Segunda-feira, 31 de Março de 2008

Joseph Haydn

31 de Março de 1732 - 31 de Maio de 1809

 

 

 

publicado por annualia às 11:00
link | comentar
Domingo, 30 de Março de 2008

Prémio Pritzker de Arquitectura 2008

O arquitecto Jean Nouvel acaba de ser distinguido com o Prémio Pritzker de Arquitectura de 2008. Nouvel obteve atenção internacional com a realização do Instituto do Mundo Árabe, em Paris, em 1987. Nos EUA, o arquitecto parisiense projectou o Guthrie Theater (2006), em Minneapolis, e a Tour Verre, um torre de 75 andares, paredes meias com o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.
Entre os seus trabalhos destacam-se a Fundação Cartier de Arte Contemporânea (Paris, 1994), o Museu Branly (Paris, 2006), a Torre Agbar (Barcelona, 2005), um Tribunal em Nantes (2000), o Centro de Congressos (Lucerna, 2000), a Ópera de Lyon (1993), a Expo 2002 (Suíça), a extensão do Museu Rainha Sofia, em Madrid (1999-2005), e uma sala de concertos em Copenhaga ou o Museu do Louvre no Abu Dhabi (em construção). Tem concebido projectos para outros pontos do mundo (incluindo Lisboa, Alcântara), apesar de a maior parte da sua obra construída estar em França.
O júri do Pritzker refere que: «Das muitas frases que podiam ser usadas para descrever a carreira do arquitecto Jean Nouvel, as que mais se destacam são as que enfatizam a sua corajosa busca de novas ideias e o seu desafio das normas estabelecidas com vista a alargar as fronteiras do seu campo.» No anúncio do prémio, Thomas J. Pritzker, presidente da Fundação Hyatt, afirmou que «o júri registou a ‘persistência, a imaginação, a exuberância, e, acima de tudo, um insaciável pendor para a experimentação criativa’ como qualidades abundantes no trabalho de Nouvel.»
Nas próprias palavras de Nouvel: «O meu interesse tem sido sempre uma arquitectura que reflicta a modernidade da nossa época em oposição ao repensar das referências históricas. O meu trabalho lida com o que está a acontecer agora – com as nossas técnicas e materiais, com o que somos capazes de fazer hoje.»
Lord Palumbo, presidente do júri do Prémio Pritzker, acrescentou que «desde que estabeleceu a sua prática em Paris, no anos 1970, Nouvel tem feito todos os esforços, bem como os que o rodeiam, para ponderar novas abordagens dos problemas arquitectónicos convencionais. Para Nouvel, em arquitectura não há qualquer ‘estilo’ a priori. Pelo contrário, um contexto, num sentido lato que inclua cultura, localização, programa e cliente, provoca nele a vontade de desenvolver uma estratégia diferente para cada projecto.
Tour Verre, Nova Iorque
Instituto do Mundo Árabe, Paris
Fundação Cartier de Arte Contemporânea, Paris
Museu Branly, Paris
Museu do Louvre no Abu Dhabi
publicado por annualia às 23:58
link | comentar
Sexta-feira, 28 de Março de 2008

Datas perdidas

 

Alexandre Herculano nasceu a 28 de Março de 1810, faz hoje 198 anos. Apesar de a sua obra de historiador e de romancista ser hoje a mais conhecida do público, Alexandre Herculano escreveu alguns dos poemas que, na poesia portuguesa, mais se identificam com a estética do romantismo, como se pode verificar em «A Tempestade», do livro A Harpa do Crente, publicado aos 28 anos.

A TEMPESTADE

Sibila o vento: os torreões de nuvens
Pesam nos densos ares:
Ruge ao largo a procela, e encurva as ondas
Pela extensão dos mares:
A imensa vaga ao longe vem correndo
Em seu terror envolta;
E, dentre as sombras, rápidas centelhas
A tempestade solta.
Do sol no ocaso um raio derradeiro,
Que, apenas fulge, morre,
Escapa à nuvem, que, apressada e espessa,
Para apagá-lo corre.
Tal nos afaga em sonhos a esperança,
Ao despontar do dia,
Mas, no acordar, lá vem a consciência
Dizer que ela mentia!

