Poeta italiana (Milão, 21.3.1931 – ibid., 1.11.2009) cujo primeiro livro, La presenza di Orfeo, publicado em 1953, foi muito bem recebido pela crítica. Seguiram-se-lhe Paura di Dio (1955), Nozze romane (1955), Tu sei Pietro (1962). À publicação destes volumes seguiram-se muitos anos de silêncio, quebrado, em 1984, com La Terra Santa, e depois uma intensa produção, que agora se estende, por vezes, à prosa: L’altra verità. Diario di una diversa (1986), Testamento (poesia, 1988), Delirio amoroso (1989), Il tormento delle figure (1999), Vuoto d’amore (poesia, 1991), Le parole di Alda Merini (1991), Ballate non pagate (poesia, 1995), La pazza della porta accanto (1995), La vita facile (1996), Fiore di poesia, 1951-1997 (poesia, 1998), Lettere a un racconto. Prosa lunghe e brevi (1998), Il ladro Giuseppe. Racconti degli anni Sessanta (1999), Aforismi e magie (1999), Superba è la notte (poesia, 2000), Più bella della poesia è stata la mia vita (poesia, 2003), Clinica dell’abandono (poesia, 2004), L’anima innamorata (poesia, 2000), Corpo d’amore. Un incontro con Gesù (poesia, 2001), Magnificat. Un incontro con Maria (poesia, 2002), La carne degli Angeli (poesia, 2003). Candidatada ao Nobel, entre vários os prémios com que foi distinguida, destacam-se o Prémio Viareggio de 1996 e o Prémio da Presidência do Conselho de Ministros de Poesia, em 1999.
Actriz italiana (Génova, 25.11.1938 – 17.10.2009) cuja carreira praticamente começou no filme Totò, lascia o raddoppia? (1956, de Camillo Mastrocinque) e que Franscesco Rosi escolheu como protagonista de La Sfida (1958). Em 1959, integrou o elenco de Il vendicatore, de William Dieterle, e aparece em primeiríssimo plano em La notte brava, de Mauro Bolognini, com argumento e guião de Pasolini. Ainda no mesmo ano, participou em Ferdinando I, re di Napoli, de G. Franciolini. Na década de 1960, fez Le bal des espions (1960, de M. Clément e U. Scarpelli), Teseo contro il Minotauro (1960, de S. Amadio), Les miracle des loups (1961, de André Hunebelle), ao lado de Jean Marais, I briganti italiani (1962, de Mario Camerini), ao lado de Vittorio Gassman e Ernest Borgnine, Two Weeks in Another Town (1962, de Vincente Minnelli), Axel Munthe - Der Arzt von San Michele (1962, de G. Capitani e R. Jugert), La corruzione (1963, de M. Bolognini), The Victors (1963, de Carl Foreman), La mandragola (1965, de Alberto Lattuada), La strega in amore (1966, de Damiano Damiani), L’avventuriero (1967,de Terence Young), Scacco alla regina (1969, de Pasquale Festa Campanille). Já nos anos 70, evidenciou-se sobretudo em 7 fois… par jour (1970, de Denis Héroux), Trastevere (1971, de Fausto Tozzi), Ettore lo fusto (1972, de Enzo Castellari), Un hombre llamado Noon (1973, de Peter Collinson), Gli Eroi (1973, de D. Tessari), ao lado de Rod Steiger e Claude Brasseur, Il testimone deve tacere (1974, de G. Rosati), La trastienda (1975, de Jorge Grau).
NARRATIVA
Quanta stella c'è nel cielo
Edith Bruck
Garzanti
«Quanta stella c’è nel cielo» não é engano, é o primeiro verso de uma balada amarga do jovem Petöfi, o grande poeta húngaro. Estes versos estão entre as poucas coisas que Anita traz consigo, juntamente com memórias dilacerantes. Anita não tem ainda dezasseis anos. É uma sobrevivente dos campos. É bela, sensível, as provações da vida ficaram-lhe gravadas na alma. Está em fuga de um orfanato húngaro.....»
POESIA
Libro Grosso
Ennio Cavalli
Nino Aragno Editore
«Uma viagem de escuta por caminhos e florestas, com algumas paragens no deserto». Assim definiu Ennio Cavalli Libro grosso, que reune Libro di storia e di grilli, Libro di scienza e di nani, Libro di sillabe».
ENSAIO
Giustizia bendata
Adriano Prosperi
Einaudi
«A venda sobre os olhos, uma atributo da imagem simbólica da justiça como mulher, está no centro do percurso desenhado nas páginas deste livro. Se num célebre poema de Edgar Lee Masters se faz uso dela para criticar a cegueira dos tribunais e a arbitrariedade das sentenças, a venda aparece na iconografia oficial como garantia da imparcialidade e da incorruptibilidade dos juízes».
