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Bailarina russa (Moscovo, 1.2.1939 – ibid., 28.4.2009) que foi aluna da lendária Galina Ulanova e uma das vedetas do Bolchoi, para cuja companhia entrou em 1958 e onde permaneceu ao longo de três décadas, dançando os grandes clássicos: Gisèle, O Lagos dos Cisnes, Dom Quixote, etc. Trabalhou também fora do seu país, nomeadamente com Maurice Béjart (Romeu e Julieta) e Roland Petit (O Anjo Azul), tendo participado ainda no filme Traviata de Franco Zeffirelli, com o marido, o bailarino Vladimir Vassiliev. Publicou uma autobiografia com o título de «A Senhora Não», expressão por que ficou conhecida, dado o seu carácter reservado e avesso à exposição mediática.
Ekaterina Maximova como Gisèle
Bailarino americano (Jacksonville, Flórida, 26.5.1914 – Nova Iorque, 27.4.2009) que se estreou no Savoy Ballroom, juntando-se, em 1934, ao grupo Savoy Lindy Hoppers, onde desenvolve os passos de «lindy». Actuou na reabertura do Cotton Clube (1936) com os Hopping Maniacs. Com os Lindy Hoppers apareceu em A Day at the Races (1937, de Sam Wood). Mobilizado durante a II Guerra Mundial, em 1947 reapareceu com um novo grupo, os Congaroo Dancers, que estreou no Roxy Theatre, tendo participado no filme Hellzapoppin' (1941, de H. C. Potter). Em 1955 passou a trabalhar para os serviços postais americanos. Em 1986 tornou-se professor de dança. Em 1989 ganhou um prémio Tony para a Melhor Coreografia com o espectáculo Black and Blue. Em 1999, actuou com a Lincoln Center Orchestra e Wynton Marsalis e no ano seguinte foi distinguido com o National Heritage Fellowship do NationalEndowment for the Arts. No mesmo ano, a sua figura surgiu em destaque no documentário Jazz, de Ken Burn. O livro autobiográfico, escrito com Cynthia R. Millman, Frankie Manning: Ambassador of Lindy Hop, foi publicado em 2007.
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Bailarino e coreógrafo americano (West Brighton, Nova Iorque, 1929 - Chicago, 29.10.2008). Estudou dança clássica em Seatle, com Mary Ann Wells, e trabalhou dança moderna com May O`Donnell. Foi primeiro bailarino do Robert Joffrey Ballet, do qual vei a ser director artístico. Em 1963 era já co-director do American Ballet Center. Distinguiu-se, sobretudo, como autor de obras em que os estilos académico-clássico, romântico e neoclássico se fundem na estética da modern dance. As suas obras são brilhantes e eminentemente teatrais.
Gerald Arpino era membro do Arts Advisory Committee do New York International Festival of the Arts e integrava a administração de The Chicago Academy for the Arts. Era doutor honoris causa pelo College of Staten Island, City University of New York, e pelo Wagner College. Foi distinguido, em 1974, com o prémio da Dance Magazine e com a medalha Vaslav Nijinsky. Em 2005, entre outras diversas distinções, recebeu o Prémio de Carreira da Chicago National Association of Dance Masters. Em 2006, foi agraciado pelo presidente italiano com a condecoração de Grande Oficial da Ordine della Stella della Solidarietà Italiana. Em 2007, tornou-se Director Artístico Emérito do Joffrey Ballet.
Obras Princ.: Partita for four (1961), Ropes (1961), Sea Shadow (1963), Incubus (1962), Palace (1963), Viva Vivaldi (1965), Olympics (1965), Nightwings (1966); The Clowns (1968), Trinity (1969); Valentine (1971), Kettentanz (1971); Sacred Grove on Mount Tamalpais (1972), Relativity of Icarus (1974), Orpheus Times Light (1976), Suite Saint-Saëns (1978), Celebration (1980), Light Rain (1981), Round of Angels (1983), Ruth: Ricordi Per Due (2004).
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Bailarino francês que revolucionou a dança e se tornou um dos maiores nomes da coreografia contemporânea (Marselha, 1.1.1927 - Lausanne, 22.11.2007). Estreou-se em 1945 na ópera de Marselha e praticou, durante dez anos, a chamada «dança clássica», que lhe deu uma técnica perfeita. Insatisfeito, compreendeu que o
ballet é apenas a forma condensada de uma arte com múltiplas possibilidades. Em 1955, com Symphonie pour un homme seul, interpretada por ele com música concreta, dá-se a revelação. A dança passa a ser a expressão de um drama: o do homem do século xx em face das suas próprias angústias. Virando as costas à Academia, dirigiu o Ballet du XXième Siècle no Théâtre Royal de la Monnaie, de Bruxelas, e depois o Ballet Lausanne, renomeado Béjart Ballet Lausanne, explorando todos os recursos da arte coreográfica, arriscando-se, por esse motivo, a voltar a utilizar os elementos da dança clássica, que lhe parecem definitivos (Boléro, Suite Viennoise, IX Sinfonia, Romeu e Julieta). Maurice Béjart criou uma nova fórmula de espectáculo total, ligando à dança obras líricas ou teatrais: A Viúva Alegre, A Danação de Fausto, La Reine verte e Messe pour le temps présent que, pela liberdade formal de reunir ballet, cantata e mimodrama, foi objecto de muitas controvérsias. Num dos seus espectáculos, Baudelaire, faz a fascinante apologia do «poeta maldito», onde música de Wagner, havaiana e psicadélica alterna com trechos do poeta francês. Entre as suas últimas coreografias contam-se Ring um den Ring (1990), MutationX (1998), Mère Teresa et les enfants du monde (2002), Ciao Federico (sobre Fellini, 2003), Zarathoustra (2006). O seu último trabalho, cuja estreia está marcada para Dezembro, chama-se Volta ao Mundo em 80 Dias. Maurice Béjart foi distinguido pelo imperador japonês Hirohito com a Ordem do Sol Nascente (1986), nomeado Grande Oficial da Coroa (1988) pelo rei belga Balduíno, e eleito em 1994 membro da Academia francesa das Belas Artes. [www.bejart.ch]