As ondas negro-azuis se conglobaram;
Serras tornadas são,
Contra as quais outras serras, que se arqueiam,
Bater, partir-se vão.
Ó tempestade! Eu te saúdo, ó nume
Da natureza açoite!
Tu guias os bulcões, do mar princesa,
E é teu vestido a noite!
Quando pelos pinhais, entre o granizo,
Ao sussurrar das ramas,
Vibrando sustos, pavorosa ruges
E assolação derramas,
Quem porfiar contigo, então, ousara
De glória e poderio;
Tu que fazes gemer pendido o cedro,
Turbar-se o claro rio?

Quem me dera ser tu, por balouçar-me
Das nuvens nos castelos,
E ver dos ferros meus, enfim, quebrados
Os rebatidos elos.
Eu rodeara, então o globo inteiro;
Eu sublevara as águas;
Eu dos vulcões com raios acendera
Amortecidas fráguas;
Do robusto carvalho e sobro antigo
Acurvaria as frontes;
Com furacões, os areais da Líbia
Converteria em montes;
Pelo fulgor da Lua, lá do norte
No pólo me assentara,
E vira prolongar-se o gelo eterno,
Que o tempo amontoara.
Ali, eu solitário, eu rei da morte,
Erguera meu clamor,
E dissera: «Sou livre, e tenho império;
Aqui, sou eu senhor!»

Quem se pudera erguer, como estas vagas,
Em turbilhões incertos,
E correr, e correr, troando ao longe,
Nos líquidos desertos!
Mas entre membros de lodoso barro
A mente presa está!...
Ergue-se em vão aos céus: precipitada,
Rápido, em baixo dá.

Ó morte, amiga morte! é sobre as vagas,
Entre escarcéus erguidos,
Que eu te invoco, pedindo-te feneçam
Meus dias aborridos:
Quebra duras prisões, que a natureza
Lançou a esta alma ardente;
Que ela possa voar, por entre os orbes,
Aos pés do Omnipotente.
Sobre a nau, que me estreita, a prenhe nuvem
Desça, e estourando a esmague,
E a grossa proa, dos tufões ludíbrio,
Solta, sem rumo vague!

Porém, não!... Dormir deixa os que me cercam
O sono do existir;
Deixa-os, vãos sonhadores de esperanças
Nas trevas do porvir.
Doce mãe do repouso, extremo abrigo
De um coração opresso,
Que ao ligeiro prazer, à dor cansada
Negas no seio acesso,
Não despertes, oh não! os que abominam
Teu amoroso aspeito;
Febricitantes, que se abraçam, loucos,
Com seu dorido leito!
Tu, que ao mísero ris com rir tão meigo,
Caluniada morte;
Tu, que entre os braços teus lhe dás asilo
Contra o furor da sorte;
Tu, que esperas às portas dos senhores,
Do servo ao limiar,
E eterna corres, peregrina, a terra
E as solidões do mar,
Deixa, deixa sonhar ventura os homens;
Já filhos teus nasceram:
Um dia acordarão desses delírios,
Que tão gratos lhes eram.
E eu que velo na vida, e já não sonho
Nem glória nem ventura;
Eu, que esgotei tão cedo, até às fezes,
O cálix da amargura:
Eu, vagabundo e pobre, e aos pés calcado
De quanto há vil no mundo,
Santas inspirações morrer sentindo
Do coração no fundo,
Sem achar no desterro uma harmonia
De alma, que a minha entenda,
Porque seguir, curvado ante a desgraça,
Esta espinhosa senda?
Torvo o oceano vai! Qual dobre, soa
Fragor da tempestade,
Salmo de mortos, que retumba ao longe,
Grito da eternidade!...

Pensamento infernal! Fugir covarde
Ante o destino iroso?
Lançar-me, envolto em maldições celestes,
No abismo tormentoso?
Nunca! Deus pôs-se aqui para apurar-me
Nas lágrimas da terra;
Guardarei minha estância atribulada,
Com meu desejo em guerra.
O fiel guardador terá seu prémio,
O seu repouso, enfim,
E atalaiar o sol de um dia extremo
Virá outro após mim.
Herdarei o morrer! Como é suave
Bênção de pai querido.
Será o despertar, ver meu cadáver,
Ver o grilhão partido.

