Escritor albanês (n. Gjirokaster, 1936) que adquiriu a sua reputação como poeta, e depois como romancista, no país natal, mas conseguiu vencer a barreira do isolamento linguístico e político. Favorável à queda do regime de Enver Hoxha, Kadaré fixou-se em Paris. A sua obra caracteriza-se pela abordagem realista de temas do quotidiano, bem com incursões históricas, combinando humor, imaginação e fantástico. Segundo John Carey, presidente do júri que lhe atribuiu o Prémio Booker Internacional, em 2005, "Ismail Kadaré é um escritor que abarca toda uma cultura — a sua história, a sua paixão, o seu folclore, a sua política e os seus desastres. É um escritor universal que pertence a uma tradição narrativa que vem desde Homero.» É membro da Academia das Ciências Morais e Políticas de Paris, do Instituto de França, da Academia das Artes de Berlim e é oficial da Legião de Honra (França).
Algumas obras: O Castelo (1970), Crónica de Pedra (1971), Abril Despedaçado (1978), Palácio dos Sonhos (1981), O Concerto (1988), A Pirâmide (1991), Albânia (1995), Três Cantos Fúnebres para o Kosovo (2000), Ficheiro sobre H. (2002), Frente ao Espelho de uma Mulher (2002), A Filha de Agamemnon (2003), O Sucessor (2005), Vida, Morte e Representação de Lul Mazreku (2007). Kadaré é publlicado em Portugal pela D. Quixote.