Cantora clássica indiana (Hangal, Karnataka, 5.3.1913 – Hubli, Karnataka, 21.7.2009) que fez história por ter sido uma das poucas mulheres a triunfar no mundo masculino do canto clássico, tornando-se membro ilustre da escola musical designada por Kirana Gharana, fundada por Ustad Abdul Karim Khan. Para tal, Gangubai teve de romper fortes barreiras de género e de casta. Em certo momento, uma doença fez com que perdesse a voz, mas, superado esse momento, regressou ao canto com uma voz de timbre mais grave, quase masculino, que a tornou ainda mais inconfundível. O seu primeiro grande concerto teve lugar em Bombaim (Mumbay), em 1933, e cantou pela última vez em público em 2007, em Dharward, quando foi feita membro da Sangeet Natal Akademi, um honra concedida a muito poucos, que a distinguira com um prémio em 1973. Gangubai foi galardoada também com os prémios da Academia Karnataka Sangeet Nritya (1962), Padma Bhushan (1971), Padma Vibhushan (2002).
Aravind Adiga (n. Madras, 1974), passou parte da infância na Austrália. studou nas universidades de Colúmbia e Oxford. Foii correspondente da TIME na Índia e artigos seus apareceram nos jornais The Financial Times, The Independent e Sunday Times.
The White Tiger é uma história sobre duas Índias. A saga de Balram, filho de um puxador de rickshaw, da obscuridade da vida de aldeia ao luminoso triunfo empresarial.
Já a manhã clara dava nos outeiros
Por onde o Ganges murmurando soa,
Quando da celsa gávea os marinheiros
Enxergaram terra alta pela proa.
Já fora de tormenta, e dos primeiros
Mares, o temor vão do peito voa.
Disse alegre o piloto Melindano:
«Terra é de Calecu, se não me engano».
«Esta é por certo a terra que buscais
Da verdadeira Índia, que aparece;
E se do mundo mais não desejais,
Vosso trabalho longo aqui fenece.»
Sofrer aqui não pode o Gama mais,
De ledo em ver que a terra se conhece:
Os geolhos no chão, as mãos ao céu,
A mercê grande a Deus agradeceu.
Luís de Camões, Os Lusíadas, Canto VI