Um consolo, entretanto, resta ainda
Ao pobre velador:
Deus lhe deixou, nas trevas da existência,
Doce amizade e amor.
Tudo o mais é sepulcro branqueado
Por embusteira mão;
Tudo o mais vãos prazeres que só trazem
Remorso ao coração.
Passarei minha noite a luz tão meiga,
Até o amanhecer;
Até que suba à pátria do repouso,
Onde não há morrer.

publicado por annualia às 11:43
link | comentar
Quinta-feira, 27 de Março de 2008

Dia Mundial do Teatro

O Programa Território Artes, da Direcção-Geral das Artes, assinala as Comemorações do Dia Mundial do Teatro através de uma Acção de Grande Envolvimento Nacional, no âmbito da qual, sob o tema "Teatro para Todos / Todos os Teatros" 246 Municípios inauguram em simultâneo a Exposição "O que é o Teatro?" e promovem a realização de milhares de actividades complementares.


246 Municípios, em parceria com o Ministério da Cultura, inauguram simultaneamente a Exposição "O que é Teatro?", a qual poderá ser vista a partir de hoje, até 6 de Abril, em 2000 locais de todo o Território Continental, Açores e Madeira.

Esta Acção, promovida pela Direcção-Geral das Artes, é a iniciativa de difusão das artes que até à data conseguiu maior número de participações autárquicas e maior cobertura territorial. Destaca-se ainda a participação da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (10 Estabelecimentos Prisionais), do Instituto Português da Juventude (41 lojas JA), da Casa Pia de Lisboa (Centro Cultural e 5 Colégios) e do Metropolitano de Lisboa. Realizadas no âmbito do Programa Território Artes, as Acções de Grande Envolvimento Nacional (AGEN) permitem a participação activa, criativa e simultânea de todos os Municípios, de todos os agentes públicos e privados localizados em todo o território nacional.


Imagem: "Cavalleria Rusticana", de Pietro Mascagni. Nova Produção do Teatro Nacional de São Carlos. Cenografia de Fausto Dappié. Março de 2005. Fotografia: Alfredo Rocha

 

Ver outras informações aqui.

publicado por annualia às 15:55
link | comentar

Richard Widmark (1914-2008)

O actor norte-americano Richard Widmark (Sunrise, Minnesota, 26.12.1914 – Roxbury, Connecticut, 24.3.2008) distinguiu-se como um dos intérpretes mais consistentes de papéis de «duro». O seu primeiro papel no cinema foi em Kiss of Death (1947, de Henry Hathaway), que lhe valeu logo um Globo de Ouro e a nomeação para os Óscares, a que se seguiram outros thrillers, filmes de guerra, filmes negros e outros em que deu vida a personagens muito marcadas, violentas, perturbadas ou portadoras de uma inquietante tensão interior. Apesar desta especial apetência, Richard Widmark foi capaz de introduzir no seu trabalho de actor notas de subtileza psicológica e de jogo fisionómico que fizeram dele um grande intérprete, facilmente se integrando em outros registos dramáticos. Era, aliás, uma das últimas grandes figuras, não só de uma certa época do cinema, mas também de uma certa forma de estar frente às câmaras em que a «presença» tinha uma peso essencial.
Alguns filmes com Richard Widmark:
Night and the City (1950, de Jules Dassin)
Garden of Evil (1954, de Henry Hathaway)
Broken Lance (1954, de Edward Dmytryk)
The Cobweb (1955, de Vincente Minnelli)
A Prize of Gold (1955, de Mark Robson)
Run for the Sun (1956, de Roy Boulting)
The Last Wagon (1956, de Delmer Daves)
Blacklash (1956, de J. Sturges)
Time Limit (1957, de Karl Malden)
The Law and Jake Wade (1958, de John Sturges)
Warlock (1959, de Edward Dmytryk)
The Trap (1959, de Norman Panama)
The Alamo (1960, de John Wayne)
Judgment at Nuremberg (1961, de Stanley Kramer)
Two Rode Together (1961, de John Ford)
Cheyenne Autumn (1964, de John Ford)
The Bedford Incident (1965, de James B. Harris)
Madigan (1968, de Don Siegel)
Death of a Gunfighter (1969, de D. Siegel e Alan Smithee)
Murder on the Orient Express (1974, de Sideny Lumet)
The Sell-Out (1976, de Peter Collinson)
The Domino Principle (1977, de Stanley Kramer)
Against All Odds (1984, de Taylor Hackford)
True Colors (1992, de Herbert Ross)
Cena de Warlock (1959), de Edward Dmytryk
*
*
Trailer do filme Night and the City (1950), de Jules Dassin
*
tags: , ,
publicado por annualia às 01:12
link | comentar
Segunda-feira, 24 de Março de 2008

