Há mais shortlists no blog dos prémios de edição.
Escritor norte-americano (Reading, Pensilvânia, 18.3.1932 - Beverly Farms, Massachusetts, 27.1.2009) que começou por publicar contos e poesia na revista New Yorker, editando o primeiro livro (The Carpentered Hen and Other Tame Creatures, recolha de poemas) em 1958. Autor cimeiro da literatura norte-americana contemporânea, um dos primeiros a expressar a ansiedade do homem americano do pós-guerra, visíveis por exemplo no âmbito dos comportamentos sexuais, que observou com realismo, agudeza e humor, foi distinguido com o National Book Award (em 1963 e 1982, pelos romances The Centaur e Rabbit Is Rich), o Prémio Pulitzer de Ficção (em 1982 e 1991, respectivamente, pelos romances Rabbit Is Rich e Rabbit at Rest) e o National Book Critics Circle Award (pelos romances anteriores e, em 1984, pelo livro de ensaios Hugging the Shore).
Ver textos e comentários aqui.
Actriz francesa, de seu verdadeiro nome Raymonde Louise Marcelle Toully (Mortagne-au-Perche, 3.3.1905 - Cannes, 24.1.2009). Foi uma das primeiras estrelas do cinema francês, primeiro conhecido pelo nome de Arlett Genny e depois (1925) rebaptizada por Marcel L'Herbier com o nome por que viria a tornar-se celebridade.
Alguns filmes: Le miracle des loups (1924, de Raymond Bernard), Monsieur le directeur (1924, de Robert Saidreau), Les dévoyés / La nuit du 3 : Episódios 1 - Vers la ruine, 2 - La nuit rouge, 3 - Les chemins de la vérité, 4 - À la manière de Sherlock Holmes (1925, de Henri Vorins), La maison sans amour (1927, de Emilien Champetier), L’argent (1928, de Marcel L’Herbier), L’enfant de l’amour (1929, de Marcel L’Herbier), Les chevaliers de la montagne (1930, de Mario Bonnard), La folle aventure (1930, de André-Paul Antoine e Carl Froelich), Le roi de Paris (1930, de Leo Mittler), L’amoureuse aventure (1931, de Wilhelm Thiele), Tu seras duchesse (1931, de René Guissart), Monsieur, madame et Bibi (1932, de Jean Boyer e Max Neufeld), Une étoile disparaît (1932, de Robert Villers), La femme idéale (1933, de André Berthomieu), Les amants terribles (1935, de Marc Allégret), Avec le sourire (1936, de Maurice Tourneur), Les gens du voyage (1937, de Jacques Feyder), Terre de feu (1938, de Marcel L’Herbier e Giorgio Ferroni), Une femme en danger (1939, de Max Neufeld), Adorables créatures (1952, de Christian-Jaque), Le célibataire (1955, de Antonio Pietrangeli), Et dieu… créa la femme (1956, de Roger Vadim), Rafles sur la ville (1957, de Pierre Chenal), La chatte (1958, de Henri Decoin), Ramuntcho (1958, de Pierre Schoendoerffer), La chatte sort ses griffes (1959, de Henri Decoin).
Fotógrafo de origem austríaca (Viena, 14.6.1929 – Paris, 22.1.2009), foi para Nova Iorque ainda criança, aí desenvolvendo a sua paixão pela fotografia. Após a II Guerra Mundial regressou à Europa, dirigindo a sua objectiva para a actividade cinematográfica, fotografando numerosos filmes e tornando-se um dos que imortalizou diversas estrelas de cinema dos anos 50 e 60, entre os quais Marlon Brando, Paul Newman ou Audrey Hepburn. Em meados dos anos 60, tornou-se produtor nos Universal Studios. Entre os 14 filmes de que foi produtor, contam-se Gambit (1966, de Ronald Neame), The Secret War of Harry Frigg (1968, de Jack Smight), A Fine Pair (1969, de Francesco Maselli), La Mandarine (1972, de Edouard Molinaro), Le Mouton Enragé (1974, de Michel Deville) e Malone (1987, de Harley Cokeliss).
Salvador Dalí (Figueres, 11.5.1904 - ibid., 23.1.1989)
Escritor francês (Paris, 21.11.1932 - ibid., 21.1.2009), autor de romances policiais (nos quais usou pseudónimos como Éric Cartier, Cehem, Olivier Fontaine, Karl von Kraft, Frank Sauvage, Yves Sinclair ou Marc Jourdan), mas sobretudo conhecido pelas suas ligações, como historiador e argumentista/guionista, ao mundo da Banda Desenhada.
