
Tenor italiano (Anastasia, Catânia, 24.7.1921 – Milão, 3.3.2008) cuja carreira atingiu o seu cume na década de 1950 ao lado de Maria Callas, quer em produções operáticas, quer em registos discográficos. Enérgico e espontâneo enquanto cantor e convincente como actor, Di Stefano entregou-se à sua carreira de tal modo que a sua voz acabou por se ressentir de forma irreversível. Porém, o seu desempenho anterior é notável, distinguindo-se em papéis como Nemorino no L'Elisir d'Amore de Donizetti, Alfredo em La Traviata de Verdi, Des Grieux na Manon de Massenet (o seu papel de estreia no La Scala, em 1946) ou ainda no Fausto de Gounod, no Cavaradossi da Tosca de Puccini, no Don José da Carmen de Bizet ou no Andrea Chénier da ópera homónima de Giordano. Em 1948, cantou pela primeira vez na Metropolitan Opera em Nova Iorque integrando o elenco do Rigolleto, de Verdi. Em 1951 cantou pela primeira vez ao lado da Callas, com quem contracenou numerosas vezes. Um dos momentos mais impressionantes de ambos foi a Traviata produzido pelo La Scala com encenação de Luchino Visconti e direcção de Carlo Maria Giulini, da qual existe registo discográfico.
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Giuseppe Di Stefano canta «E lucevan le stelle» da ópera Tosca, de Giacomo Puccini.