Terça-feira, 27 de Outubro de 2009

Pierre Chaunu (1923-2009)

Historiador francês (Belleville-sur-Meuse, 17.8.1923 - Caen, 22.10.2009) criador do conceito de «história serial». «É uma história quantitativa globalizante que integra o facto histórico em séries homogéneas, de modo a estudar melhor a evolução de um determinado lapso de tempo, através de uma análise matemática», na formulação de António Leite da Costa na Enciclopédia Verbo. «Mas, para Pierre Chaunu, a História Serial engloba todas as histórias quantitativas, ultrapassando a tradicional história económica e a recente demografia histórica, partindo à conquista de outros domínios da História, onde, aparentemente, a utilização de séries e a sua interpretação matemática parecia ter menos cabimento. É, sobretudo, nos anos 60 e 70 que surgem, em França, teses demonstrativas do valor e da importância da História Serial. Desde a monumental tese do próprio Pierre Chaunu sobre Sevilha e o Atlântico, notável estudo de história económica onde se cruzam a história social e a história demográfica (...)»

Algumas obras: Séville et l'Atlantique, 1504-1650 (12 volumes, 1955-1960); L'Amérique et les Amériques de la préhistoire à nos jours (1964); La Civilisation de l'Europe classique (1966); L'Expansion européenne du XIIIe et XVe siècles (1969); La Civilisation de l'Europe des Lumières (1971); L'Espagne de Charles Quint (1973); Démographie historique et système de civilisation (1974); Histoire, science sociale (1974); De l'histoire à la prospective, (1975); La Mort à Paris, XVIe et XVIIe siècles (1978); Histoire quantitative, histoire sérielle (1978), Un futur sans avenir, Histoire et population (1979); Histoire et imagination. La transition (1980); Église, culture et société. Réforme et Contre-Réforme (1517-1620) (1980); Histoire et décadence (1981); Pour l'histoire (1984); Apologie par l'histoire (1988); Colomb ou la logique de l'imprévisible (1993); Des curés aux entrepreneurs : la Vendée au XXe siècle (2004); Le livre noir de la Révolution Française (2008).

publicado por annualia às 00:28
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Sexta-feira, 23 de Outubro de 2009

Conferência sobre Georges Lemaître, pai da teoria do Big Bang


 

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Sobre 2009 Ano Internacional da Astronomia ver também aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

Georges Lemaître, astrofísico e matemático belga (Charleroi, 17.7.1894 - Lovaina, 20.6.1966) que, em 1927, «apresentou a sua hipótese cosmogónica, segundo a qual toda a matéria que constitui o Universo se encontrava originalmente fortemente condensada, a uma temperatura extremamente elevada, num átomo único com 100 milhões de quilómetros de diâmetro — o «átomo primitivo» — e que se teria desintegrado devido a uma violenta explosão, dispersando-se em todos os sentidos e dando origem aos diversos corpos celestes que actualmente o formam» (Enciclopédia Verbo-Edição Século XXI).


Ver também 
aqui referência a uma obra fundamental sobre a problemática das relações entre Ciência e Fé.

 

publicado por annualia às 14:48
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Nancy Spero (1926-2009)

Artista plástica norte-americana (Cleveland, 24.8.1926 – Nova Iorque, 18.10.2009) que iniciou a sua carreira em Chicago, onde estudou, vindo para a Europa, em 1959. Em Paris, onde se fixou, tomou contacto com o pensamento existencialista, que a sua pintura de algum modo começou a reflectir. De novo nos EUA, em 1964, a sua arte adquiriu o cariz de intervenção política que os tempos exigiam, assumindo, por exemplo, uma posição relativamente à Guerra do Vietname. O seu trabalho combina desenho, pintura, colagem, gravura, etc., e dele emerge uma visão particular da figura feminina, sobretudo a partir de meados dos anos 70, orientando-se para um combate feminista, que atanto abordou a violência e a exclusão das mulheres, como o seu heroísmo libertário. No último quartel do século XX, a sua pintura ganhou visibilidade, na medida em que combinou o empenhamento social com o tipo de expressão artística de que se tinha mantido afastada, o minimalismo por exemplo. Em 1992, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque mostrou uma retrospectiva do seu trabalho, além de ter sido incluída em várias mostras, nos EUA e na Europa.
Imagens e entrevistas aqui.