Escreveu também peças radiofónicas, produziu discos e foi co-autor de uma história da música.
Ver também este depoimento.
As primeiras shortlists (melhores capas de Gastronomia, Infanto-Juvenil, Não-ficção e Literatura) dos Prémios de Edição foram publicadas aqui.
Pintor e galerista (Porto, 21.3.1924 - ibid., 21.1.12009), fundador, em 1978, da Bienal de Vila Nova de Cerveira. Estudou desenho e pintura na Escola Soares dos Reis, no Porto, e realizou na sua cidade a primeira exposição individual em 1945. Jaime Isidoro - História de Um Olhar, álbum feito em colaboração com Lurdes Castro, e o melhor testemunho do conjunto da sua obra pictórica, foi publicado pelas Edições Asa que, sobre o pintor, publicita:
«A carreira de pintor de Jaime Isidoro (...) situa-se em dois momentos afastados no tempo que demarcam duas fases diferenciadas: uma primeira situada entre os meados dos anos 40 e os meados dos anos 50 do séc. XX e uma segunda desenvolvida a partir da segunda metade da década de 80 até à actualidade.
Naquela primeira fase, Jaime Isidoro foi largamente premiado, tendo recebido praticamente todos os prémios institucionais então atribuídos ma sua área.
O artista sempre manteve, paralelamente à actividade pictórica, uma vasta acção de animador cultural, galerista, professor, estando ligado a momentos fundamentais da história das artes plásticas na cidade do Porto e no país. Em 1954, funda a Galeria Alvarez, por onde passaram também nomes interessantes da arte portuguesa.
Evidenciando um interesse especial pela concretização de projectos culturais inovadores, promoveu os Encontros Internacionais de Arte nos anos 70 e editou, na mesma época, a Revista de Artes Plásticas, que teve colaboração dos principais críticos e artistas portugueses daquele período. Foi ainda responsável pela criação da Bienal de Vila Nova de Cerveira no início da década de 80. Em 1999, no âmbito da X Bienal, foi-lhe prestada uma grande homenagem.
Essencialmente reconhecido pela prática exímia da aguarela, Jaime Isidoro é um pintor versátil que conjuga uma delicada aprendizagem académica com um claro sentido inovador. As suas obras sobre o Porto encontram-se entre as que melhor souberam dar expressão iconográfica à cidade. Sem nunca sair de uma matriz considerada tradicional, permitiu-se, em diferentes momentos da sua carreira, e com certa contenção, assinar obras onde a ousadia deixa uma marca importante.»
Jornalista e editora portuguesa (Quelimane, Moçambique, 2.3.1959 - Lisboa, 19.1.2009). Ver biografia aqui.
*Conheci a Tereza Coelho em 1984, fomos colegas na Faculdade de Letras. Ela frequentava a cadeira (teoria da literatura) que lhe faltava para terminar o curso ou conseguir uma equiparação, já não sei bem. Rapidamente nos tornámos cúmplices no humor, nos gostos literários e numa comum atitude crítica (muito crítica) relativamente à Faculdade. E foi precisamente sobre esse tema que me convidou um dia, de surpresa, para escrever um texto para publicar no JL. Não nos voltámos a cruzar depois desses tempos, já distantes. Acompanhei de longe o seu percurso, recordando sempre a sua enorme generosidade.
Jorge Colaço
Escritor e advogado inglês (Hampstead, 21.4.1923 – Turville Heath, Chilterns, 16.1.2009), criador da personagem Horace Rumpole, um advogado de defesa que se tornou uma das mais bem sucedidas personagens humorísticas da ficção britânica, transposta depois para televisão (Rumpole of the Bailey). Estudou no Harrow e no Brasenose College, em Oxford, tendo iniciado a sua carreira de advogado em 1948. Trabalhou também como argumentista nos Pinewood Studios, durante a II Guerra Mundial. Exerceu esta actividade depois, esporadicamente, bem como a de guionista. Patrocinou, como advogado, alguns casos polémicos, sobretudo relativos a alegada pornografia. Escreveu também uma peça de sucesso, A Voyage Round My Father, além de vários outros livros de impressões e memórias.