Sexta-feira, 22 de Maio de 2009

Lucy Gordon (1980-2009)

  

Actriz britânica (Inglaterra, 22.5.1980 – Paris, 20.5.2009) cujo talento e beleza podem ser observados ao longo de uma curtíssima carreira, que inclui os seguintes filmes: Perfume (2001, Michael Rymer e Hunter Carson), Serendipity (2001, de Peter Chelsom), The Four Feathers (2002, de Shekhar Kapur), Les poupées russes (2005, de Cédric Klapisch), Serial (2007, de Kevin Arbouet e Larry Strong), Spider-Man 3 (2007, de Sam Raimi), Frost (2008, de Steve Clark), Brief Interviews with Hideous Men (2009, de John Krasinski), Cineman (2009, de Yann Moix). Recentemente encarnou a figura de Jane Birkin no filme Serge Gainsborough, vie héröique (2009, de Joann Sfar).

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Quinta-feira, 21 de Maio de 2009

João Bénard da Costa (1935-2009)

 
Crítico de cinema e ensaísta português (Lisboa, 7.2.1935 – ibid., 21.5.2009). Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1959), foi professor de Filosofia no ensino liceal (1961-1964) e bolseiro da Fundação Gulbenkian. Foi presidente-geral da Juventude Universitária Católica nos anos 50 e director do jornal Encontro. Membro da comissão pró-associação de estudantes da Faculdade de Letras, foi candidato a deputado pela CDE nas eleições de 1969. Chefe de redacção (1963-1969) e director (1969-1970) da revista O Tempo e o Modo, fez parte da direcção do Centro Nacional de Cultura (1970-1974) e da comissão consultiva da administração da RTP (Setembro 1974 a Março de 1975), bem como de diversas comissões para a reforma do Conservatório Nacional (1977-1979). Fez também parte das direcções do Cineclube Universitário de Lisboa, do Centro Cultural de Cinema e do Centro de Estudos Cinematográficos. Em 1966 ingressou no quadro do Serviço de Belas-Artes da Fundação Gulbenkian como responsável do Sector de Cinema, cargo que ocupou a partir de 1985, como primeiro assistente de direcção daquele serviço. Foi professor do Conservatório Nacional na cadeira de História do Cinema (1972-1980), tendo exercido o cargo de subdirector da Cinemateca Portuguesa desde a sua fundação, em 1.8.1980. Exerceu a actividade de crítico de cinema em numerosos jornais e revistas, tendo pronunciado conferências em Portugal e no estrangeiro. Foi membro do IPC em 1979 e 1980-1981. Em 1991 foi nomeado director da Cinemateca Portuguesa.

Homem de grande cultura, não só cinematográfica, as suas crónicas, primeiro no Independente, depois no Público, nas quais combinou com mestria erudição, memorialismo e intervenção, constituem um testemunho absolutamente excepcional da sua condição de homem livre, da sua visão do mundo e do seu percurso espiritual.
[Este texto retoma parcialmente o verbete da Enciclopédia Verbo, assinado por Luís de Pina, seu antecessor na direcção da Cinemateca.]

Algumas obras: Emmamuel Mounier (1961), «O Rigor e a Vertigem», in caderno colectivo Bergman no Cerco (1964), Da Pedagogia não-directiva como Pedagogia Personalista (1966), Os Silêncios do Vaticano (1968), Rossellini (1973), Mizoguchi (1976), Visconti (1977), Cinema Americano — Anos 30, (1977), Cinema Polaco (1978), Cinema Mudo Sueco (1978), Cinema Brasileiro, (1978), Cinema Húngaro (1979), Robert Bresson (1979), Jean Renoir (1979), Cinema Americano — Anos 40 (1979), François Truffaut (1980), Ozu (1980), Cinema Alemão 1918/1933, 1965/1980 (1981), Cinema Americano — Anos 50 (1981), Luis Buñuel (1982), Fritz Lang (1983), John Ford (1983), Joseph von Sternberg (1984), Cinema Inglês 1933-1984 (1984), Os Filmes da Minha Vida — Os Meus Filmes da Vida (1990), Histórias de Cinema (1991), Muito Lá de Casa (1994), O Cinema Português Nunca Existiu (1996), Nós, os Vencidos do Catolicismo (2003).
 

 

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Oleg Iankovski (1944-2009)

Actor (Casaquistão, União Soviética, 23.2.1944 – Moscovo, Rússia, 20.5.2009) cujo carisma fez com que fosse unanimente reconhecido como uma das últimas grandes figuras do cinema russo. Estudou em Saratov, onde pertenceu à companhia do teatro Slonov, integrando, a partir de 1973, o teatro Lenkom, em Moscovo. Conhecido no Ocidente sobretudo pelo seu desempenho em Zerkalo (1974) e Nostalghia (1983), de Andrei Tarkovski, Oleg Iankovski foi premiado na União Soviética em 1983, pela sua carreira, e, posteriormente, pelas suas interpretações nos filmes Polyoty vo sne I nayavu (1982, de Roman Balayan) e Kreytserova sonata (1987, de Sofiya Milkina e Mikhail Shvejtser). Em 1991 foi nomeado Artista do Povo da União Soviética. O último filme em que participou foi Tsar (2009, de Pavel Lungine), que foi exibido na edição do Festival de Cannes que ainda decorre.

