Quinta-feira, 27 de Dezembro de 2007
D. Pedro de Alcântara Gastão João Maria Filipe Lourenço Humberto Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança, pretendente directo ao trono do Brasil (Chateau d’Eu, 19.2.1913 -Villamanrique de la Condesa, 27.12.2007), era bisneto de Pedro II, o último imperador do Brasil. Casou, em 1944, com D. María de la Esperanza de Borbón-Dos Sicilias y Orleans, terceira filha do infante espanhol D. Carlos (1970-1949) e tia do rei Juan Carlos I. Apesar de o seu pai, D. Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança ter renunciado ao direito de sucessão, D. Pedro Gastão sempre se apresentou como herdeiro legítimo e participou activamente, em 1993, na campanha para a reimplantação da monarquia no Brasil. D. Pedro Gastão era irmão da mãe de D. Duarte Pio, pretendente ao trono de Portugal. Ao longo de muitos anos repartiu a sua vida pelo Brasil (Petrópolis) e Espanha (Villamanrique de la Condesa, Sevilha). Possuía, entre outras distinções, a de Cavaleiro da Grã Cruz da Ordem de Pedro I, Cavaleiro da Grã Cruz da Ordem da Rosa e era também Cavaleiro da Ordem de San Genaro.

Família Imperial Brasileira: da esquerda para a direita, sentadas, Princesa D. Esperanza, Princesa D. Isabel (Condessa de Paris) e Princesa D. Elizabeth (Princesa-Mãe). De pé, ao fundo, ainda da esquerda para a direita, Príncipe D. Pedro Gastão, Princesa D. Teresa e Príncipe D. João.
D. Pedro Gastão de Orleans e Bragança ao lado do trono que pertenceu ao seu bisavô D. Pedro II. Esta peça faz parte do acervo do Museu Imperial de Petrópolis.
_____________________________________________________________
De Dionatan da Silveira Cunha a 7 de Agosto de 2009 às 01:50
À Dom Pedro Gastão e seus descendentes não se reservava direito algum ao Trono do Brasil, haja vista a renúncia de seu pai, em 1908. A Chefia da Casa Imperial do Brasil pertenceu, primeiramente a Dona Isabel, a Redentora, depois ao seu filho Dom Luiz, logo ao filhos deste, Dom Pedro Henrique e, atualmente a Dom Luiz de Orleans e Bragança, filho de Dom Pedro Henrique.
Dom Pedro Gastão e sua Família constituiam apenas mais ramo da Família Imperial.
Dionatan da Silveira Cunha.
De Robert van Weerelt a 26 de Novembro de 2009 às 06:15
Prezado senhor,
segundo outra corrente monarquista, a carta de abdicação de 1908 foi assinada para que a Princesa Isabel aceitasse o casamento do então Príncipe do Grão Pará com uma representante de família não reinante. Além disto, segundo a mesma corrente, tal documento teria, ainda, que ser validado pelo poder público adequado no Brasil, o que nunca ocorreu. Vale lembrar que a Constituição de 1824 não exigia que Príncipes Imperiais brasileiros casassem com representantes de dinastia reinantes como condição para se manterem na linha de sucessão ao trono. Isto é, o motivo pelo qual o Príncipe do Grão Pará foi pressionado a assinar tal instrumento de abdicação era estranho e anacrónico face ao espírito liberal daquela constituição. Isto é, coagir aquele Príncipe a assina-lo representou uma traição à carta legada por D. Pedro I ao Brasil. Talvez devêssemos ter em mente, ainda, que os monarcas da família Bragança eram aclamados como reis ou imperadores. Portanto, nada mais afinado com este princípio do que deixar ao povo e seus representante a decisão sobre a questão dinástica, se for o caso. Por fim, o “Ramo de Petrópolis” da família Orleans e Bragança é o primogénito e seu chefe percebido e respeitado na qualidade de "Princeps e Primogénito do Brasil", inclusive pelo chamado "Ramo de Vassouras", devendo ser esta postura, imagino eu, acatada por aqueles que seguem a reivindicação dinástica deste último.
Cordialmente, R
De Dionatan da Silveira Cunha a 27 de Novembro de 2009 às 02:05
Caríssimo Senhor Robert,
A que outra corrente monarquista o senhor se refere? Coordenada por quem? Organizada por quem? Baseada em quem? Que órgãos a compõem? Associações, Instituições?
Não é de meu interesse discutir a querela dinástica, que não existe mais! Meu comentário foi apenas feito para retificar a postagem feita.
É ilusão dizer que a carta de Cannes foi assinada por Dom Pedro de Alcântara a força, como se Dona Isabel tivesse manipulado um maior de idade, capaz e em pelo vigor de suas faculdades mentais, a assinar uma carta-renúncia. Não justifiquemos o injustificável. Não sejamos a favor dos que tentam caluniar os atos da Redentora, dos que tentam tiranizar os atos de Dona Isabel.
Segundo a Constituição de 1824, Art. 120.: “O Casamento da Princeza Herdeira presumptiva da Corôa será feito a aprazimento do Imperador”, transferimos o caso ao Príncipe em questão. Dom Pedro de Alcântara deveria ter submetido seu casamento à aprovação de Dona Isabel, e o fez, esta por sua vez, na qualidade de Chefe da Casa Imperial do Brasil, achou por bem que não deveria dar seu aprazimento à união, por fim Dom Pedro de Alcântara renunciou a seus direitos ao Trono do Brasil, por si e por seus descendentes. Um fato.
Quem coagiu Dom Pedro de Alcântara a assinar a renúncia? Acaso o Príncipe era um incapaz, não manifestava suas próprias vontades? Foi ameaçado?
Exato, nada mais justo do que deixarmos a cargo do Congresso Nacional a escolha do herdeiro. Talvez aí sim os Silveira, os Cunha e os Weerelt pudessem imperar no Brasil. A quem acha que o Congresso daria legitimidade?
Dom Pedro de Alcântara era filho primogênito de Dona Isabel. Atenção: a ele e seus descendentes não é garantido direito algum ao Trono do Brasil (no caso de Restauração), haja vista a renúncia de 1908.
Por fim deixo claro que minhas colocações se referem apenas a sucessão dinástica. Em nada tem haver com caráter do Príncipe renunciante e sua descendência, a qual admiro maximamente.
Mantemos os valores de Dona Isabel, a Redentora, a quem o Brasil deve tanto.
Respeitosamente,
Dionatan da Silveira Cunha.
Comentar post