, Londres, promove ao longo do ano uma série de iniciativas ligadas à comemoração dos 250 anos da morte do compositor. Pode ver a programação aqui.

Compositor (1685-1759) nascido na Alemanha, naturalizado inglês em 1726. Muito precoce, compôs em 1705 a sua primeira ópera, Almira, com influências italianas. O acolhimento entusiasta que lhe reservaram os londrinos, levou-o a fixar-se aí definitivamente (1712) como mestre-de-capela de Middle-Essex. O seu estilo é uma síntese perfeita entre as suas próprias ideias e as influências que sobre ele exerceram Scarlatti, Corelli, Telemann, Lully e Purcell. O rigor do contraponto e a diversidade das formas em que se exprime colocam-no entre os maiores compositores do fim do barroco e um dos grandes vultos da música de todos os tempos.
Entre as suas composições instrumentais mais importantes contam-se seis concertos para órgão (os mais conhecidos), setenta aberturas para orquestra, os Concerti Grossi, Water Music (1717) e Music for the Royal Fireworks. Compôs, ao longo de trinta anos, uma série de óperas italianas: Rinaldo (1711), Rodelinda (1725), Júlio César (1724), Alcina (1732), entre outras. Compôs vinte oratórias: Saul (1738), Sansão (1734), Teodora (1749), Salomão, Messias (1741) e Jefte (1751), que são dos seus mais notáveis trabalhos.
Cronologia
Catálogo das obras
óperas (discografia)
oratórios, dramas, odes (discografia)
Bibliografia
Händel na net
Ruy Vieira Néry publica um texto sobre o ano Händel (e Haydn) em ANNUALIA 2008-2009.