O mal-estar generalizado na Europa remontava à I Guerra Mundial, que não trouxera qualquer solução aos conflitos existentes e deixara o continente retalhado por fronteiras absurdas. O período entre as duas constituiu com efeito uma paz armada, perturbada por múltiplas agressões. A Sociedade das Nações entrou no ocaso, rebentaram conflitos por todo o mundo (Etiópia, Espanha; o Japão ataca a China). As grandes crises que se sucederam conduziriam inevitavelmente à guerra. A Espanha servira de campo de experiências aos armamentos e estratégias modernas; o Japão, vencedor na China, alinhou no campo das ditaduras; Hitler anexou sem resistência países vizinhos (Áustria, Checoslováquia). Os blocos que iriam defrontar-se estavam formados. Estaline, sentindo a ameaça que Hitler representava para a URSS, promoveu a conclusão de um acordo: a 23.8.1939 os enviados dos dois governos — Molotov e Ribbentrop — assinaram o Pacto GermanoSoviético, que permitiu ao ditador alemão desencadear a guerra.
Na madrugada de 1.9.1939, as tropas alemãs invadiram a Polónia, que a URSS atacou a 17. A Inglaterra e a França, garantindo a integridade das fronteiras polacas, declararam guerra à Alemanha (3 de Setembro). Varsóvia caiu a 27 de Setembro, e a Polónia desapareceu como Estado independente. Incapazes de acudir à Finlândia, atacada pelos Russos (sucumbiu em Março de 1940), os Aliados tentaram em vão impedir os Alemães de dominarem o tráfego do ferro sueco, invadindo a Dinamarca e a Noruega (22 de Março). A 10 de Maio os Alemães desencadearam uma ofensiva fulgurante sobre a Bélgica e Holanda, onde a resistência cessou cinco dias depois. Tropas aliadas foram em socorro dos países atacados. Quarenta divisões alemãs atacaram as Ardenas, atravessaram o Mosa. Tendo os Belgas capitulado, a penetração alemã bloqueou em Dunquerque as tropas franco-britânicas, que dificilmente conseguiram reembarcar para Inglaterra. A 6 e 7 de Junho os Alemães romperam a linha defensiva apressadamente organizada por Weygand, e invadiram a França. Foi então que a Itália declarou a guerra aos Aliados (10 de Junho). Paris estava sob a autoridade do governo Deutz, enquanto 2/3 do território francês foram ocupados pelo inimigo. Pétain assinou um armistício (22-24 de Junho) que deixou à França uma zona não ocupada, as suas colónias, a sua armada (enquanto colocadas sob a autoridade do Governo de Vichy) e um exército reduzido.
Todas as forças alemãs estavam agora prontas a atacar a Inglaterra, último baluarte da resistência ao nazismo, onde o general De Gaulle tentava reagrupar franceses que queriam prosseguir a luta. Para preparar um desembarque, os 2269 aviões de Hitler atacaram as bases do Sul e Leste de Inglaterra, e seguidamente martelaram Londres e as grandes cidades. Os Ingleses não cederam (Batalha de Inglaterra, Agosto-Dezembro de 1940).
O Prémio Europeu de Cultura, criado em 1993 e patrocinado pelo Príncipe da Dinamarca, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, o Parlamento Europeu e a Fundação Europeia para a Cultura recompensa, todos os anos, personalidades já consagradas, bem como outras menos conhecidas.
Entre os laureados na edição de 2009, conta-se o oboísta, compositor e director de orquestra suíço Heinz Holliger (n. Langenthal, cantão de Berna, 21.5.1939). Holliger fez os estudos musicais nos conservatórios de Berna, Basileia e Paris. Oboísta de eleição, obteve o 1.º prémio no concurso internacional de Genebra, em 1959, e no concurso de Munique, em 1961. É um fenómeno de virtuosismo digital com uma precisão e clareza total de ataques, mas também senhor de um fraseado perfeito e de uma declamação impressionante. Domina o relativamente escasso repertório do oboé, do barroco aos nossos dias, apresentando-o sistematicamente em concertos e gravações. Quase todos os grandes compositores da segunda metade do século XX compuseram para Heinz Holliger. Como compositor, tem revelado uma atenção cuidada às capacidades instrumentais e tem escrito sobretudo para conjuntos de câmara, identificando-se com uma estética pós-serial. Obteve grande êxito com a ópera Schneewitchen, com libreto de Robert Walser, bem como com o seu Concerto para Violino ou o Ciclo Scardanelli.
Heinz Holliger já foi distinguido com numerosos outros prémios como o Prémio da Associação de Músicos Suíços, o Prémio Léonie Sonning (Dinamarca), o Prémio de Arte da cidade de Basileia, o Prémio de Música Ernst von Siemmens, da cidade de Frankfurt, o prémio Abbiati da Bienal de Veneza, o Prémio do Festival de Zurique, além do doutoramento honoris causa pela Universidade de Zurique.
