Escritor e jornalista português (Lisboa, 21.3.1930 - ibid., 3.10.2008). «Com a publicação em 1977 de O Que Diz Molero, que conheceu nesse ano várias reedições (de tal modo foi enorme o sucesso junto dos leitores e da crítica), Dinis Machado revelou-se como um ficcionista de evidente qualidade criadora. Através de uma escrita solta e despojada, a que não é alheia uma clara ironia e a sua oralidade popular, fixou uma certa vivência popular lisboeta, erguendo nesse seu «reduto» de bairro pobre ou típico a viva recordação de pessoas e lugares de infância ou de adolescência no convívio dos cafés, nos sonhos de muitos filmes ou livros para preencher o vazio das horas, ou ainda nesse sentido paradigmático de quem «gosta de falar» e de escrever para se ouvir e ter de se reconhecer naquilo mesmo que escreve.» (Serafim Ferreira, in Biblos-Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa, vol. 3, Lisboa, 1999).
Outras obras: Discurso de Alfredo Marceneiro a Gabriel García Márquez (1984), Reduto Quase Final (1989) e Gráfico de Vendas com Orquídea (1999). Sob o pseudónimo Dennis McShade publicou diversos livros policiais: A Mão Direita do Diabo, Mulher e Arma com Guitarra Espanhola, Requiem para D. Quixote.