Quinta-feira, 20 de Março de 2008
O actor inglês (Hurstpierpoint, West Sussex, 21.1.1922 – ibid., 19.3.2008) Paul Scofield iniciou a sua carreira no teatro, onde se distinguiu sobretudo nas interpretações de personagens de Shakespeare. Em 1955, estreou-se no cinema em That Lady, de Terence Young. Em 1966, o seu trabalho como Thomas More em A Man For All Seasons (1966, de Fred Zinneman) projectou-o para o reconhecimento internacional, tendo sido distinguido com um Óscar. Escolhido por Peter Brook para integrar o elenco de Tell Me Lies (1968) e King Lear (1971), dos trinta e tantos filmes em que participou, refiram-se ainda The Train (1964, de John Frankenheimer e Arthur Penn), Bartleby (1970, de Anthony Friedman), Scorpio (1973, de Michael Winner), A Delicate Balance (1973, de Tony Richardson), Henry V (1989, de Kenneth Brannagh), Hamlet (1990, de Franco Zeffirelli), Utz (1992, de George Sluizer), Quiz Show (1994, de Robert Redford) pelo qual foi nomeado para o Óscar de Melhor Actor Secundário, e The Crucible (1996, de Nicholas Hytner), onde mais vez atraiu as atenções, tendo recebido pelo seu desempenho o prémio BAFTA. De salientar também a sua participação na mini-série televisiva Martin Chuzzlewit (1994, dirigida por Pedr James).
Paul Scofield em A Man For All Seasons, de Fred Zinnemann
Fotógrafo britânico (Rhuddlan, País de Gales, 18.2.1936 – Inglaterra, 19.3.2008) que começou a sua carreira como free-lance no Observer, em 1962. Fez a cobertura da guerra da Argélia em 1962, tendo depois viajado e vivido na África central. Entre 1966 e 1971 esteve no Vietname, sobre cuja guerra e respectivas consequências entre a população civil produziu diversas obras, como Agent Orange: Collateral Damage in Viet Nam (fotografias disponíveis no link capa do livro). Ligado à Agência Magnum, primeiro como associado e depois como membro, fez a cobertura da guerra do Yom-Kippur, em 1973, seguindo para o Cambodja em 1975 e para a Tailândia, onde permaneceu entre 1977 e 1980, ano em que parte para Nova Iorque para assumir durante cinco anos a chefia da Magnum.
Terça-feira, 18 de Março de 2008
Realizador, argumentista e produtor cinematográfico inglês de ascendência italiana (Ryde, Ilha de Wight, 6.1.1954 – Londres, 18.3.2008). Depois de frequentar a Universidade de Hull, foi docente universitário e ganhou notoriedade como dramaturgo, tenho sido distinguido, em 1984, com o London Theater Critics Award para os talentos emergentes, e consagrado, dois anos depois, pela peça Made in Bangkok. Como realizador, a sua carreira começou em 1990 com o filme Truly Madly Deeply (por cujo argumento recebeu um prémio BAFTA -- British Academy of Film and Television Arts Award), a que se seguiria Mr. Wonderful (1993), protagonizado por Matt Dillon. Três anos depois surgiria The English Patient, baseado no romance de Michael Ondaatje, um filme que arrebatou 9 Óscares, incluindo o de Melhor Realizador. No mesmo filme, Juliette Binoche arrecadaria o Óscar para Melhor Actriz Secundária, mas houve outros actores nomeados: Ralph Fiennes e Kristin Scott Thomas. De 1999 é The Talented Mr. Ripley, adaptação do romance de Patrícia Highsmith, com Matt Damon, Gwyneth Paltrow, Cate Blanchett, Jude Law (nomeado para os Óscares, receberia o prémio BAFTA), Philip Seymour Hoffman e Jack Davenport. Em 2000, passaria ao cinema Play, de Beckett. Com Cold Mountain (2003) regressaria a Jude Law, que contracenou com Nicole Kidman e Renée Zellweger, que aliás recebeu o Óscar para Melhor Actriz Secundária pelo seu desempenho. Jude Law encabeçou ainda o elenco de Breaking and Entering (2006). Anthony deixou pronto (2008) um outro filme, cujo argumento se baseia numa história de Alexander McCall Smith e cuja acção se desenrola no Botswana: The No. 1 Ladies Detective Agency.
Em 2001, Minghella, que se considerava mais escritor que cineasta, mas também dirigiu o British Film Institute, foi feito CBE (Commander of the British Empire) por ocasião do aniversário da Rainha.