Heinz Holligar tem trabalhado com grandes orquestras mundiais, incluindo a Filarmónica de Berlim, a Orquestra de Cleveland, a Concertgebouw Orchestra de Amesterdão, a London Symphony Orchestra, a Filarmónica de Viena, a Orquestra Tonhalle de Zurique, a Orquestra da Suisse Romande, a Orquestra Nacional de Lyon ou a Orquestra de Câmara da Europa.
Está para muito breve a entrada em funcionamento experimental do motor de busca financiado pela Comissão Europeia: o Projecto Multimatch.
«On the web, cultural heritage content is everywhere, in traditional environments such as libraries, museums, galleries and audiovisual archives, but also in popular magazines and newspapers, in multiple languages and multiple media. The aim of the MultiMatch project is to enable users to explore and interact with online accessible cultural heritage content, across media types and languages boundaries.»
Para conhecer melhor o projecto ver também este documento.
No início do Outono de 1901, Nicolau II, último czar da Rússia, visitou, em Helsinger, o seu avô, o rei Cristiano IX da Dinamarca. O fotógrafo oficial da corte dinamarquesa, Peter Elfelt, registou em imagens o acontecimento, que pode ser visto aqui.
O filme pertence ao Instituto do Filme da Dinamarca, uma das 28 organizações que constituem as fontes deste interessantíssmo arquivo que reúne diversos outros documentos oriundos de mais de 20 países europeus.
Kravgi gynaikon (1978)
Circle of Two (1980)
«Para cumprir o objectivo de ouvir os cidadãos para definir o que vai fazer na cultura, a União Europeia realizou em Lisboa um Fórum com a sociedade civil, no passado mês de Setembro. Essa reunião foi agora transformada num fórum virtual, onde todos são convidados a discutir e a opinar sobre cultura da União Europeia, a diversidade cultural, a economia criativa, de uma forma livre e descontraída, à moda das antigas tertúlias dos velhos cafés europeus.» Aqui fica, pois, a informação e a respectiva ligação.
A 11 de Fevereiro de 1945 terminou a Conferência de Ialta entre os principais líderes das potências Aliadas na II Guerra Mundial: Churchill, Roosevelt e Estaline. Na conferência, realizada nessa cidade da Crimeia, se decidiu o desarmamento e desnazificação da Alemanha, o julgamento dos criminosos de guerra, a fronteira entre a Rússia e a Polónia, mas sobretudo foi aí que se fizeram os planos para a futura partilha da Europa pelas potências vencedoras, que daria origem à chamada Guerra Fria. Também em Ialta se abriu caminho à transformação da Liga das Nações na actual ONU, que ocorreria em Outubro. No Verão do mesmo ano (Julho-Agosto) decorreria ainda uma outra conferência em Potsdam, na Alemanha.
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Queijos Portugueses
e um olhar gastronómico sobre famosos queijos europeus
de Maria de Lourdes Modesto e Manuela Barbosa
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Fotografias de António Duarte Mil-Homens
Paginação e concepção gráfica de Magda Macieira Coelho
Peitinhos de Frango com Boursin
Para este prato dê preferência a peitinhos de frangos do campo, se
possível, biológicos.
Para 4 pessoas:
4 peitinhos de frango com cerca de 125 g cada;
sal e pimenta preta;
2 limões;
1 Boursin com ervas;
8 tiras de bacon;
2 colheres de sopa de manteiga;
2 colheres de sopa de natas.
De véspera tempere os peitinhos com sal, pimenta e o sumo e a raspa dos
limões. Conserve no frigorífico.
No dia seguinte, escorra os peitinhos da marinada, coloque-os sobre a
tábua e, sem separar, abra cada peitinho ao meio na horizontal (fazendo
uma bolsa). Tempere com sal e pimenta. Trabalhe o Boursin em creme e
divida-o em 5 partes. Molde 4 partes em rolo e introduza um rolo em
cada peitinho. Envolva cada peitinho com duas tiras de bacon e
ponha-os num tabuleiro de forno onde caibam à justa, ajeitando-os para
não deixar sair o recheio. 25 minutos antes de servir, disponha uma
nozinha de manteiga sobre cada peitinho e leve a cozer em forno médio
(180ºC).
Num tachinho, junte a marinada com o líquido e o queijo que os
peitinhos tenham largado, junte a 5.ª parte de queijo e as natas e leve
ao lume, a ferver, batendo com uma vara de arames. Mantenha este molho
quente.
Disponha os peitinhos sobre uma camada de tagliateli cozida e acompanhe
com tomates cereja salteados, folhas de alfaces variadas e triângulos
de massa filo com sementes de sésamo ou de papoila. Sirva o molho à
parte.
Variantes: substitua os limões por limas, reduzindo um pouco a
quantidade de sumo.
Substitua o Boursin por um queijo de Cabra cremoso, junte bastante
cebolinho e um pouco de rábano picante em pasta (horseradish), sal e
pimenta preta.