Produtor cinematográfico (Brooklyn, Nova Iorque, 16.7.1929 - Los Angeles, 9.7.2008) que se distinguiu na produção de filmes de Woody Allen, nomeadamente Annie Hall (1977), pelo qual ganhou um Óscar. A produtora que criou em conjunto com Jack Rollins foi responsável pelo lançamento das carreiras de Robin Williams e Billy Crystal, entre outros.
Escritor belga de língua francesa (Conjoux, 1924 - 14.7.2008), formado em Filologia Românica e autor de uma obra vasta e multifacetada que inclui a poesia, o ensaio e a ficção, esta abrangendo vários géneros -- das evocações históricas ao reenquadramento dos mitos, passando pela reescrita do Robinson Crusoe -- mas fazendo ressoar neles uma busca filosófica relacionada com a sua noção de mal-estar existencial. Extremamente consciente da sua arte e também músico, manipula as palavras com o rigor de um Bach, que muito admira, concentrando-se no estilo e na formulação. Entre outras distinções, recebeu o Prémio Rossel e o Grande Prémio da Federação Internacional dos Escritores de Língua Francesa.
Obras: Géométrie de l’absence (1969), Sept machines à rêver (1974), La femme de Putiphar (1975), Ecrits de la caverne (1976), Portrait d’un dépossédé (1978), L' Office des Ténèbres (1979), Les Griffes de l'ange (1981), La Constellation du serpent (1984), Je soussigné Charles le Téméraire (1985), Robinson 86 (1986), De l’art de parler en public pour ne rien dire (1987), Lieux de l’extase (1993), Une enfance en Condroz (2000), La musique énigmatique (2003), Lux Mea, anthologie poétique et arbitraire (2004), Je soussigné Louis XI (2005), Caroline et Monsieur Ingres (2006).
Historiador e político polaco (Varsóvia, 6.3.1932 - Nowy Tomysl, 13.7.2008), um dos intelectuais que apoiaram a greve nos estaleiros de Gdansk, em 1981. Filho de um rabi, os pais desapareceram ambos no Holocausto. Especializou-se em História Medieval, tendo trabalhado durante muitos anos no Instituto de História da Academia das Ciências polaca. Ligado ao Solidariedade e a Lech Walesa, permaneceu como ideólogo e conselheiro do movimento, tendo chegado a estar preso. Depois da queda do comunismo, Geremek continuou a ser um elemento preponderante da transição. Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros (1997-2000) e negociador da integração da Polónia na NATO e na UE. A partir de 2004 foi eleito deputado ao Parlamento Europeu. Em 2006, tornou-se presidente da Fundação Jean Monnet.
Em 13 de Julho de 1793, o revolucionário francês Jean-Paul Marat foi assassinado pela jovem partidária dos Girondinos, Charlotte Corday, vítima dos ódios que provocou. Formado em Medicina na Universidade de St. Andrews, de Edimburgo, Marat foi o fundador do jornal L’Ami du Peuple (1789) onde publicou artigos inflamados incitando à violência, que o levaram à prisão. Continuou depois os seus ataques contra a monarquia, incitando a populaça a arruaças e crimes. Deputado por Paris à Convenção, perseguiu o grupo dos Girondinos, oposto aos Jacobinos e então considerado contra-revolucionário, cujos membros principais conseguiu proscrever ou fazer guilhotinar.
A morte de Marat, de Jacques-Louis David (Museu de Versalhes)
Apunhalando Marat de Paul-Jacques-Aimé Baudry (Museu de Belas-Artes de Nantes)
Assassínio de Marat, de Antoine Weerts
Assassínio de Marat, de Edvard Munch
O Papa Bento XVI assinou hoje o documento que formalmente reconhece as virtudes heróicas do Beato Nuno de Santa Maria (D. Nuno Álvares Pereira), removendo assim todos os obstáculos à sua canonização, cujo processo se encontra aberto desde 1940.
«un miracolo, attribuito all'intercessione del Beato NUNO DI SANTA MARIA ÁLVARES PEREIRA (al secolo: NUNO), Laico professo dell'Ordine dei Frati della Beata Vergine Maria del Monte Carmelo; nato a Flor de Rosa (Portogallo) il 24 giugno 1360 e morto a Lisbona (Portogallo) il 1 aprile 1431»
Fonte: Boletim de Imprensa da Santa Sé de 3.7.2008
Herói nacional português, beatificado em 1918 (1360-1431) era filho de Álvaro Gonçalves Pereira, prior da Ordem do Hospital. Serviu como escudeiro na corte de D. Fernando, onde foi armado cavaleiro pela rainha D. Leonor Teles. Casou, aos 16 anos, com D. Leonor de Alvim. Espírito cavaleiresco, ousado e combativo, aliado a grande nobreza de alma e piedade profunda, começou a distinguir-se pelo seu arrojo durante as lutas travadas com Castela. Depois da morte do conde de Andeiro (1383) colocou-se ao lado do Mestre de Avis, vencendo a Batalha de Atoleiros (6.4.1384), onde inaugurou uma nova táctica militar e desempenhou acção decisiva nas cortes de Coimbra (1385), onde foi aclamado rei D. João I. Venceu a Batalha de Aljubarrota (14.8.1385), destroçando, mais uma vez, os Castelhanos em Valverde (1385). O reino pacificado, começou a construção do Convento do Carmo, em Lisboa, tendo entrado, em 1423, na Ordem dos Carmelitas, levando a existência na prática da caridade mais exemplar.