Ver poemas e outras informações aqui.
Realizador inglês e director de fotografia inglês (Yarmouth, Norfolk, 18.9.1914 – Cambridgeshire, 22.4.2009). Considerado um dos mais competentes operadores de câmara ingleses (Óscar da Melhor Fotografia por Black Narcissus, 1947, de Michael Powell/Emeric Pressburger). Entre os filmes em trabalhou contam-se: A Matter of Life and Death (1946) e The Red Shoes (1948), ambos da dupla Michael Powell/Emeric Pressburger, The African Queen (1951, de John Huston), The Barefoot Contessa (1954, de Joseph L. Mankiewicz), The Prince and the Showgirl (1957, de Laurence Olivier) ou Fanny (1961, de Joshua Logan), 1961. Passou à realização (sem nunca abandonar a fotografia) com The Story of William Tell (1953), a que se seguiram filmes como Intent to Kill (1958), Beyond this Place (1959), Sons and Lovers (1960), My Geisha (1962), The Lion (1962), The Long Ships (1964), Young Cassidy (1965), The Liquidator (1965), The Girl on a Motorcycle (1968), The Mercenaries (1968), Penny Gold (1973), The Mutations (1974).
Ao que parece este é mesmo Shakespeare himself.
Mais informações sobre Shakespeare aqui.
Ver notícia do Público.
Arquitecto checo (18.4.1937 – Praga, 14.1.2009) que, depois da intervenção soviética no seu país, em 1968, foi residir para Londres, onde fundou a Future Systems, depois de ter trabalhado no atelier de Richard Rogers (e de ter integrado a equipa que desenhou o Centro Pompidou). A sua arquitectura caracteriza-se por uma abordagem radical e futurística, inspirando-se com frequência em formas orgânicas: teias de aranha, asas de borboletas, escamas de peixe, etc. Autor de projectos como o do armazém Selfridges em Birmingham, do Museu Maserati, em Módena, da tribuna de imprensa da Lord’s Cricket Ground, em Londres, que lhe valeu a atribuição do Prémio Stirling. Em 2007, um projecto seu foi a concurso para a edificação de uma nova biblioteca nacional, em Praga que, pelo seu arrojo, suscitou uma generalizada opinião negativa (sendo popularmente conhecido como «o polvo»: ver foto abaixo), apesar das opiniões favoráveis do júri internacional do concurso. Kaplický viria a rejeitar posteriormente uma distinção do governo checo.
Centro de imprensa do Lord's Cricket Ground (Prémio Stirling, 1999)
*
TÍTULOS | PRIMEIRAS REPRESENTAÇÕES |
Henrique VI | 1589/92 |
The Comedy of Errors | 1592/93 |
Ricardo III | 1592/93 |
The Taming of the Shrew | 1593/94 |
The Two Gentleman of Verona | 1594/95 |
Love's Labour Lost | 1594/95 |
Romeo and Juliet | 1594/95 |
A Midsummer Night’s Dream | 1595/96 |
Richard II | 1595/96 |
The Merchant of Venice | 1596/97 |
King John | 1596/97 |
Henrique IV | 1597/98 |
Much Ado About Nothing | 1598/99 |
Henry V | 1598/99 |
As You Like It | 1599/1600 |
Julius Caesar | 1599/1600 |
Hamlet | 1600/01 |
The Merry Wives of Windsor | 1600/01 |
Twelfth Night | 1601/02 |
Troilus and Cressida | 1601/02 |
All´s Well That Ends Well | 1602/03 |
Othello | 1604/05 |
Measure for Measure | 1604/05 |
King Lear | 1605/06 |
Macbeth | 1605/06 |
Antony and Cleopatra | 1606/07 |
Coriolanus | 1607/08 |
Timon of Athens | 1607/08 |
Pericles | 1608/09 |
Cymbeline | 1609/10 |
The Winter's Tale | 1610/11 |
The Tempest | 1611/12 |
The Two Noble Kinsmen | 1612/13 |
Henrique VIII | 1612/13 |
*
*
Hamlet. To be, or not to be — that is the question:
Whether 'tis nobler in the mind to suffer
The slings and arrows of outrageous fortune
Or to take arms against a sea of troubles,
And by opposing end them. To die — to sleep —
No more; and by a sleep to say we end
The heartache, and the thousand natural shocks
That flesh is heir to. 'Tis a consummation
Devoutly to be wish'd. To die — to sleep.
