Retirado daqui:
Longlist da Melhor Capa de Gastronomia
1. A Cozinha Italiana de Augusto Gemelli, Augusto Gemelli, A Esfera dos Livros.
2.Portal Portugal 2008. Guia de Vinhos Portugueses & Estrangeiros, Tiago Teles, Pedro Gomes
3. Vinhos de Portugal 2008, João Paulo Martins, Livros d'Hoje
4. A Ferver, Aventuras e desventuras de um cozinheiro amador, Bill Buford, Sextante
5.A Bíblia Contada pelos Sabores, Albano Lourenço, Assírio & Alvim
6.Sabores do Índico - receitas da cozinha moçambicana, Maria Fernanda Sampaio, Assírio & Alvim
7.Com os Copos, Miguel Esteves Cardoso, Assírio & Alvim
8. Cozinha Para Homens - a honesta volúpia, Alfredo Saramago, Assírio & Alvim
9. Puro Chèvre - Receitas c/ queijo de cabra..., Adolfo Henriques, Assírio & Alvim
10.Sabores Judaicos — Trás-os-Montes, Graça Sá-Fernandes/Naomi Calvão, Assírio & Alvim
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Gastrónomo e publicista português (Arronches, 1938 - Lisboa, 25.5.2008). Figura controversa nos meios da especialidade, publicou diversos livros sobre gastronomia das várias regiões do país (Cozinha da Beira Interior, Cozinha da Beira Litoral, Cozinha Algarvia, Cozinha Alentejana, Cozinha do Minho, Cozinha Transmontana). Era director da revista Épicur.
Algumas outras obras (editadas pela Assírio e Alvim): Doçaria dos Conventos de Portugal (1997), Para uma História da Alimentação no Alentejo (1997), Para uma História da Alimentação de Lisboa e seu Termo (2004), Cozinha Para Homens - a honesta volúpia (2007)
Numa altura em que a globalização permite o acesso a produtos de todas as formas e de todos os lugares, banalizando a sua origem e a sua importância no património cultural dos países e regiões, um livro como Queijos Portugueses e um Olhar Gastronómico sobre Famosos Queijos Europeus surge como uma peça fundamental na viagem até à origem dos nossos queijos e sua aplicação na nossa culinária.
Foi classificado pela Academia Portuguesa de Gastronomia como um livro elaborado de forma cuidada e criteriosa nas suas três vertentes mais importantes: gastronómica, cientifica e visual.
O livro Ervas e Mezinhas - na cozinha e na saúde, de M. Margarida Pereira-Müller, publicado pelas Edições Colares, foi distinguido com o Prémio Gourmand.
Mais informações e pormenores aqui.
Formigos ou Mexidos
3 a 4 fatias de pão de forma;
1,5 dl de leite;
125 g de açúcar;
75 g de amêndoas peladas;
50 g de corintos sem grainhas;
4 gemas;
1 cálice de vinho do Porto;
canela.
Parta o pão em bocados e regue com o leite morno. Leve o açúcar ao lume
com 1 dl de água e deixe ferver só o tempo necessário para obter um
ponto fraco. Escorra o leite que não foi absorvido e desfaça o pão com
a varinha. Junte ao açúcar, espalhe-o na calda (em movimentos suaves
para não se queimar) e deixe ferver 5 minutos. Adicione metade das
amêndoas grosseiramente raladas e os corintos, e deixe apenas levantar
fervura. Desfaça as gemas no vinho do Porto e junte ao preparado
anterior. Leve ao lume e, sem ferver, deixe espessar um pouco. Retire
os formigos do calor, deite-os no prato de serviço, polvilhe com canela
e espalhe por cima as restantes amêndoas em falhas e ligeiramente
torradas.
Nota: se o doce ficar muito espesso, junte-lhe um pouco de água a
ferver.
Como esta conversa e estas receitas só vêm a propósito nos fins do ano,
aproveito para desejar a todos um próximo ano muito rico em bons aromas
e bons sabores e outras coisas boas que eu sei que merecem.
Queijos Portugueses
e um olhar gastronómico sobre famosos queijos europeus
de Maria de Lourdes Modesto e Manuela Barbosa
*
Fotografias de António Duarte Mil-Homens
Paginação e concepção gráfica de Magda Macieira Coelho
Peitinhos de Frango com Boursin
Para este prato dê preferência a peitinhos de frangos do campo, se
possível, biológicos.
Para 4 pessoas:
4 peitinhos de frango com cerca de 125 g cada;
sal e pimenta preta;
2 limões;
1 Boursin com ervas;
8 tiras de bacon;
2 colheres de sopa de manteiga;
2 colheres de sopa de natas.
De véspera tempere os peitinhos com sal, pimenta e o sumo e a raspa dos
limões. Conserve no frigorífico.
No dia seguinte, escorra os peitinhos da marinada, coloque-os sobre a
tábua e, sem separar, abra cada peitinho ao meio na horizontal (fazendo
uma bolsa). Tempere com sal e pimenta. Trabalhe o Boursin em creme e
divida-o em 5 partes. Molde 4 partes em rolo e introduza um rolo em
cada peitinho. Envolva cada peitinho com duas tiras de bacon e
ponha-os num tabuleiro de forno onde caibam à justa, ajeitando-os para
não deixar sair o recheio. 25 minutos antes de servir, disponha uma
nozinha de manteiga sobre cada peitinho e leve a cozer em forno médio
(180ºC).
Num tachinho, junte a marinada com o líquido e o queijo que os
peitinhos tenham largado, junte a 5.ª parte de queijo e as natas e leve
ao lume, a ferver, batendo com uma vara de arames. Mantenha este molho
quente.
Disponha os peitinhos sobre uma camada de tagliateli cozida e acompanhe
com tomates cereja salteados, folhas de alfaces variadas e triângulos
de massa filo com sementes de sésamo ou de papoila. Sirva o molho à
parte.
Variantes: substitua os limões por limas, reduzindo um pouco a
quantidade de sumo.
Substitua o Boursin por um queijo de Cabra cremoso, junte bastante
cebolinho e um pouco de rábano picante em pasta (horseradish), sal e
pimenta preta.
«Um país também se define pela sua gastronomia. Nela se reflectem os vários aspectos da sua tradição agrícola e nela se exprimem os matizes do gosto colectivo que definem modos de viver e de conviver. Nela se imprimem singularidades geográficas, tonalidades climáticas. Nela se incorpora a História. Nela vive o espírito do lugar.»
do texto sobre Maria de Lourdes Modesto em ANNUALIA 2006-2007
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O património de um país, de uma cidade ou de uma famíllia, é o resultado de uma energia criativa ditada por circunstâncias de vária ordem, mas também de um impulso de persistência. A duração não tem que ver apenas com a natureza dos materiais.
Texto no volume Annualia 2007-2008