O Tratado de Brest-Litovsk, assinado em 3 de Março de 1918, foi celebrado entre a Rússia soviética e as potências centrais (Alemanha, Áustria-Hungria e Itália) e garantiu a independência aos territórios sob domínio russo na Polónia e no mar Báltico, à Ucrânia e à Finlândia.
A Alemanha reclamava o estatuto independente para essas regiões desde o final de 1917 e foi essa reivindicação que levou ao rompimento de negociações em Novembro daquele ano. Entretanto, com o avanço das tropas alemãs aqueles termos tornaram-se aceitáveis para a Rússia de Lénine, que assim se afastou do esforço de guerra dos Aliados. A independência daqueles territórios servia as potências centrais por constituirem um «tampão», mas a Alemanha esperava que ele pudessem vir a cair sob a sua alçada. Esta expectativa, porém, gorou-se com o Armísticio (Novembro de 1918) que pôs fim à I Guerra Mundial, que impôs o domínio das forças aliadas e obrigou à desmilitarização da Alemanha.
Os soviéticos recuperariam a Ucrânia logo em 1919 e, depois do Pacto Germano-Soviético de 1939, retomaram os territórios polacos e os países bálticos (Estónia, Lituânia e Letónia).
Pode ler o texto do Tratado de Brest-Litovsk aqui.