Datas perdidas

Harry Houdini, de seu verdadeiro nome Ehrich Weiss, nasceu em Budapeste, em 24.3.1874, e poucos dias depois de ter nascido foi levado pela família para os Estados Unidos (m. Detroit, 31.10.1926). Filho de emigrantes, s duras condições de vida obrigaram-no a ter várias sucessivas profissões, muitas delas no circo. Essa experiência despertou-o para as capacidades que o tornaram um dos maiores mágicos de todos os tempos. Os seus feitos incluíam a capacidade de se libertar de cordas, correntes e cadeados, mesmo debaixo de água, onde conseguia permanecer durante largos minutos. Houdini descreveu os seus truques com relativo pormenor, mas as suas capacidades ultrapassaram em muito o nível comum.

*

*

*

Harry Houdini by Harry Houdini

 

My birth occurred April 6th, 1874, in the small town of Appleton, in the State of Wisconsin, U.S.A. My father, the Rev. Dr. Mayer Samuel Weiss, at that time received an annual salary of $750 (£150). Some of the leading actors in the congregation, thinking he had grown too old to hold his position, supplanted him for a younger man, and one morning my father awoke to find himself thrown upon the world, his long locks of hair having silvered in service, with seven children to feed, without a position, and without any visible means of support.
We thereon moved to Milwaukee, Wis., where such hardships and hunger became our lot that the less said on the subject the better.

October 28, 1883, was the date of my first appearance before an audience. I appeared as a contortionist and trapeze performer, being advertised by the manager, Jack Hoeffler (now proprietor and manager of a circuit of theatres in the Middle West of the United States), as "Ehrich, The Prince of the Air."

Later in life I worked at a number of trades, such as locksmith, electrical driller, photographer, cutter, etc., etc.: but I prefer to pass rapidly by those hard and cruel years when I rarely had the bare necessities of life and speak of the time when I first started to do handcuff tricks -- the tricks which eventually brought me to the notice of the world.

One day whilst working as an apprentice in a locksmith's close by the police station, one of the young bloods of the town was arrested for some trivial offense. He tried to open his handcuffs with some keys he had on his person, and in the attempt broke off one of the keys in the lock of the handcuff. He was brought to the shop to have the cuff opened or cut off his wrist, and this incident, trivial as it may seem, in after years changed my entire career.


While the master locksmith was trying to open the handcuff the whistle blew for the dinner hour. Being a loyal union man, and incidentally, perhaps, having a sharpened appetite, he called me to his side and said, "Harry, get a hack-saw and cut off this handcuff," and then went out with the police officer to dine.

I tried to cut off the cuff, but the steel was too hard, and after breaking half-a-dozen saw-blades, the thought struck me to attempt to pick the lock. I succeeded in doing it, and the very manner in which I then picked the lock of the handcuff contained the basic principle which I employed in opening handcuffs all over the world. Not with a duplicate key, which seems to have been the only way others had of duplicating my performance.

The year 1893 found me as an actor! I played the part of an old man in a play entitled "My Uncle." During rehearsal I seemed unable to remember a single line, in fact would have spoilt the entire rehearsal had I not been allowed to read my part from the script. Notwithstanding this, the show opened up in a small town near St. Louis, Mo., and strange to relate, I was the only one who knew his part perfectly! The show as such a success that the only way possible for me to get back to St. Louis was to deposit my trick trunk as security for railroad fares.