publicado por annualia às 10:41
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Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009

Prémio Sakharov 2009

«A organização russa de defesa dos direitos humanos Memorial venceu o Prémio Sakharov 2009, atribuído pelo Parlamento Europeu. É um prémio pela liberdade de expressão no valor de 50 mil euros que agora será atribuído em Estrasburgo a Lyudmila Alexeyeva, Oleg Orlov e Serguei Kovalev em nome da Memorial e “de todos os defensores dos direitos humanos na Rússia”.» Via Público.
Annualia fez referência à organização Memorial a propósito do assassínio de Natalia Estemirova, jornalista e membro daquela organização: aqui.

publicado por annualia às 15:08
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Museu Guggenheim/ prémio para David Mares

Português em Concurso de Design promovido pelo Guggenheim ganhou o prémio do público. Ver notícia.

publicado por annualia às 11:07
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Quarta-feira, 21 de Outubro de 2009

O problema da política não é o de imitar ou de reproduzir o laço familiar mas o de o distender cada vez mais

 


Aliás, a única diferença assinalável entre a moral e a política
é que a moral reflecte e aprecia os actos, os caracteres e os afectos numa esfera de pessoas que nos são muito próximas, enquanto a política nos ensina a situar-nos, fantasmaticamente sem dúvida, num gigantesco sistema de acções e de interesses. Por outro lado, como não ver que o exemplo do sentimento paternal constitui implicitamente uma objecção à concepção paternalista do poder político, tal como se encontra no Patriarcha de Filmer (1680, publicação póstuma)? O problema da política não é o de imitar ou de reproduzir o laço familiar mas o de o distender cada vez mais.

 

Jean-Pierre Cléro, «Hume (1711-1776): a ciência da natureza humana», em História Crítica da Filosofia Moral e Política.

publicado por annualia às 15:57
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Terça-feira, 20 de Outubro de 2009

Prémio Planeta/ Ángeles Caso

Escritora espanhola (n. Gijón, 1959) que começou por ser apresentadora de programas de televisão nas Astúrias, tendo sido depois o rosto do telejornal madrileno. O seu primeiro livro, um guia intitulado Asturias desde la noche, foi publicado em 1988. Foi finalista do Prémio Planeta, na sua edição de 1994, com o romance El peso de las sombras. Em 2000, viu distinguido com o Prémio Fernando Lara de Novela o seu livro Un largo silencio. O romance Contra el viento, agora premiado com o Prémio Planeta, conta a história de uma jovem emigrante cabo-verdiana. Algumas outras obras de Ángeles Caso: Aunque haya niebla (1992), Elisabeth, emperatriz de Austria-Hungría (biografia, 1995), El mundo visto desde el cielo (romance, 1997), El resto de la vida (romance, 1998), El verano de Lucky (1999), Um largo silencio (romance, 2000), Giuseppe Verdi, la intensa vida de un genio (biografia, 2001), Las olvidadas (ensaio, 2005).

publicado por annualia às 15:23
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Segunda-feira, 19 de Outubro de 2009

Rosanna Schiaffino (1938-2009)