 

TSAR de pavel lounguine - photo 1

Tsar, de Pavel Lungine

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Quarta-feira, 20 de Maio de 2009

Prémio Príncipe das Astúrias de Artes/ Norman Foster

 

Um dos nomes mais influentes da arquitectura contemporânea (Manchester, 1.6.1935). Formado pela Faculdade de Arquitectura e Planeamento Urbanístico da Universidade de Manchester, doutorou-se em Yale, nos Estados Unidos. O Prémio Príncipe das Astúrias das Artes (2009) vem juntar-se a outros galardões de grande prestígio que Foster já recebeu: o Prémio Mies van der Rohe (1990) e o Prémio Pritzker (1999). Fundou, em 1967, o Team 4, com Wendy Cheesman, Richard Rogers e George Wolton, que depois se passaria a chamar Foster + Partners, empresa responsável por vários projectos de relevo: edifício da seguradora Willies, Faber & Dumas (Ipswich, 1975), o Centro de Artes Visuais Sainsbury (Norwich, 1978), o centro inglês de distribuição da Renault (Swindon, 1983) ou o Banco Hong-Kong e Shanghai (Hong-Kong, 1986). Actualmente, Foster dirige um vastíssima equipa de arquitectos e desenhadores, distribuídos por muitos países. A imensidão e a variedade dos projectos da Foster + Partners, sempre numa linha high-tech, que incluem museus, arranha-céus, aeroportos, museus, pontes, viadutos, faculdades, fábricas, etc., podem ser observadas aqui.

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Segunda-feira, 18 de Maio de 2009

Mario Benedetti (1920-2009)

 Mario Benedetti

Escritor uruguaio (Paso de los Toros, Tacuarembó, 14.9.1920 – Montevidéu, 17.5.2009). Depois de um primeiro livro de poesia (La víspera indeleble, 1945), em 1948 dirigiu a revista literária Marginalia. A sua obra, reconhecida internacionalmente sobretudo a partir do romance La tregua (1960), depois passado ao cinema por Sergio Renán, reparte-se pela poesia, o conto, o teatro, o romance e o ensaio. Director do Departamento de Literatura Hispano-americana da Faculdade de Humanidades e Ciências da Universidade da República, as vicissitudes da política no seu país forçam-no ao exílio, a partir de 1973, na Argentina, Perú, Cuba e Espanha, regressando ao Uruguai em 1983, onde integrou a redacção de uma nova revista literária, Brecha, iniciando o que ele próprio designou como «desexílio».
Em 1987, recebeu, em Bruxelas, o prémio da Amnistia Internacional pelo romance Primavera con una esquina rota (1982), e, em 1989, foi distinguido com a Medalla Haydeé Santamaría, concedida pelo Estado cubano, onde criara e dirigira (1968-1971) o Centro de Pesquisas Literárias da Casa de las Américas. Em 1999, foi-lhe concedido o Prémio Rainha Sofia de Poesia Iberoamericana e, em 2000, o Prémio Iberoamericano José Martí. A Universidade Internacional Menéndez Pelayo distinguiu-o, em 2005, com o Prémio Internacional Menéndez Pelayo.

Algumas obras: Peripecia y novela (ensaio, 1948), Esta mañana (contos, 1949), Sólo mientras tanto (poesia, 1950), Quien de nosotros (romance, 1953), Poemas de la Oficina (1956), El reportaje (teatro, 1958), Cuentos montevideanos (1959), El país de la cola de paja (ensaio, 1960), Inventario Uno (poesia, 1963), Noción de patria (poesia, 1963), Ida y vuelta (teatro, 1963), Gracias por el fuego (romance, 1965), Contra los puentes levadizos (poesia, 1966), Los poemas comunicantes (1971), El cumpleaños de Juan Ángel (romance, 1971), Letras de emergencia (1973), El escritor latinoamericano y la revolución posible (ensaio, 1974), Con y sín nostalgía (contos, 1977), La casa y el ladrillo (poesia, 1977), Pedro y el Capitán (teatro, 1979), Viento del exilio (poesia, 1981), Andamios (romance, 1997), El olvido está lleno de memoria (poesia, 1995), Existir todavía (poesia, 2003), Defensa propia (poesia, 2004), Adioses y bienvenidas (poesia, 2005), Canciones del que no canta (poesia, 2006).