To sleep — perchance to dream: ay, there's the rub!
For in that sleep of death what dreams may come
When we have shuffled off this mortal coil,
Must give us pause. There's the respect
That makes calamity of so long life.
For who would bear the whips and scorns of time,
Th' oppressor's wrong, the proud man's contumely,
The pangs of despis'd love, the law's delay,
The insolence of office, and the spurns
That patient merit of th' unworthy takes,
When he himself might his quietus make
With a bare bodkin? Who would these fardels bear,
To grunt and sweat under a weary life,
But that the dread of something after death —
The undiscover'd country, from whose bourn
No traveller returns — puzzles the will,
And makes us rather bear those ills we have
Than fly to others that we know not of?
Thus conscience does make cowards of us all,
And thus the native hue of resolution
Is sicklied o'er with the pale cast of thought,
And enterprises of great pith and moment
With this regard their currents turn awry
And lose the name of action...
*
*
«Ser ou não ser, eis a questão! O que será mais nobre para o espírito humano: sofrer os ataques e as frechadas da fortuna adversa, ou pegar em armas contra um mar de dores e, enfrentando-as, pôr-lhes termo? Morrer... dormir; mais nada! E dizer que se acaba com as penas do coração e mil choques de que é herdeira a carne! Eis um fim a desejar ardentemente. Morrer... dormir! Dormir... Sonhar talvez! Aí é que está o problema! Porque há que pensar nos sonhos que virão nesse sono da morte, quando nos libertarmos desta mortal crisálida! É este raciocínio que nos leva à desgraça de uma vida tão longa! Pois quem suportaria as chicotadas e o desprezo do mundo, a injúria do opressor, a afronta do soberbo, as ferroadas do amor incompreendido, as delongas da justiça, a insolência dos funcionários e o coice que o mérito paciente recebe dos indignos, quando se podia buscar repouso com a ponta de um punhal? Quem aguentaria tão pesado fardo, gemendo e suando, sob o peso de uma vida tão trabalhosa, se não fosse o pavor do que existe para lá da morte — essa região desconhecida cujas fronteiras nenhum viajante volta a atravessar —, temor que embaraça a vontade e nos obriga a suportar os males que conhecemos, em vez de corrermos para outros de que não sabemos nada? Assim a consciência faz cobardes de nós todos, e assim o primeiro impulso da reolução esfuma-se no pensamento, e as tentativas de força e energia, perante este raciocínio, mudam o seu curso e perdem o nome de acção...» (tradução de Ricardo Alberty).
No dia 19 de Dezembro de 1688, Guilherme III de Nassau entrou em Londres, vindo a tornar-se rei de Inglaterra, da Escócia e da Irlanda.
Guilherme III (Haia, 1650 - Londres, 1702) era filho de Guilherme II, stathouder das Províncias Unidas, a quem sucedeu no cargo em 1672, quando Luís XIV invadiu a Holanda. Resistiu heroicamente, obtendo uma paz honrosa em Nimègue (1678). Em 1677 casara com Maria de Inglaterra, sua prima e filha do futuro Jaime II. Consagrou desde então toda a sua energia a organizar a luta da Europa contra Luís XIV.
Quando Jaime II se aliou à França, Guilherme desembarcou em Inglaterra (1688) e destronou-o, com o apoio popular. Em 1689, Guilherme III e Maria II são proclamados conjuntamente rei e rainha de Inglaterra. Depois de submeter a Irlanda católica (Batalha de Boyne e cerco de Londonderry, 1690), entrou na coligação contra a França, desencadeada a Guerra do Palatinado, e vence em La Hougue (1692). Derrotado em Steinkerque (1692) e Newinde (1693), consegue, entretanto, pela paz de Ryswick (1697), que Luís XIV o reconheça como rei da Inglaterra, assegurando a sucessão ao trono de um príncipe protestante pelo «Acto de Estabelecimento» (1701).
Porém, Luís XIV reconheceu Jaime III rei de Inglaterra e recomeçou a guerra (1702). Continuando a ser stathouder das Províncias Unidas, mal adaptado aos costumes ingleses e bastante impopular devido aos pesados impostos que lançou para sustentar a guerra, Guilherme veio a morrer na sequência da queda de um cavalo quando acabava de formar contra a França a «Grande Aliança», originada na crise da sucessão ao trono da Espanha, ocupado pelo débil Carlos II.
Guilherme III, representado numa estátua
do Palácio de Kensignton