Quinta-feira, 21 de Maio de 2009

João Bénard da Costa (1935-2009)

 
Crítico de cinema e ensaísta português (Lisboa, 7.2.1935 – ibid., 21.5.2009). Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1959), foi professor de Filosofia no ensino liceal (1961-1964) e bolseiro da Fundação Gulbenkian. Foi presidente-geral da Juventude Universitária Católica nos anos 50 e director do jornal Encontro. Membro da comissão pró-associação de estudantes da Faculdade de Letras, foi candidato a deputado pela CDE nas eleições de 1969. Chefe de redacção (1963-1969) e director (1969-1970) da revista O Tempo e o Modo, fez parte da direcção do Centro Nacional de Cultura (1970-1974) e da comissão consultiva da administração da RTP (Setembro 1974 a Março de 1975), bem como de diversas comissões para a reforma do Conservatório Nacional (1977-1979). Fez também parte das direcções do Cineclube Universitário de Lisboa, do Centro Cultural de Cinema e do Centro de Estudos Cinematográficos. Em 1966 ingressou no quadro do Serviço de Belas-Artes da Fundação Gulbenkian como responsável do Sector de Cinema, cargo que ocupou a partir de 1985, como primeiro assistente de direcção daquele serviço. Foi professor do Conservatório Nacional na cadeira de História do Cinema (1972-1980), tendo exercido o cargo de subdirector da Cinemateca Portuguesa desde a sua fundação, em 1.8.1980. Exerceu a actividade de crítico de cinema em numerosos jornais e revistas, tendo pronunciado conferências em Portugal e no estrangeiro. Foi membro do IPC em 1979 e 1980-1981. Em 1991 foi nomeado director da Cinemateca Portuguesa.

Homem de grande cultura, não só cinematográfica, as suas crónicas, primeiro no Independente, depois no Público, nas quais combinou com mestria erudição, memorialismo e intervenção, constituem um testemunho absolutamente excepcional da sua condição de homem livre, da sua visão do mundo e do seu percurso espiritual.
[Este texto retoma parcialmente o verbete da Enciclopédia Verbo, assinado por Luís de Pina, seu antecessor na direcção da Cinemateca.]

Algumas obras: Emmamuel Mounier (1961), «O Rigor e a Vertigem», in caderno colectivo Bergman no Cerco (1964), Da Pedagogia não-directiva como Pedagogia Personalista (1966), Os Silêncios do Vaticano (1968), Rossellini (1973), Mizoguchi (1976), Visconti (1977), Cinema Americano — Anos 30, (1977), Cinema Polaco (1978), Cinema Mudo Sueco (1978), Cinema Brasileiro, (1978), Cinema Húngaro (1979), Robert Bresson (1979), Jean Renoir (1979), Cinema Americano — Anos 40 (1979), François Truffaut (1980), Ozu (1980), Cinema Alemão 1918/1933, 1965/1980 (1981), Cinema Americano — Anos 50 (1981), Luis Buñuel (1982), Fritz Lang (1983), John Ford (1983), Joseph von Sternberg (1984), Cinema Inglês 1933-1984 (1984), Os Filmes da Minha Vida — Os Meus Filmes da Vida (1990), Histórias de Cinema (1991), Muito Lá de Casa (1994), O Cinema Português Nunca Existiu (1996), Nós, os Vencidos do Catolicismo (2003).
 

 

publicado por annualia às 11:01
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