Terça-feira, 1 de Setembro de 2009

II Guerra Mundial começou há 70 anos

O mal-estar generalizado na Europa remontava à I Guerra Mundial, que não trouxera qualquer solução aos conflitos existentes e deixara o continente retalhado por fronteiras absurdas. O período entre as duas constituiu com efeito uma paz armada, perturbada por múltiplas agressões. A Sociedade das Nações entrou no ocaso, rebentaram conflitos por todo o mundo (Etiópia, Espanha; o Japão ataca a China). As grandes crises que se sucederam conduziriam inevitavelmente à guerra. A Espanha servira de campo de experiências aos armamentos e estratégias modernas; o Japão, vencedor na China, alinhou no campo das ditaduras; Hitler anexou sem resistência países vizinhos (Áustria, Checoslováquia). Os blocos que iriam defrontar-se estavam formados. Estaline, sentindo a ameaça que Hitler representava para a URSS, promoveu a conclusão de um acordo: a 23.8.1939 os enviados dos dois governos — Molotov e Ribbentrop — assinaram o Pacto Germano­Soviético, que permitiu ao ditador alemão desencadear a guerra.

Na madrugada de 1.9.1939, as tropas alemãs invadiram a Polónia, que a URSS atacou a 17. A Inglaterra e a França, garantindo a integridade das fronteiras polacas, declararam guerra à Alemanha (3 de Setembro). Varsóvia caiu a 27 de Setembro, e a Polónia desapareceu como Estado independente. Incapazes de acudir à Finlândia, atacada pelos Russos (sucumbiu em Março de 1940), os Aliados tentaram em vão impedir os Alemães de dominarem o tráfego do ferro sueco, invadindo a Dinamarca e a Noruega (22 de Março). A 10 de Maio os Alemães desencadearam uma ofensiva fulgurante sobre a Bélgica e Holanda, onde a resistência cessou cinco dias depois. Tropas aliadas foram em socorro dos países atacados. Quarenta divisões alemãs atacaram as Ardenas, atravessaram o Mosa. Tendo os Belgas capitulado, a penetração alemã bloqueou em Dunquerque as tropas franco-britânicas, que dificilmente conseguiram reembarcar para Inglaterra. A 6 e 7 de Junho os Alemães romperam a linha defensiva apressadamente organizada por Weygand, e invadiram a França. Foi então que a Itália declarou a guerra aos Aliados (10 de Junho). Paris estava sob a autoridade do governo Deutz, enquanto 2/3 do território francês foram ocupados pelo inimigo. Pétain assinou um armistício (22-24 de Junho) que deixou à França uma zona não ocupada, as suas colónias, a sua armada (enquanto colocadas sob a autoridade do Governo de Vichy) e um exército reduzido.

Todas as forças alemãs estavam agora prontas a atacar a Inglaterra, último baluarte da resistência ao nazismo, onde o general De Gaulle tentava reagrupar franceses que queriam prosseguir a luta. Para preparar um desembarque, os 2269 aviões de Hitler atacaram as bases do Sul e Leste de Inglaterra, e seguidamente martelaram Londres e as grandes cidades. Os Ingleses não cederam (Batalha de Inglaterra, Agosto-Dezembro de 1940).


 

publicado por annualia às 10:41
link | comentar
ANNUALIA
annualia@sapo.pt

TWITTER de Annualia

Artigos Recentes

Prémio de Poesia Luís Mig...

Prémio Pessoa 2009/ D. Ma...

Prémio Goncourt de Poesia...

Prémio Cervantes 2009/ Jo...

O Homem da Capa Verde

Anselmo Duarte (1920-2009...

Francisco Ayala (1906-200...

Claude Lévi-Strauss (1908...

Prémio Goncourt/ Marie Nd...

Alda Merini (1931-2009)

Arquivo

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

tags

todas as tags

pesquisar

 

Subscrever feeds

blogs SAPO