Luneta de Galileu
O físico e astrónomo italiano Galileu Galilei (Pisa, 1564 - Florença, 1642) consagrou toda a sua existência à procura racional da verdade, tendo sido obrigado a renegar, aos 70 anos, perante o tribunal da Inquisição, a descoberta que tomara mais a peito — o movimento dos planetas, e, portanto, da Terra à volta do Sol. Galileu ensinou Matemática em Pádua em 1589. Pôs em causa a física aristotélica e fez-se promotor das teses de Copérnico; foi ele o verdadeiro fundador do moderno método experimental, que alia os raciocínios indutivo e dedutivo. Descobriu em 1602 as leis das quedas dos corpos e, em 1610, fabricou uma luneta astronómica, depois chamada luneta de Galileu, com a qual pôde então dedicar-se à observação astral (Lua, Sol, Júpiter, Saturno, Vénus).
O telescópio
É um aparelho óptico que permite a visão de objectos longínquos. Contrariamente à objectiva da luneta astronómica, a objectiva de um telescópio não é constituída por uma lente mas por um espelho côncavo recoberto de fina película de prata ou de alumínio. Deste modo, a convergência não é obtida por refracção mas por reflexão sobre uma superfície parabólica, que faz com que as imagens se apresentem isentas de aberrações cromáticas. Existem vários tipos de telescópios. O mais simples, o telescópio de Newton, inventado por este físico em 1671, possui um espelho principal, parabólico, e um espelho secundário, plano, colocado um pouco antes do foco e inclinado 45º, de modo a reflectir a imagem sobre o lado do tubo onde ela é então observada com uma ocular. No telescópio de Cassegrain, o espelho secundário é convexo e comporta-se como uma lente divergente; este espelho secundário, colocado sobre o eixo óptico, reflecte a imagem para o espelho primário que tem um orifício no centro. A observação faz-se então na parte posterior do instrumento, como com uma luneta. O telescópio de Schmidt, além dos espelhos primário e secundário, possui uma lâmina correctora, espécie de lente de contorno especial que ao suprimir certas distorções marginais permite utilizar praticamente toda a superfície do espelho. Os telescópios de Schmidt, muito luminosos, são úteis para a fotografia de campos estelares. O celóstato permite, graças a uma imagem fixa, observações precisas. Num telescópio electrónico a ocular é substituída por uma câmara electrónica, que permite descobrir estrelas cem vezes mais fracas que com os meios clássicos.
Os astronautas Heidemarie Stefanyshyn-Piper (esquerda) e Shane Kimbrough no segundo «passeio» espacial da missão STS-126, no passado dia 20 (fonte: NASA).
A nave espacial Phoenix, lançada pela NASA, aterrou com êxito numa região do pólo norte de Marte, perto de um local onde se pensa existir gelo. A fotografia, tirada pela Phoenix depois da aterragem, mostra uma das pernas sobre a superfície marciana.
Em baixo, uma visão do que será o aspecto da Phoenix depois de aterrar em Marte.
Foto: NASA
Nesta imagem do Telescópio Espacial Hubble, duas galáxias executam uma complexa dança. As galáxias, compostas por uma vasto número de estrelas, rodam ao sabor de uma elegante coreografia determinada pela gravidade. O par que ambas constituem, conhecido pelo nome de Arp 87 por ter sido catalogado pelo astrónomo Halton Arp na década de 1960, integra o número das centenas de galáxias que interagem e se misturam conhecidas no nosso universo ou na sua proximidade. (Fonte: NASA)