Actor português (Abrantes, 8.1.1824 - Lisboa, 5.3.1909) cuja profissão começou por ser de tipógrafo, em Lisboa, e actor-amador, passando a dedicar-se exclusivamente ao teatro em 1846. Em 1852 inaugurou o Teatro do Ginásio, a que para sempre exclusivamente se vinculou e onde permaneceu enquanto pôde representar, recusando convites para actuar noutras salas de espectáculo mais importantes. Ídolo das plateias populares, desempenhou com enorme brilho personagens cómicas sobretudo de Molière como as do Misantropo e do Médico à Força, de Molière, com as quais se notabilizou. Realizou uma digressão pelo Brasil, onde obteve extraordinários êxitos. Um teatro com o seu nome foi inaugurado em 1870, ainda em vida do actor. Ver também aqui, aqui e aqui.
Barítono português (1859-1921), irmão mais novo do tenor António de Andrade, que, em 1881, foi para Itália, onde estudou com Miraglia e Ronconi. Estreou-se em São Remo, na ópera Aída, de Verdi, tendo depois percorrido toda a Europa. Em Portugal ficou célebre a sua interpretação de Rigoletto (1887). Na Alemanha, onde desempenhou a função de cantor da Real Câmara da Baviera (1896), foi considerado o melhor intérprete de todos os tempos do Don Giovanni de Mozart. Do seu vasto reportório salientam-se ainda Guilherme Tell, Baile de Máscaras, Força do Destino, Traviatta, D. Manfredo, Fausto, Lucia de Lamermoor, A Africana e Barbeiro de Sevilha, que cantou (1918), pela última vez, em Portugal.
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Actor (Casaquistão, União Soviética, 23.2.1944 – Moscovo, Rússia, 20.5.2009) cujo carisma fez com que fosse unanimente reconhecido como uma das últimas grandes figuras do cinema russo. Estudou em Saratov, onde pertenceu à companhia do teatro Slonov, integrando, a partir de 1973, o teatro Lenkom, em Moscovo. Conhecido no Ocidente sobretudo pelo seu desempenho em Zerkalo (1974) e Nostalghia (1983), de Andrei Tarkovski, Oleg Iankovski foi premiado na União Soviética em 1983, pela sua carreira, e, posteriormente, pelas suas interpretações nos filmes Polyoty vo sne I nayavu (1982, de Roman Balayan) e Kreytserova sonata (1987, de Sofiya Milkina e Mikhail Shvejtser). Em 1991 foi nomeado Artista do Povo da União Soviética. O último filme em que participou foi Tsar (2009, de Pavel Lungine), que foi exibido na edição do Festival de Cannes que ainda decorre.
Tsar, de Pavel Lungine
Actriz americana (Nova Iorque, 14.12.1934 – New Jersey, 23.4.2009) que se estreou na Broadway, em 1956, na peça Mr. Wonderful, início de uma carreira recheada de êxitos: Brigadoon, West Side Story, Gypsy, I Can Get It For You Wholesale, Mame, Hallelujah, Baby!, Golden Rainbow, A Teaspoon Every Four Hours, Two by Two, On the Town, Working, Ballroom, Broadway Bound, Café Crown e uma versão revivalista de Grease. Em 1981, foi distinguida com um prémio Tony (e também com o Drama Desk Award) pelo seu desempenho como Jan Donovan no musical Woman of the Year, no qual contracenou com Laureen Bacall e que viria a recriar na televisão, em 1984. Participou em numerosas séries de televisão como Alice, Kate & Allie, Cheers, The Nanny, Caroline in the City e Law & Order.
Marilyn Cooper em Woman of the Year.
O teatro no catálogo da Verbo
Actriz britânica (Londres, 11.5.1963 - Nova Iorque, 18.3.2009), filha do realizador Tony Richardson e da actriz Vanessa Redgrave. Formada pela Central School of Speech and Drama, de Londres, em 1986 foi premiada pela crítica pelo seu desempenho na peça A Gaivota, de Tchekov. Em 1992, foi distinguida no mesmo âmbito pelo papel principal em Anna Christie, pelo qual foi também nomeada para os Tony, depois de a peça ter sido produzida na Broadway. Outros galardões convergiram no reconhecimento daquela sua interpretação. Em 1998 ganhou mesmo um Tony, entre outros prémios, pelo seu desempenho como Sally Bowles, na produção de Cabaret que Sam Mendes levou a cabo.
No cinema, ganhou o seu primeiro papel importante no filme Gothic (1986, de Ken Russell). Dois anos depois, Paul Schrader deu-lhe o papel de protagonista no filme Patty Hearst e chamou-a ao elenco de The Comfort of Strangers (1990), no quai foi justamente distinguida, tal como em Widows' Peak (1994, de John Irvin),
Outros filmes: The Handmaid's Tale (1990, de Volker Schlöndorff), Past Midnight (1991, de Jan Eliasberg), Nell (1994, de Michael Apted), The Parent Trap (1998, de Nancy Meyers), Blow Dry (2001, de Paddy Breathnach), Chelsea Walls (2001, de Ethan Hawke), Waking Up in Reno (2002, de Jordan Brady), Maid in Manhattan (2002, de Wayne Wang), Asylum (2005, de David MacKenzie), The White Countess (2005, de James Ivory), Evening (2007, de Lajos Koltai), Wild Child (2008, de Nick Moore).