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Hugh Van Es (1941-2009)

 

Fotógrafo holandês (Hilversum, Holanda, 6.7.1941 – Hong-Kong, 15.5.2009) tornado célebre pelas fotografias da queda de Saigão, em 1975. Uma delas, mostrando um helicóptero americano a realizar uma manobra de evacuação, tornou-se mesmo uma das imagens mais usadas para ilustrar o fim da guerra do Vietname, embora no momento Van Es pensasse que o edifício era o da embaixada americana, pelo que a fotografia correu mundo com uma interpretação inexacta.
Van Es começou a trabalhar como fotógrafo, em 1959, para uma agência holandesa. Em 1967, foi trabalhar para o South China Morning Post, em Hong-Kong, onde permaneceu o resta da vida. Em 1969, integrou a equipa de fotógrafos da Associated Press a trabalhar em Saigão. Entre 1972 e 1975 fez a cobertura dos anos finais da guerra ao serviço da United Press International. Posteriormente, fez outros trabalhos de envergadura, nas Filipinas e no Afeganistão, onde foi um dos primeiros a fotografar a invasão soviética.


 

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Sexta-feira, 15 de Maio de 2009

...

 

Há alguns anos, observei umas estudantes de letras que tentavam abastecer-se, numa livraria, de livros exigidos na bibliografia de uma das disciplinas do curso. Confrontadas com um dos títulos da lista, um livro de certo poeta português, uma delas prontamente afastou a hipótese de aquisição, defendendo que aquele não era necessário ler por não ser provável que algum dia, no seu previsível futuro de professoras, tivessem de «dar» aquele autor. Não seria preciso, pois, ler um autor que não constasse dos programas.
Este episódio, entre outros, familiar a quem me conhece há muito, serviu-me ao longo dos anos para ilustrar a cada vez menor distância entre o que os professores sabem e o que ensinam, isto é, que eles tendem a saber (partamos do princípio que sim) apenas o que têm de ensinar.
Vive-se, hoje mais do que nunca, na devoção a um saber «útil», no sentido instrumental, que serve alguma finalidade previamente estabelecida. Ainda há pouco tempo, dei casualmente conta de uma jovem de aspecto triste e anódino que lia um livro cuja sinopse promete ao leitor «doses maciças de estímulo» para ele se elevar «acima da mediocridade». Até a pura distracção aparece, ela própria, como uma função utilitária, que boa parte da ficção se presta a desempenhar.
Daí que a poesia esteja (ainda mais) atirada para o canto das inutilidades. De facto, a poesia não é «instrumental», como uma chave de parafusos o é. «O poema é antes de tudo um inutensílio», disse o poeta brasileiro Manoel de Barros.
A «utilidade» que um leitor for capaz de encontrar na leitura de livros «inúteis» continua a ser um dos grandes fascínios da leitura: não uma utilidade instrumental, mas um eco que o repassa, como se fosse o primeiro e único leitor de cada um deles. Como se tivesse descoberto, por si e só para si, a senha do singular acesso ao que Raul de Carvalho descreveu como «a santa clareza com que os Poetas falam nas trevas das coisas mais escuras.»
Convido todos a abastecerem-se, ao longo destes dois últimos dias da feira do livro, de alguns livros inúteis.


 Jorge Colaço

 

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Quinta-feira, 14 de Maio de 2009

Quinzena de África

 

 18 a 29 de Maio

 Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

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Prémio Literário da Lusofonia

A Câmara Municipal de Bragança em parceria com os Colóquios Anuais da Lusofonia instituiu em 2007, um Prémio Anual para a literatura lusófona que abarque todo o conjunto da produção nesta área, qualquer que seja o país, região ou nacionalidade do/a seu/sua autor/a, contribuindo para a valorização e promoção da literatura de qualidade destinada a todos os lusofalantes e considerada elemento essencial para o desenvolvimento e enraizamento dos hábitos de leitura.
Ver regulamento aqui.

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Antologias na série Verbo Clássicos

 

 

 

Clique sobre a imagem

e descubra a capa desta antologia

 

 

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Quarta-feira, 13 de Maio de 2009

Roger Planchon (1931-2009)

 


Actor e encenador francês, também realizador e argumentista (Saint-Chamond, Loire, 12.9.1931 – Paris, 12.5.2009), mais conhecido do público internacional pelos filmes Lautrec e Louis, enfant roi que escreveu e dirigiu em 1993 e 1998, respectivamente. Já intérprete de Shakespeare, Courteline, Ionesco e Molière, fundou em 1952 o Théâtre de la Comédie, em Lyon, e dirigiu, a partir de 1957, o Théâtre de la Cité (em Vileurbane), transformado em Théâtre National Populaire em 1972, onde permaneceu durante três décadas, tendo recusado mesmo dirigir a Comédie-Française. Em 2006 foi muito aplaudida a sua encenação de O génio da floresta de Tchekov. Até pouco antes de morrer, interpretava a peça Amédée de Ionesco. Em 2003, publicou um volume de memórias intitulado Apprentissages. No cinema, realizou também Dandin (1987), baseado em Molière, e participou em vários outros como Le retour de Martin Guerre (1982, de Daniel Vigne).

 

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Ulisseia na Feira do Livro de Lisboa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por annualia às 14:59
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