Agrónomo norte-americano (Cresco, Iowa, 25.3.1914 – Dallas, 12.9.2009). Enviado para o México, em 1944, para integrar um projecto agrícola do governo em colaboração com a Fundação Rockefeller para solucionar as pragas que devastavam as colheitas de trigo, conseguiu obter variedades com um rendimento tal que permitiu ao País exportar aquele cereal apesar do seu acentuado acréscimo da população. O seu contributo para a agricultura é conhecido pela expressão «revolução verde», tendo aplicado o resultado das suas investigações à cultura do trigo e do milho na Índia e no Paquistão, a partir de 1960, ao serviço da FAO. Estes e outros países haveriam de incrementar o rendimento por hectare em cerca de 250 %. Entre 1964 e 1982 dirigiu o Centro de Melhoramento do Milho e do Trigo, no México. Foi galardoado com o prémio Nobel da Paz de 1970.
Centenas de entrevistas feitas durante a década de 1960 a vários cientistas da área da física estão disponíveis de graça na biblioteca online do Instituto Americano de Física. [Ver artigo no Público]
No fim da década de 80, porém, Manuel Santos e a sua equipa da Universidade de Aveiro foram dos primeiros grupos do mundo a propor que isso não era bem assim: descobriram que as Candida conseguiram sobreviver apesar de ter sofrido uma alteração do seu código genético que deveria ter sido perfeitamente tóxica. Num trabalho hoje publicado em consórcio internacional na revista Nature, explicam pela primeira vez, graças à análise comparativa dos genomas de várias espécies diferentes de Candida, como é que essa “mudança de identidade” teve concretamente lugar.
(ver artigo no Público e artigo da Nature).
Embora com atraso, é perfeitamente justificável que aqui fique registo dos distinguidos com os Prémios «Seeds of Science», bem como a gravação integral da Gala da Ciência, que teve lugar na Figueira da Foz, em Março de 2009, disponibilizada no site da revista CiênciaHoje, promotora dos prémios.
O astrónomo Pedro Russo, coordenador do Ano Internacional da Astronomia, foi galardoado com o «Prémio Especial 2009».
Álvaro Macieira-Coelho foi o cientista escolhido para receber o Prémio Seeds of Science na categoria «Carreira», que distingue um investigador já reformado.
Irene Pimentel recebeu o Prémio Seeds of Science na categoria «Ciências Sociais e Humanas».Cecília Arraiano recebeu o Prémio Seeds of Science na categoria «Ciências da Vida».
Elvira Fortunato foi a cientista escolhida para receber o Prémio Seeds of Science na categoria «Engenharia e Tecnologia». Ricardo Serrão Santos foi o escolhido para o Prémio Seed of Science na categoria de «Ciências da Terra, do Mar e da Atmosfera».
O Prémio «Consagração» dos «Seeds of Science», distinções atribuídas anualmente pelo Ciência Hoje a investigadores que se destacam no panorama da Ciência, foi entregue em 2009 a Alexandre Quintanilha, director do Instituto de Biologia Molecular e Celular, a Mário Barbosa, responsável do Instituto de Engenharia Biomédica, e Manuel Sobrinho Simões, que lidera o Instituto de Patolologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto.
O físico e investigador Gustavo Castelo-Branco foi escolhido pela direcção do Ciência Hoje para receber o Seed Of Science 2009 na categoria «Ciências Exactas».
O Prémio Seeds of Science na categoria «Júnior», destinado a galardoar jovens cientistas até ao doutoramento (incluisvé), foi entregue ao biólogo André Sucena Afonso.
Saiba mais sobre os premiados aqui.
O Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura faz um merecido destaque, no seu site da internet, ao Dicionário Interdisciplinar de CIÊNCIA e FÉ, aí reproduzindo o Prólogo à Edição Portuguesa desta obra inovadora e, também, o respectivo vídeo de apresentação. Aqui.
O coordenador da edição portuguesa da Enciclopédia Interdisciplinar de Ciência e Fé, Padre Manuel da Costa Freitas, em entrevista: «Não há contradição entre fé e razão!»
