Escritor belga de língua flamenga (Bruges, 5.4.1929 – Antuérpia, 19.3.2008). Poeta, romancista e dramaturgo, também pintor e cineasta, é uma das figuras mais representativas da literatura belga contemporânea. Integrou o grupo de pintores designado por Cobra (ligado a Karel Appel, por exemplo). Levou até aos limites a busca da verdade, confuso perante o esvaziamento do presente. Como romancista e dramaturgo denunciou, por vezes com crueza, a hipocrisia e as misérias do nosso tempo, no qual as suas personagens não perderam, porém, a sede insaciável de pureza original. Obteve o Prémio Nacional de Poesia, com Heer Everzwijn, em 1971.
Em 1983, publicou um romance que teve larga repercussão internacional: Het verdriet van België (O Desgosto da Bélgica, publicado pela ASA). Foi distinguido com vários prémios e o seu nome foi várias vezes mencionado com insistência como candidato ao Prémio Nobel.
Como realizador, refiram-se De Vijanden (1967, Inimigos), baseado no sua peça Vrijdag (Sexta-feira) e Het Sacrament (1989, O Sacramento).
Da sua vasta obra escrita recordam-se aqui títulos como De metsiers (1950), De Oostakkerse Gedichten (1955), Het verlangen (1978), De verwondering (1963), Schaamte (1972), Het jaar van de kreeft (1972), De zwaardvis (1989), De geruchten (1996), Suiker (1958, teatro), Orestes (1976, teatro), Het huis van Labdakos (1977, teatro), Vrijdag (1969, teatro).
Pintura de Hugo Claus:
1. O Rapto de Europa
2. Sem título