Jorge Colaço, excerto de um livro não publicado
Marilynne Robinson (n. 1943) é autora dos romances Housekeeping (1981), seleccionado pela revista Observer como um dos 100 melhores romances de sempre, distinguido com o prémio PEN/Hemingway para o primeiro romance e nomeado para o Pulitzer, Gilead (2004) que venceu o Pulitzer e o National Book Critics Circle Award. Escreveu dois livros de ensaios: Mother Country: Britain, the Welfare State, and Nuclear Pollution (1989) e The Death of Adam: Essays on Modern Thought (1998) Com Home (2008), venceu o Orange Prize, destinado a premiar um romance escrito por uma mulher de qualquer nacionalidade, escrito em inglês e publicado no ano anterior no Reino Unido.
No fim da década de 80, porém, Manuel Santos e a sua equipa da Universidade de Aveiro foram dos primeiros grupos do mundo a propor que isso não era bem assim: descobriram que as Candida conseguiram sobreviver apesar de ter sofrido uma alteração do seu código genético que deveria ter sido perfeitamente tóxica. Num trabalho hoje publicado em consórcio internacional na revista Nature, explicam pela primeira vez, graças à análise comparativa dos genomas de várias espécies diferentes de Candida, como é que essa “mudança de identidade” teve concretamente lugar.
(ver artigo no Público e artigo da Nature).
Actor americano (Hollywood, 8.12.1936 - Banguecoque, 4.6.2009), filho do lendários John Carradine que, durante cerca de meio século, fez centenas de filmes de todos os géneros, nunca deixando de actuar no palco, em peças de Shakespeare e de outros clássicos. Desta dinastia de actores fazem parte os seus irmãos Bruce, Keith e Robert. Participou em mais de duas centenas de produções, tanto no cinema como na televisão, participando em numerosíssimas séries de grande êxito. Recordam-se aqui apenas alguns filmes, a título de exemplo: Bound for Glory (1976, de Hal Ashby, sobre a vida de Woody Guthrie), O Ovo da Serpente (1977, de Ingmar Bergman), The Long Riders (1980, de Walter Hill), Kung Fu: The Movie (1986, de Richard Lang) ou, mais recentemente, Kill Bill I e II (2003 e 2004, de Quentin Tarantino). Realizou, além de episódios da série Kung Fu, os filmes You and Me (1975), Mata Hari (1978) e Americana (1983).
Mais informações sobre a impressionante carreira de David Carradine aqui.
Barítono português (1859-1921), irmão mais novo do tenor António de Andrade, que, em 1881, foi para Itália, onde estudou com Miraglia e Ronconi. Estreou-se em São Remo, na ópera Aída, de Verdi, tendo depois percorrido toda a Europa. Em Portugal ficou célebre a sua interpretação de Rigoletto (1887). Na Alemanha, onde desempenhou a função de cantor da Real Câmara da Baviera (1896), foi considerado o melhor intérprete de todos os tempos do Don Giovanni de Mozart. Do seu vasto reportório salientam-se ainda Guilherme Tell, Baile de Máscaras, Força do Destino, Traviatta, D. Manfredo, Fausto, Lucia de Lamermoor, A Africana e Barbeiro de Sevilha, que cantou (1918), pela última vez, em Portugal.
Ver outros detalhes aqui.
Poeta cabo-verdiano de seu nome completo Arménio Adroaldo Vieira e Silva (n. Praia, 29.1.1941). Estudante liceal até ao 6.º ano em São Vicente, a actividade de meteorologista fixou-o na ilha natal de Santiago, onde também fez jornalismo e foi professor de Português. Quando, em 1964, tem de sair de Cabo Verde para servir militar em Portugal, já o seu nome figura entre a «novíssima» geração de poetas que, através de uma página literária de vida efémera -- «Seló» (duas edições em 1962) -- do jornal Notícias de Cabo Verde, se propunha como um movimento renovador que, sem ruptura com as coordenadas estéticas e socioculturais dos movimentos da Claridade e da Certeza, convocasse a consciência colectiva pela «necessidade de protestar e dar alarme» perante as crises típicas dos «flagelados do vento leste».
Arménio Vieira assume vigorosamente a «sua» consciência, opondo (ou substituindo) à tópica anterior do evasionismo e da resignação o «poema/ que se há-de escrever/ na hora exacta/ em que os homens despertarão/ para uma vida plena/ de consciência da terra». Esta «consciência» trasmuda-se para um cosmopolitismo europeizante no seu único romance, No Inferno, o qual, «marimbando na lógica e no encadeamento natural dos acontecimentos, umas vezes com base em ocorrências de natureza autobiográfica e outras vezes a partir de ideias e motivos tomados de empréstimo a uma vasta literatura pretérita», se definiria como um anti-romance. Está incluído em várias antologias e revistas, designadamente em Cabo Verde (1962 e 1978), Mákua (1963), Vértice (1971), no Reino de Caliban (Manuel Ferreira, 1975), Raízes (Cabo Verde, 1978), Contratempo (Luís Romano, 1982), África (1986) e 50 Poetas Portugueses (Manuel Ferreira, 1989). Prefaciou, em 1987, o livro de Baltazar Lopes, Os Trabalhos e os Dias, e publicou em livro: Cabo Verde (1979), Cântico Geral (1981), Poemas (1981), O Eleito do Sol (1989, 1992), No Inferno (2001), MITOgrafias (2006).
Leonel Cosme
em Biblos - Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa (volume 5, cols. 846-847, Lisboa, 2005)
Ver notícia no Público
Escultor, museólogo e historiador de arte português (Vila Nova de Gaia, 22.11.1889 - Lisboa, 19.2.1959) que viajou por toda a Europa e viveu durante muitos anos em Paris. Em 1944 foi nomeado director do Museu Nacional de Arte Contemporânea (hoje Museu do Chiado). Como escultor, concorreu a exposições colectivas e realizou algumas exposições individuais em Portugal, e a sua obra encontra-se espalhada por edifícios e praças públicas, museus e colecções particulares. Como museólogo a sua obra é considerável, mas foi sobretudo como crítico, historiador e cronista que se distinguiu. Deixou uma obra vasta sobre temas de arte e ainda milhares de páginas dispersas.
Ver biografia na página do Centro de Arte Moderna.
Obras de Diogo de Macedo na Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian.
O Museu Hergé, que abre ao público na terça-feira, dia 2 de Junho, visa dar a conhecer as "múltiplas facetas" do artista belga, mas ao longo das diversas salas de exposição Georges Remi tem sempre a "concorrência" da sua mais notável criação, Tintim. Ver texto integral da notícia do Público.