[clicar nas fotos]
«Na formulação da teoria evolucionista de Darwin, confluíram vários elementos, já analisados anteriormente, que operaram a níveis diferentes, por vezes de modo directo por vezes implícito. De entre estes, a particular psicologia de seu autor e a sua história pessoal; a influência do avô Erasmus de fé iluminista e deísta; a leitura de livros de filósofos, economistas e sociólogos de cariz materialista e liberal; as ideias dominantes no espírito inglês da época vitoriana (optimismo relativamente ao progresso, competicionismo, cientificismo incipiente, capitalismo); a perspectiva geológica "actualista" de Hutton e de Lyell, segundo a qual no passado agiram gradualmente as mesmas forças operantes no presente (oposta ao catastrofismo). Mas o
significado último da mensagem darwiniana é que a ordem e a harmonia não descendem de uma "autoridade" predestinadora ou das leis com que esta governa a natureza, mas surgem "espontaneamente" da luta que os indivíduos empreendem para a sua sobrevivência (→evolução). Nisto, pode-se colher um certo espírito de emancipação da religião (e da autoridade), de que Darwin se sente pessoalmente investido, também por causa da sua experiência pessoal, e o seu desejo de não obedecer a nada ou a ninguém, de competir livremente com os outros de modo próprio, obedecendo à própria natureza e às próprias inclinações (…). A difusão e a consequente, quase geral, aceitação da teoria de Darwin deveu-se também, em nosso parecer, à influência de factores extra-científicos e de subtis "correspondências" com o espírito do tempo. Assinalamos três: os conceitos de gradualismo e de continuidade, que permeiam o darwinismo, estavam em perfeito acordo com a concepção vitoriana caracterizada por um moderado conservadorismo social, inimigo de qualquer convulsão e de qualquer mudança demasiado repentinas; a certeza que permeia todo o pensamento de Darwin acerca do progresso imparável do mundo vivo de formas menos perfeitas para formas mais perfeitas estava de acordo com o optimismo progressista do século XIX (→ progresso); a importância atribuída à selecção natural estava em plena sintonia com a concepção competitiva ligada à concepção (quasi religiosa) do "livre mercado", preeminente em Inglaterra. O ambiente geral estava, no fundo, já preparado e maduro para receber um pacote de ideias que aquele mesmo tinha ajudado a coagular de modo implícito.» (excerto)
Giovanni Monastra
(tradução: Américo Pereira)
Charles Robert Darwin nasceu a 12 de Fevereiro de 1809 na cidade de Shrewsbury, em Inglaterra e faleceu a 18 de Abril de 1882 em Downe, Kent. Provinha de uma família abastada e influente. Era filho de Robert Waring Darwin, prestigiado médico, e de Susannah Darwin, cujo falecimento precoce poucas recordações deixaram em Charles. Era também neto de Erasmus Darwin, físico e poeta. Ambas as famílias, tanto da parte da mãe como da parte do pai eram profundamente religiosas, o que viria a influenciar a vida de Charles.
Excerto do texto de Isabel Amaral, da UNL, em ANNUALIA 2008-2009.
Materiais para o futuro
por
César A. C. Sequeira
Universidade Técnica de Lisboa
«A capacidade de manipular a estrutura dos materiais às escalas molecular. atómica e electrónica permite desenvolver e utilizar materiais até então exclusivamente fabricados pela natureza, conferindo uma importância crucial aos materiais funcionais e esbatendo fortemente a fronteira entre matéria viva e inerte.»
Nuno Crato tem-se também distinguido pela sua intervenção em questões educativas, sobretudo pelas posições contrárias às doutrinas pedagógicas que fizeram e fazem moda nas escolas portuguesas, integradas no complexo sistema do «eduquês», expressão que tem consagrado. Nesta área publicou, também na Gradiva, O Eduquês em Discurso Directo: Uma Crítica da Pedagogia Romântica e Construtivista (2006) e coordenou Desastre no Ensino da Matemática: Como Recuperar o Tempo Perdido (2006).
Foto: NASA
Nesta imagem do Telescópio Espacial Hubble, duas galáxias executam uma complexa dança. As galáxias, compostas por uma vasto número de estrelas, rodam ao sabor de uma elegante coreografia determinada pela gravidade. O par que ambas constituem, conhecido pelo nome de Arp 87 por ter sido catalogado pelo astrónomo Halton Arp na década de 1960, integra o número das centenas de galáxias que interagem e se misturam conhecidas no nosso universo ou na sua proximidade. (Fonte: NASA)