It was while in St. Louis that I formulated the basis of the method for performing my packing-case escape, and it happened in this wise: The winter was a bitterly cold one, and I had no money with which to purchase wood to start a fire to warm my room. So seeing a discarded packing-case in front of one of the large drygoods' shops, I thought I would take it home for firewood. I knew I would make myself too conspicuous by carrying so large a case through the streets, and further knew that no police officer would permit me to break it apart in so crowded a thoroughfare, so I conceived a method of taking it noiselessly apart, and used this same method when I presented the packing-case mystery for the first time in Essen Rhur, Germany.

The presentation of this mystery resulted from a challenge issue to me, more in jest than earnest, by one of the employees of a large linen factory which I visited while in that city. It happened that during my visit, one of the men, engaged in packing a case of linens to send to America, recognized me, and knowing I had just escaped from the local jail, laughingly said, "If we nail you in this packing case like we do linens you never would be able to get out." Jokingly I replied, "Oh! that would be easy," and proceeded on my way, thinking the incident was closed.

Next day, on reading the morning newspaper, to my astonishment I found that the packers had publicly challenged me to escape from one of their packing cases, into which they purposed to nail and rope me. My thoughts flew back to the year long gone by when I secured firewood to heat my room, and I determined to accept their challenge, meaning to escape by using as a basis the method I had employed in securing my firewood years ago.

It was a sensation, and has been the means of putting a few solid stones in the foundation of my reputation.

In 1895 I was engaged by the Welsh Brothers' Circus, a circus which traveled almost exclusively through the State of Pennsylvania, and for the services of Mrs. Houdini and myself I received the sum of £4 weekly, railroad fares and board.

The amount was small, but I still look back with pleasure upon that season's work as being one in which we had an abundance of clothes to wear and good food to eat, for the Welsh Brothers certainly fed their artists extra well.

For this £4 weekly Mrs. Houdini and myself first of all had to give a free performance in front of the side show to attract the crowds. Inside, I then lectured upon the curiosities, gave a magic show, worked the Punch and Judy show, and with the assistance of Mrs. Houdini finally presented a second sight act. In the main concert Mrs. Houdini acted as a singing clown, while later on we presented our specialty, which consisted of the trunk trick in connection with the braid trick. With this same performance we created a big sensation at the Alhambra Music Hall in London in July, 1900, as many of the readers will undoubtedly recall.

I offered my handcuff act to the Welsh Brothers for L1 extra per week, and it was rejected. Eventually I offered to clown the bars, collect lithographs, and do my handcuff show for 12s. extra per week, and it was also refused. In fact, several managers later on refused to allow me to do handcuffs, and it was only after persistently presenting it every once in a while like a trick in several museums that I eventually was allowed to do the act steadily, and only after I had become known to the managers.

In 1897 I appeared with a medicine show in the Indian Territory with Drs. Hill and Pratt, the former from San Francisco, and the latter from Denver, Colorado.

I had to sell medicine on the streets from the carriage, and exhibited my prowess to the gaping public, free of charge. We received as salary £5 weekly, board and traveling expenses, and from this engagement we managed to save our first $100 (£20). As I dwell on thoughts of the past I can realise how important an item the board must have been, as I always was blessed with a good appetite. In fact, it is now no longer a puzzle to me why my parents remained in adverse circumstances, feeding a family of six boys and one girl, who ate as much as a small army. The only wonder still is how did we grow up at all?

In 1898 things became so bad that I contemplated quitting the show business, and retired to private life, meaning to work by day at one of my trades (being really proficient in several) and open a school of magic, which with entertainments would occupy my evenings. I therefore started to play one more tour of the Dime Museums to fulfill my expiring contracts, and it was this trip which made Houdini, The Handcuff King, famous.

