Balthus fotografado por Man Ray (1933)
Num fugidio 29 de Fevereiro, em 1908, nasceu Balthasar Klossowski, conhecido depois no mundo da pintura por Balthus. Incentivado na infância por Rainer Maria Rilke, com quem conviveu de perto, Balthus tornou-se um dos grandes pintores do século XX, sem que apresente qualquer ligação clara a uma escola ou movimento particular, apesar das suas relações com cubistas e surrealistas. À sua pintura – laboriosamente aprendida em Masaccio e Piero de la Francesca – ligam-se elementos biográficos, tão fugidios quanto o dia do seu nascimento, elementos incertos e controversos, muitas vezes «armadilhados» pelo próprio pintor, desde logo a sua condição aristocrática, como agudamente nota um dos seus biógrafos, Nicholas Fox Weber. Produzindo sempre uma pintura inteligentemente perturbante, por vezes mesmo inquietante, moderno mas com a qualidade pictórica dos pintores pré-renascentistas. Foi nomeado em 1964, por André Malraux, para dirigir a Academia Francesa em Roma, com sede na Villa Medici, que remodelou e redecorou com requinte. Misterioso, Balthus tornou-se um pintor altamente requisitado. Retirou-se depois para o antiquíssimo chalet «La Rossinière», na Suíça, com a sua mulher, a japonesa Setsuko. Morreu em 2001.
Balthus fotografado por Cartier-Bresson (1990)
La rue (1933)
Le Roi des chats (1935)
Therèse revant (1938)
Autoportrait (1940)
Le salon (1942)
La jeune fille endormie (1943)
Nu jouant avec un chat (1949)
Les Beaux Jours (1944-1946)
La partie de cartes (1948-50)
Nu aux bras levés (1951)
Katia lisant (1968-1976)
Le peintre et son modèle (1980-1981)
Le chat au miroir III (1989-1994)