MEDICINA
António Gentil Martins, um homem de causas e princípios
Grande figura da Medicina e indiscutível referência ética para os médicos de todos os tempos, António Gentil Martinstem lugar reservado na galeria daqueles médicos que são arquétipos e paradigmasdos cultores desta nobre e um pouco misteriosa actividade humana.
DANIEL SERRÃO
Professor da Universidade do Porto
Cirurgião português (Lisboa, 1930). Licenciado em Medicina e Cirurgia (1953) pela Faculdade de Medicina de Lisboa, foi fundador (1960) da primeira Unidade Multidisciplinar de Oncologia Pediátrica (Médico-Cirúrgica) a nível mundial. É especialista em Cirurgia Pediátrica e em Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética e é, desde 1986, director do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de D. Estefânia.
É ainda um reputado cirurgião, de fama mundial, na separação de pares de gémeos siameses.
António Gentil Martins foi presidente da Ordem dos Médicos (1977-1986), da Associação Médica Mundial (1979-1983) e da Liga Portuguesa Contra o Cancro (1995-1997). Foi campeão de Portugal com carabina de precisão a 50 m, deitado (1953) e com espingarda de guerra a 300 m, deitado (1954), participou nos Jogos Olímpicos de Roma (1960) na modalidade de tiro com pistola automática a 25 metros.
TEATRO
Ricardo Pais: audácia e rigor
(...) Poucos criadores teatrais em Portugal terão tido um tão profundo impacto nos seus colaboradores, nas valências várias da escrita e tradução, da cenografia e dos figurinos, do desenho de luz e da criação de imagem de vídeo, da sonoplastia e do desenho de som, da composição musical e, particularmente, do trabalho dos actores.
PAULO EDUARDO CARVALHO
Professor da Universidade do Porto
Homem de teatro (Maceira-Liz, Leiria, 1945). Actor, foi em Londres, para onde foi em 1968, que descobriu a sua vocação de encenador ao frequentar o Drama Centre. Após mais de 20 anos de trabalho, realizado nos mais diversos palcos e companhias, com saliência para o seu trabalho no Teatro Viriato, em Viseu, foi convidado para dirigir, em 1995, o Teatro Nacional de São João, onde permanece.
MÚSICA
Eurico Carrapatoso: uma «Canção com Palavras»
«De quantas dezenas de anos vão ainda precisar os compositores para perceberem que o chão atonal é um chão que nunca chegou a dar uvas?»
SÉRGIO AZEVEDO
Compositor
Professor na Escola Superior de Música de Lisboa
Compositor português (Mirandela, 1962). É o nome mais firmado da mais recente música contemporânea portuguesa. Formado em História na Universidade do Porto (1985), estudou música no Conservatório e Escola Superior de Música com J. L. Borges Coelho, Cândido Lima, Constança Capdeville e Jorge Peixinho, com as mais altas classificações. É professor de composição e Análise Musical no Conservatório, Academia de Amadores de Música e Academia Nacional Superior de Orquestra. A sua obra, que é já vasta, inclui música para orquestra, de câmara, coral, vocal, música de cena e para piano.