Domingo, 27 de Abril de 2008
Navegador português (Porto?, cerca de 1480 - Cebu, Filipinas, 27.4.1521). Combatente em África e na Índia, irritado por D. Manuel I não lhe dar as compensações a que se julgava com direito, retirou-se para Castela e ofereceu os seus serviços ao imperador Carlos V, que os aceitou. Propunha-se descobrir novas terras, chegar, por Ocidente, à região das especiarias e demonstrar que as ilhas Malucas, reclamadas por Espanhóis e Portugueses, «caíam na demarcação de Castela«, fixada pelo Tratado de Tordesilhas (1494). Reunidos os navios, deixaram o porto de San Lucar de Barrameda (1519) e partiram para ocidente. Rumaram às Canárias, Cabo Verde, Guiné, passaram à costa brasileira, chegaram à baía de Guanabara. Explorada a foz do rio da Prata, desceram a costa meridional da Patagónia, em busca de uma passagem para o Pacífico, e entraram na baía de São Julião. Depois de inúmeras dificuldades, penetrou no estreito (1.2.1520), que se veio a chamar Estreito de Magalhães. Três semanas depois, senhor apenas de três navios, visto um haver naufragado e outro retrocedido para Espanha, começou a sulcar as águas do oceano Pacífico, no meio dos maiores tormentos. Por fim, quando já haviam perdido a esperança de salvamento, aportaram às ilhas Marianas. No mês seguinte chegaram às ilhas depois chamadas Filipinas, onde Magalhães foi morto, numa luta travada com os indígenas da ilha de Mactão (27.4.1521). A tripulação continuou a viagem e voltou à Espanha pelo caminho português, sob o comando de Sebastião de Elcano. Dos cinco navios que formavam a esquadra, só um regressou com a glória de haver dado a primeira volta ao Mundo.