When working at a small hall in St. Paul, a party of managers, while sight-seeing, happened to come in. They saw my performance, became impressed with the manner in which I presented it, and one of them, Mr. Martin Beck, perhaps more in a joke than sincerity, challenged me to escape from one of his handcuffs. He had none with him, but next day purchased a few pairs and sent them on the stage. I escaped! He then booked me for one week, and it was the first chance I ever had had, and my act in a first-class theatre created a sensation. My salary for this week's engagement was $60 (£12). In those days I opened my performance with fifteen minutes of magic, but gradually dropped it out until handcuffs were exclusively presented in connection with the trunk trick. We have never looked back since, but have kept on going forward, hoping in a few years to retire to private life and enjoy the harvests of my successes.

My largest income derived from a season's work was from the summer season in Russia in 1903. America ranks second as the payer of salaries, and, although strange as it may seem to the readers, in Great Britain I receive my smallest salaries. However, having made so many friends in this country I like to be among them. Of course, I also must have made a few enemies, but that is part of life.

After working contracts which I have signed for Great Britain I expect to accept no more, as two performances a night of the work I do is too trying for my physique.

When I retire, perhaps I shall reside half the year in Great Britain and the other half of the year in America.

Writing my latest book, "The Unmasking of Robert-Houdin," I consider my greatest and most gratifying achievement. This is the only book in the annals of magic which contains original research and material.

"Robert-Houdin Unmasked" is a book that will live long after we are all dead, will stand as a monument of years of diligent research and endeavor, and will bring me back to the minds of the public when I am long forgotten as a public performer.

Harry Houdini By Harry Houdini apareceu em The Magician Annual, 1909-1910, publicado em Londres. 

Pode encontrar tradução aqui.

publicado por annualia às 00:42
link | comentar
Domingo, 23 de Março de 2008

Aleluia

Messias, de Haendel
John Mark Ansley (tenor)
Coro e Orquestra de Les Musiciens du Louvre-Grenoble
direcção de Marc Minkowski
publicado por annualia às 00:01
link | comentar
Sábado, 22 de Março de 2008

Israel 'Cachao' López (1918-2008)

*
Bebo Valdéz (piano) e Israel 'Cachao' López (contrabaixo) tocam «Lágrimas Negras».
*
«A los trece años era miembro de la Orquestra Filarmónica de La Habana, proviene de una familia de músicos académicos. Su hermano Orestes, ya muerto, tocó cello y piano. De ellos se dice, más bien se discute, que inventaron el mambo cuando eran miembros de la Orquesta de Arcao y sus Maravillas en los años 40. El mejor bajista de la música del caribe nació en 1918 en La Habana, según el escritor cubano Guillermo Cabrera Infante, en la misma casa donde vio la luz José Martí en 1853. Cuando en las sesiones, Orestes no tocaba el piano, lo haca Julio Gutiérrez o Pedro Juztiz Peruchín. Estoy hablando de las estrellas cubanas de ese momento, todos eran unos virtuosos. La flauta la tocaban o Richard Eges, el mismo de la Aragn, o José Fajardo. Las trompetas eran dos: la de Armando Chocolate Armenteros que ahora en el 2000 tiene 73 aos, todavía toca, y bien, y sigue alimentando una historia que no termina y que lo cataloga como uno de los mejores trompetista de la salsa y la del fallecido Alejandro El Negro Vivar, tan bueno como el otro y con quien sostenía unos piques que eran para tomar palco. Los saxofonistas también eran dos: José Chombo Silva y Emilo Pealver. El trombón lo manejaba Generoso Tojo Jimnez, de 82 aos. Andrés Echeverría, mejor conocido como "El Nio Rivera", era el tresista de estas sesiones, (ahora cuenta con 80 aos). Los percusionistas eran Guillermo Barreto, ya fallecido, también baterista de jazz y paila mayor de Cuba; un músico peculiar pero infaltable en estos encuentros Gustavo Tamayo, girero; Yeyo Iglesias en el bong y Arstides Soto, quien no es más que el conocido Tata Gines, conguero de 69 aos. Razón tena Andy García para rescatar del olvido a Cachao, y es que "como su ritmo no hay dos".
http://www.myspace.com/cachaotumbao 
publicado por annualia às 21:24
link | comentar

Raymond Leblanc (1915-2008)

