O poeta egípcio Mounir Saied Hanna foi preso em Maio e posteriormente multado em mais de 12 500 euros e condenado a três anos de prisão por ter escrito poemas interpretados como insultuosos para o presidente egípcio. O irmão de Mounir e a acção de uma ONG, The Arabic Network for Human Rights Information, fizeram com que a sentença fosse agora revista e reduzido para três meses o período de prisão.
Um dos poemas citados em tribunal é mais ou menos assim:
Brilha, brilha tu que nos iluminas a todos
Brilha, brilha tu que iluminas
Nada brilha como tu brilhas
Fazes o povo sentir-se confuso e perdido
Fazes o povo sentir-se feliz e perdido.

Escritor egípcio de língua francesa (Cairo, 3.11.1913 – Paris, 22.6.2008). Formado nas escolas francesas do Cairo, iniciou-se cedo nos clássicos franceses. A sua obra, de cariz sarcástico a que não falta um fundo sentido de humor, aborda sempre questões ligadas ao seu país, à sua cultura de origem ou a condição árabe, e é impregnada de sabedoria oriental, fazendo a apologia do desanuviamento e da preguiça, entendidos como uma arte de viver e uma forma de contemplação.
Obras: Les hommes oubliés de Dieu (1940), La maison de la mort certaine (1944), Les fainéants dans la vallée fertile (1948), Mendiants e orgueilleux (1955), La violence et la dérision (1964), Un complot de saltimbanques (1975), Une ambition dans le désert (1984), Les couleurs de l’infamie (1999).