Actriz italiana (Génova, 25.11.1938 – 17.10.2009) cuja carreira praticamente começou no filme Totò, lascia o raddoppia? (1956, de Camillo Mastrocinque) e que Franscesco Rosi escolheu como protagonista de La Sfida (1958). Em 1959, integrou o elenco de Il vendicatore, de William Dieterle, e aparece em primeiríssimo plano em La notte brava, de Mauro Bolognini, com argumento e guião de Pasolini. Ainda no mesmo ano, participou em Ferdinando I, re di Napoli, de G. Franciolini. Na década de 1960, fez Le bal des espions (1960, de M. Clément e U. Scarpelli), Teseo contro il Minotauro (1960, de S. Amadio), Les miracle des loups (1961, de André Hunebelle), ao lado de Jean Marais, I briganti italiani (1962, de Mario Camerini), ao lado de Vittorio Gassman e Ernest Borgnine, Two Weeks in Another Town (1962, de Vincente Minnelli), Axel Munthe - Der Arzt von San Michele (1962, de G. Capitani e R. Jugert), La corruzione (1963, de M. Bolognini), The Victors (1963, de Carl Foreman), La mandragola (1965, de Alberto Lattuada), La strega in amore (1966, de Damiano Damiani), L’avventuriero (1967,de Terence Young), Scacco alla regina (1969, de Pasquale Festa Campanille). Já nos anos 70, evidenciou-se sobretudo em 7 fois… par jour (1970, de Denis Héroux), Trastevere (1971, de Fausto Tozzi), Ettore lo fusto (1972, de Enzo Castellari), Un hombre llamado Noon (1973, de Peter Collinson), Gli Eroi (1973, de D. Tessari), ao lado de Rod Steiger e Claude Brasseur, Il testimone deve tacere (1974, de G. Rosati), La trastienda (1975, de Jorge Grau).

publicado por annualia às 11:29
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Prémios do PEN Clube Português

Poesia 
Manuel Gusmão, A Terceira Mão (Caminho).

Poeta, ensaísta e crítico (n. Évora, 11.12.1945) «A poesia de Manuel Gusmão é elaborada e despojada, fruto de um demorado e alquímico processo quer de selecção quer de condensação (sintáctica, vocabular, intertextual, gráfica), ao mesmo tempo obsessional e reflectido, onde sobressai a tensão/fusão da ordem da razão e das coisas, com a ordem, talvez mais privada, da intensidade, da «chama».
Margarida Vieira Mendes em Biblos-Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa

 

Ficção
Maria Velho da Costa,  Myra (Assírio e Alvim).

 

Escritora portuguesa (n. Lisboa, 1938). Pioneira de um certo libertarismo de feição feminista, ficou-lhe, no plano literário, a conotação da «escrita feminina». Escreveu M. Helena Ribeiro da Cunha que esta não é «arrancada de uma marca ideológica masculina, mas criadora de um universo que, aos poucos, se define como próprio e independente. Nesse aspecto, não percorre sem drama o caminho angustiado de uma luta com a linguagem no sentido de fugir ao estigma da ‘sensibilidade’ e imprimir uma função redentora à sua escrita». (em Biblos-Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa). Escritora aberta ao experimentalismo, é profunda conhecedora das técnicas narrativas e delas faz uso pleno. Os seus romances são de gestação lenta e elaboração cuidada, como se pode ver até no ritmo cronológico do seu aparecimento, o que evidencia um aturado trabalho sobre a linguagem: Maina Mendes (1969), Casas Pardas (1977), Da Rosa Fixa (1978), Lucialima (1983), O Mapa-de-Rosa (1984), Missa in Albis (1988), Dores (1994).
 

Ensaio
Frederico Lourenço, Novos Ensaios Helénicos e Alemães (Cotovia)
Isabel Cristina Pinto Mateus Kodakização e Despolarização do real – Para Uma Poética do Grotesco na Obra de Fialho de Almeida (Caminho).

 

 


 

publicado por annualia às 10:15
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Quarta-feira, 14 de Outubro de 2009

Viagem no tempo

 

 

Open publication - Free publishing - More portugal
 
publicado por annualia às 12:16
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Rentrée littéraire

A «rentrée littéraire» dos franceses: romance e ensaio.

publicado por annualia às 11:26
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Prémio Leya 2009/ João Paulo Borges Coelho

O Prémio Leya 2009 foi atribuído ao romance O Olho de Hertzog, do escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho.
Ver notícia aqui.

Ler mais sobre o autor aqui.

publicado por annualia às 10:06
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