Editor belga (Longlier, Ardenas, 22.5. 1915 –ibid., 21.3.2008) que foi o fundador da revista juvenil Tintin, em 1946, beneficiando da autorização de Hergé para usar a personagem. Mais tarde a revista publicar-se-á também em França, pela mão de Georges Dargaud, e nela aparecerão outros heróis da BD, como Blake e Mortimer. A revista, que chegou a vender meio milhão de exemplares por semana, impôs-se com a frase publicitária «revista para jovens dos 7 aos 77 anos» cessou de ser publicada apenas em 1988. Fundador das Éditions du Lombard, foi pioneiro na utilização das personagens da BD para fins publicitários e criador de outras publicações, como a revista Line. Em 2006 foi criada a Fundação Raymond Leblanc, com sede em Bruxelas.
 
 
publicado por annualia às 00:51
link | comentar
Sexta-feira, 21 de Março de 2008

Sexta-feira Santa

 

Mosteiro de S. João de Tarouca

Fotografia de Teresa Colaço

publicado por annualia às 00:28
link | comentar
Quinta-feira, 20 de Março de 2008

Paul Scofield (1922-2008)

O actor inglês (Hurstpierpoint, West Sussex, 21.1.1922 – ibid., 19.3.2008) Paul Scofield iniciou a sua carreira no teatro, onde se distinguiu sobretudo nas interpretações de personagens de Shakespeare. Em 1955, estreou-se no cinema em That Lady, de Terence Young. Em 1966, o seu trabalho como Thomas More em A Man For All Seasons (1966, de Fred Zinneman) projectou-o para o reconhecimento internacional, tendo sido distinguido com um Óscar. Escolhido por Peter Brook para integrar o elenco de Tell Me Lies (1968) e King Lear (1971), dos trinta e tantos filmes em que participou, refiram-se ainda The Train (1964, de John Frankenheimer e Arthur Penn), Bartleby (1970, de Anthony Friedman), Scorpio (1973, de Michael Winner), A Delicate Balance (1973, de Tony Richardson), Henry V (1989, de Kenneth Brannagh), Hamlet (1990, de Franco Zeffirelli), Utz (1992, de George Sluizer), Quiz Show (1994, de Robert Redford) pelo qual foi nomeado para o Óscar de Melhor Actor Secundário, e The Crucible (1996, de Nicholas Hytner), onde mais vez atraiu as atenções, tendo recebido pelo seu desempenho o prémio BAFTA. De salientar também a sua participação na mini-série televisiva Martin Chuzzlewit (1994, dirigida por Pedr James).
Paul Scofield em A Man For All Seasons, de Fred Zinnemann
publicado por annualia às 22:27
link | comentar

Philip Jones Griffiths (1936-2008)

Fotógrafo britânico (Rhuddlan, País de Gales, 18.2.1936 – Inglaterra, 19.3.2008) que começou a sua carreira como free-lance no Observer, em 1962. Fez a cobertura da guerra da Argélia em 1962, tendo depois viajado e vivido na África central. Entre 1966 e 1971 esteve no Vietname, sobre cuja guerra e respectivas consequências entre a população civil produziu diversas obras, como Agent Orange: Collateral Damage in Viet Nam (fotografias disponíveis no link capa do livro). Ligado à Agência Magnum, primeiro como associado e depois como membro, fez a cobertura da guerra do Yom-Kippur, em 1973, seguindo para o Cambodja em 1975 e para a Tailândia, onde permaneceu entre 1977 e 1980, ano em que parte para Nova Iorque para assumir durante cinco anos a chefia da Magnum.
Agent Orange:  Collateral Damage in Viet Nam
publicado por annualia às 13:49
link | comentar
ANNUALIA
annualia@sapo.pt

TWITTER de Annualia

Artigos Recentes

Prémio de Poesia Luís Mig...

Prémio Pessoa 2009/ D. Ma...

Prémio Goncourt de Poesia...

Prémio Cervantes 2009/ Jo...

O Homem da Capa Verde

Anselmo Duarte (1920-2009...

Francisco Ayala (1906-200...

Claude Lévi-Strauss (1908...

Prémio Goncourt/ Marie Nd...

Alda Merini (1931-2009)

Arquivo

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

tags

todas as tags

pesquisar

 

Subscrever feeds

blogs SAPO