Página oficial dos prémios aqui.
O romance Stabat Mater (2008) de Tiziano Scarpa, editado pela Einaudi, venceu a 63.ª edição do Prémio Strega apenas com um voto de diferença par Il bambino che sognava la fine del mondo de Antonio Scurati, editado pela Bompiani. A acção do romance de Scarpa decorre em Veneza na primeira metade do século XVIII e tem como protagonista uma aluna de Vivaldi. È descrita como uma «obra narrativa intimista e de profunda respiração poética».
Tiziano Scarpa (n. Veneza, 1963) é autor de narrativas, de poesia e teatro, além de produzir textos e roteiros para palco e rádio. É colaborador de jornais e revistas. Entre as suas obras publicadas contam-se: Madrigale (teatro, 1991), Occhi sulla graticola (romance, 1996), Amore® (contos, 1998), Corriamo a casa (teatro, 2000), Nelle galassie oggi come oggi. Covers (poesia, 2001), Cosa voglio da te (contos, 2003), Kamikaze d’occidente (romance, 2003), Groppi d'amore nella scuraglia (poesia, 2005), Comuni mortali (teatro, 2005), Gli straccioni (teatro, 2005), Il professor Manganelli e l'ingegner Gadda (teatro, 2005), La custode (teatro, 2006), L’ultima casa (teatro, 2007), Amami (contos, 2007), L’inseguitore (teatro, 2008), Discorso di una guida turistica di fronte al tramonto (poesia, 2008).
O Prémio Strega foi criado pela Casa Bellonci, em 1947, por Maria Bellonci e Guido Alberti. O prémio é atribuído a uma obra narrativa em prosa de autor italiano, publicada entre 1 de Maio do ano precedente e 30 de Abril do ano em causa, escolhida, em duas rondas, por quatrocentos «Amici della Domenica», todos personalidades relacionadas com diversos aspectos da cultura italiana. As figuras que fazem ou fizeram parte deste grupo, bem como a lista dos laureados, é bem eloquente da alta qualidade deste prémio.
Eis os finalistas do Prémio Strega 2009:
Stabat Mater (Einaudi)
Tiziano Scarpa
L’istinto del lupo (Newton Compton)
Massimo Lugli
L’ultima estate (Fazi)
Cesarina Vighy
Il bambino che sognava la fine del mondo (Bompiani)
Antonio Scurati
Almeno il cappello (Garzanti)
Andrea Vitali
O vencedor será conhecido a 2 de Julho.
Escritor, argumentista e jornalista italiano, de seu verdadeiro nome Luigi Bonardi (Bercetto, Parma, 11.11.1927 – Roma, 8.5.2008), que pertenceu ao chamado «Grupo 63», movimento vanguardista que reagiu contra o neo-realismo. Antigo colaborador do cineasta Alberto Lattuada, nos anos 50, adoptou depois uma estética muitas vezes próxima do surrealismo, na qual predomina a fantasia e o humor, Malerba obteve êxito assinalável com La scoperta dell’alfabeto (1963). Para além de romance, Luigi Malerba escreveu poesia e contos para crianças, guiões para programas de televisão, argumentos cinematográficos e narrativas de viagens e deambulações como Città e dintorni. Na sua obra destacam-se Il serpente (1966), Salto mortale (1968) – com o qual obteve o prémio Médicis – Le rose imperiali (1974), Le parole abbandonate (1977), Il pataffio (1978), Il pianeta azzurro (1986), Il fuoco greco (1990), Le pietre volanti (1992) -- distinguido com o Prémio Viareggio --, Il viaggiatore sedentario (1993), Le maschere (1994), Le galline pensierose (1994), Che vergogna scrivere (1996), Itaca per sempre (1997), La superficie di Eliane (1999), La composizione del sogno (2002), Il circolo di Granada (2002). Testa d'argento (2003), Le lettere di Ottavia (2004) e Fantasmi romani (2006).
Vasco Graça Moura foi distinguido pela tradução de algumas das principais obras italianas como Divina Comédia e Vita Nuova, de Dante Alighieri, e ainda Rime e Trionfi de Francesco Petrarca.
Segundo uma nota do júri, Vasco Graça Moura foi distinguido pela "rica e vasta actividade como tradutor, que contribuiu de forma especial para a divulgação, em Portugal e nos países lusófonos, das mais marcantes obras da literatura italiana, em versões de alta qualidade estética e de escrupuloso respeito pelos originais". (Fonte: Público)
Veja-se o texto surgido hoje no jornal Público, assinado por Alexandra Prado Coelho, sobre o arquitecto e designer italiano, Ettore Sottsass, o homem que, como também diz a edição de hoje de The Independent, «tornou difusa a distinção entre cultura e comércio».