«O sistema Braille, inventado para evitar aos cegos o esforço penoso imposto pela leitura dos caracteres comuns em relevo e para facilitar a escrita, compõe-se de 63 sinais formados por pontos em relevo, correspondentes às combinações que o conjunto de seis pontos duma sena de dominó ao alto torna possíveis. Usa-se praticamente em todo o mundo, aplicado aos alfabetos latino, grego, hebraico, cirílico, etc., tanto na escrita alfabética, como na da fonética, matemática, musica, etc. Escreve-se com um punção, ao longo duma régua com rectângulos alinhados, sobre uma placa coberta de sulcos ou de matrizes do conjunto de 6 pontos, ficando o relevo voltado para baixo. Escreve-se da direita para a esquerda para que, voltadas as folhas, a leitura se faça da esquerda para a direita. Ainda no século XIX começou a escrever-se à máquina, já da esquerda para a direita, e também a ser impresso a partir de clichés de folhas duplas de zinco. Actualmente processa-se também em computador, lê-se em aparelhos que apresentam, linha a linha, o que se vê no écran, regista-se em disquete, imprime-se e circula por meios telemáticos.»
Filipe Oliva, «Braille (Louis)», Enciclopédia Verbo-Edição Século XXI