Tomás Jorge Vieira da Cruz, poeta e contista angolano (Luanda, 1928 – Lisboa, 25.4.2009) que estudou e viveu no país natal antes de se fixar definitivamente em Portugal. Colaborou em diversas revistas e apareceu nas principais antologias de poesia angolana e africana. «Os poemas de Tomás Jorge seguem de perto a tendência temática da sua época, podendo-se destacar a recuperação, pela memória, do tempo da infância, algumas vezes articulado em torno da figura, duplo da própria terra, da «Ama negra», nome, aliás, de um dos seus textos. […] A solidariedade e a esperança de um mundo sem peias ou repressões são ainda fortes núcleos temáticos no conjunto da obra. Ao mesmo tempo que denuncia a opressão, o eu lírico convoca o leitor para que se possa transformar o presente histórico do homem angolano, representado como um não-sujeito do seu próprio destino [...].» (Laura Cavalcante Padilha em Biblos–Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua Portuguesa).