Escritora americana (n. Berkeley, Califórnia, 1929), filha do antropólogo Alfred Kroeber e da escritora Theodora Kroeber, que se destacou sobretudo pelos seus livros de ficção científica e da fantasia, embora a sua bibliografia inclua poesia, ensaio, livros infantis e juvenis. Movendo-se em géneros e subgéneros considerados menores, a escrita de Ursula K. Le Guin confere-lhes uma dignidade literária que a tem elevado ao nível dos grandes ficcionistas de língua inglesa. Entre as suas obras mais conhecidas e universalmente traduzidas estão, entre muitos outras, The Left Hand of Darkness (1969), The Dispossessed (1975), Always Coming Home (1985), The Telling (2000), Searoad (contos, 1991) ou a série«Books of Earthsea». Finalista do Pulitzer, foi já distinguida com o National Book Award e uma quantidade apreciável de outros galardões literários, tendo agora recebido o seu sexto Prémio Nébula pelo livro Powers (2007) que, com Gifts (2004) e Voices (2006), forma «The Annals of the Western Shore». Entre os seus livros mais recentes estão Incredible Good Fortune: New Poems (2006) e Lavinia (2008). Outros livros aqui.
Com o livro “A Charada da Bicharada”, Madalena Matoso venceu o Prémio Nacional de Ilustração relativo ao ano de 2008. [Ver notícia do Público]
Bailarina russa (Moscovo, 1.2.1939 – ibid., 28.4.2009) que foi aluna da lendária Galina Ulanova e uma das vedetas do Bolchoi, para cuja companhia entrou em 1958 e onde permaneceu ao longo de três décadas, dançando os grandes clássicos: Gisèle, O Lagos dos Cisnes, Dom Quixote, etc. Trabalhou também fora do seu país, nomeadamente com Maurice Béjart (Romeu e Julieta) e Roland Petit (O Anjo Azul), tendo participado ainda no filme Traviata de Franco Zeffirelli, com o marido, o bailarino Vladimir Vassiliev. Publicou uma autobiografia com o título de «A Senhora Não», expressão por que ficou conhecida, dado o seu carácter reservado e avesso à exposição mediática.
Ekaterina Maximova como Gisèle
Bailarino americano (Jacksonville, Flórida, 26.5.1914 – Nova Iorque, 27.4.2009) que se estreou no Savoy Ballroom, juntando-se, em 1934, ao grupo Savoy Lindy Hoppers, onde desenvolve os passos de «lindy». Actuou na reabertura do Cotton Clube (1936) com os Hopping Maniacs. Com os Lindy Hoppers apareceu em A Day at the Races (1937, de Sam Wood). Mobilizado durante a II Guerra Mundial, em 1947 reapareceu com um novo grupo, os Congaroo Dancers, que estreou no Roxy Theatre, tendo participado no filme Hellzapoppin' (1941, de H. C. Potter). Em 1955 passou a trabalhar para os serviços postais americanos. Em 1986 tornou-se professor de dança. Em 1989 ganhou um prémio Tony para a Melhor Coreografia com o espectáculo Black and Blue. Em 1999, actuou com a Lincoln Center Orchestra e Wynton Marsalis e no ano seguinte foi distinguido com o National Heritage Fellowship do NationalEndowment for the Arts. No mesmo ano, a sua figura surgiu em destaque no documentário Jazz, de Ken Burn. O livro autobiográfico, escrito com Cynthia R. Millman, Frankie Manning: Ambassador of Lindy Hop, foi publicado em 2007.
Saiba mais aqui.
Tomás Jorge Vieira da Cruz, poeta e contista angolano (Luanda, 1928 – Lisboa, 25.4.2009) que estudou e viveu no país natal antes de se fixar definitivamente em Portugal. Colaborou em diversas revistas e apareceu nas principais antologias de poesia angolana e africana. «Os poemas de Tomás Jorge seguem de perto a tendência temática da sua época, podendo-se destacar a recuperação, pela memória, do tempo da infância, algumas vezes articulado em torno da figura, duplo da própria terra, da «Ama negra», nome, aliás, de um dos seus textos. […] A solidariedade e a esperança de um mundo sem peias ou repressões são ainda fortes núcleos temáticos no conjunto da obra. Ao mesmo tempo que denuncia a opressão, o eu lírico convoca o leitor para que se possa transformar o presente histórico do homem angolano, representado como um não-sujeito do seu próprio destino [...].» (Laura Cavalcante Padilha em Biblos–Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa).
Actriz americana (Nova Iorque, 3.5.1922 – Los Angeles, 25.4.2009) que se distinguiu sobretudo no teatro – a sua carreira conheceu o ponto de viragem na Broadway, em 1964, numa produção de Fiddler on the Roof, e, em 1966, o seu desempenho no musical Mame valeu-lhe a atribuição de um Tony – e na televisão, onde desempenhou personagens marcadas pelo humor, rápido e ácido. No princípio da década de 1970, participou na série All in the Family, na pele de Maude, a prima liberal de Edith Bunker, que levou à criação da sua própria sitcom, Maude (1972-1978), pela qual foi premiada com um Emmy. Depois de passagens episódicas por várias séries (por exemplo, em Soap, 1980) e da série Amanda’s (1983), regressou ao êxito com a série The Golden Girls (1985-1992). Participou também em alguns filmes: For Better or Worse (1985, de Jason Alexander) e Enemies of Laughter (2000, de Joey Travolta).
Actriz americana (Nova Iorque, 14.12.1934 – New Jersey, 23.4.2009) que se estreou na Broadway, em 1956, na peça Mr. Wonderful, início de uma carreira recheada de êxitos: Brigadoon, West Side Story, Gypsy, I Can Get It For You Wholesale, Mame, Hallelujah, Baby!, Golden Rainbow, A Teaspoon Every Four Hours, Two by Two, On the Town, Working, Ballroom, Broadway Bound, Café Crown e uma versão revivalista de Grease. Em 1981, foi distinguida com um prémio Tony (e também com o Drama Desk Award) pelo seu desempenho como Jan Donovan no musical Woman of the Year, no qual contracenou com Laureen Bacall e que viria a recriar na televisão, em 1984. Participou em numerosas séries de televisão como Alice, Kate & Allie, Cheers, The Nanny, Caroline in the City e Law & Order.
Marilyn Cooper em Woman of the Year.
Realizador inglês e director de fotografia inglês (Yarmouth, Norfolk, 18.9.1914 – Cambridgeshire, 22.4.2009). Considerado um dos mais competentes operadores de câmara ingleses (Óscar da Melhor Fotografia por Black Narcissus, 1947, de Michael Powell/Emeric Pressburger). Entre os filmes em trabalhou contam-se: A Matter of Life and Death (1946) e The Red Shoes (1948), ambos da dupla Michael Powell/Emeric Pressburger, The African Queen (1951, de John Huston), The Barefoot Contessa (1954, de Joseph L. Mankiewicz), The Prince and the Showgirl (1957, de Laurence Olivier) ou Fanny (1961, de Joshua Logan), 1961. Passou à realização (sem nunca abandonar a fotografia) com The Story of William Tell (1953), a que se seguiram filmes como Intent to Kill (1958), Beyond this Place (1959), Sons and Lovers (1960), My Geisha (1962), The Lion (1962), The Long Ships (1964), Young Cassidy (1965), The Liquidator (1965), The Girl on a Motorcycle (1968), The Mercenaries (1968), Penny Gold (1973), The Mutations (1974).