Quarta-feira, 7 de Outubro de 2009

Prémio Nobel da Química 2009

 Nobel Prize® medal - registered trademark of the Nobel Foundation

O Prémio Nobel da Química de 2009 aborda um dos processos essenciais à vida: o modo como a informação do ADN se traduz em vida pela acção dos ribossomas. O ribossoma produz proteínas, que por sua vez controlam a química de todos os organismos vivos. Os ribossomas são essenciais à vida e são também um objecto importantíssimo de novos antibióticos. Os vencedores deste ano, Venkatraman Ramakrishnan, Thomas A. Steitz e Ada E. Yonath, mostraram como o ribossoma é e como funciona a nível atómico. Os três usaram um método chamado cristalografia por raios x para mapear a posição de cada um das centenas de milhares de átomos que formam o ribossoma.

No interior de cada célula, de todos os organismos, há moléculas de ADN. Elas contêm a matriz da aparência e do funcionamento dos seres humanos, das plantas ou das bactérias. Porém, a molécula de ADN não é activa. Se não houvesse mais nada, não haveria vida.

As matrizes vão-se transformando em matéria viva através do trabalho do ribossoma. Baseado na informação contida no ADN, o ribossoma produz proteínas: a hemoglobina que transporta oxigénio, os anticorpos do sistema imunitário, hormonas como a insulina, o colagénio da pele, as enzimas que cortam o açúcar. Existem dezenas de milhares de proteínas no corpo e todas têm diferentes formas e funções. Produzem e controlam quimicamente a vida. A compreensão da forma como funciona internamente o ribossoma é importante para a compreensão científica da vida. Este conhecimento pode ter uma utilização prática imediata; muitos dos antibióticos que se usam hoje em dia curam diversas doenças pelo bloqueio da função dos ribossomas bacterianos. Sem ribossomas funcionais, as bactérias não sobrevivem. Esta é a razão pela qual os ribossomas são um alvo importante dos novos antibióticos.

Os três laureados deste ano construiram modelos 3D que mostram como diferentes antibióticos se ligam ao ribossoma. Estes modelos são agora usados pelos cientistas com o objectivo de desenvolver novos antibióticos, que permitam o salvamento de vidas e a diminuição do sofrimento humano.

publicado por annualia às 11:42
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