Fotógrafo norte-americano (Plainfield, New Jersey, 16.6.1917 - Manhattan, Nova Iorque, 7.10.2009), irmão do realizador Arthur Penn. Um dos seus primeiros empregos, durante umas férias, foi a desenhar modelos de sapatos na Harper's Bazaar. Foi depois director artístico da revista Juniors League e trabalhou para os armazéns Saks Fifth Avenue. Pondo de lado a sua ambição de se tornar pintor, começou a colaborar na escolha das fotografias de capa da Vogue. Em breve (1947) se estreou, ele próprio, como fotógrafo na mesma revista, com a qual continuou a colaborar toda a sua vida. Notabilizando-se como fotógrafo de moda, Irving Penn trabalhou também em publicidade e em reportagem, mas deixando também a sua marca no domínio do retrato, como testemunha a célebre fotografia de Picasso, de 1957 (abaixo). Em paralelo com os trabalhos para a Vogue, nos anos 60, Penn assinou reportagens muito importantes, em Paris, sobre diversas colecção de alta costura, e, simultaneamente, desenvolveu uma actividade menos comercial, ao adoptar a impressão em chapas de platina. Muitas dessas fotografias figuram hoje em diversos museus do mundo. Penn realizou também diversos trabalhos na área da fotografia etnográfica, iniciados no Peru, em 1948, mas que passaram depois por viagens pelo Daomé (hoje Benim) e por Marrocos. Alguns títulos da sua obra em livro: Moments preserved (1960), World in a small room (1974), Inventive Paris clothes (1977), Flowers (1980), Passage (1991), Regards:the work of Issey Miyake (1999), Still Life (2001), Earthly bodies (2002), A Notebook at Random (2004). Bibliografia completa aqui.
Picasso, 1957
Fotógrafo francês (Paris, 14.10.1910 - ibid., 12.9.2009) que se distinguiu pelos seus expressivos instantâneos do quotidiano parisiense do pós-guerra, e cuja carreira, internacionalmente distinguida, foi paralela à dos seus contemporâneos Robert Doisneau e Cartier-Bresson. Os três integraram, aliás, logo em 1953, o grupo de fotógrafos franceses expostos pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Medalha de Ouro na Bienal de Veneza em 1957, Ronis foi galardoado, em 2007, com um Lucie Award, em Nova Iorque, pela sua carreira. Em França recebeu o oficialato da Ordem de Mérito Nacional.
Willy Ronis de viva voz aqui.
Ver fotos aqui.
Fotógrafo e cineasta francês de ascendência espanhola (França, 1955- El Salvador, 2009), cuja carreira como fotojornalista se iniciou com uma reportagem sobre a Frente Polisário, tendo sido correspondente de vários jornais e outros meios de comunicação durante a guerra civil salvadorenha, entre 1980 e 1992. Poveda realizara um documentário (estreado em 2008 no festival de San Sebastián), intitulado La Vida Loca, sobre a vida das «maras», bandos de jovens criminosos e traficantes. O filme de Poveda centrara-se em particular numa delas, «La Dieciocho», que se pensa estar directamente envolvido no seu assassínio. As maras nasceram nos bairros hispânicos de Los Angeles e estenderam-se depois a várias regiões da América Central, sendo alguns dos seus membros antigos prisioneiros nos EUA. Poveda dirigiu em 1999 (com Nick Fraser) o documentário Journey to the Far Right e, em 2005, com Jean-Marc Barbieux, o filme para televisão Strip de Velours. Em 2004 fotografara Mathilde au matin, de Maria de Medeiros.
Fotógrafo holandês (Hilversum, Holanda, 6.7.1941 – Hong-Kong, 15.5.2009) tornado célebre pelas fotografias da queda de Saigão, em 1975. Uma delas, mostrando um helicóptero americano a realizar uma manobra de evacuação, tornou-se mesmo uma das imagens mais usadas para ilustrar o fim da guerra do Vietname, embora no momento Van Es pensasse que o edifício era o da embaixada americana, pelo que a fotografia correu mundo com uma interpretação inexacta.
Van Es começou a trabalhar como fotógrafo, em 1959, para uma agência holandesa. Em 1967, foi trabalhar para o South China Morning Post, em Hong-Kong, onde permaneceu o resta da vida. Em 1969, integrou a equipa de fotógrafos da Associated Press a trabalhar em Saigão. Entre 1972 e 1975 fez a cobertura dos anos finais da guerra ao serviço da United Press International. Posteriormente, fez outros trabalhos de envergadura, nas Filipinas e no Afeganistão, onde foi um dos primeiros a fotografar a invasão soviética.
Realizador inglês e director de fotografia inglês (Yarmouth, Norfolk, 18.9.1914 – Cambridgeshire, 22.4.2009). Considerado um dos mais competentes operadores de câmara ingleses (Óscar da Melhor Fotografia por Black Narcissus, 1947, de Michael Powell/Emeric Pressburger). Entre os filmes em trabalhou contam-se: A Matter of Life and Death (1946) e The Red Shoes (1948), ambos da dupla Michael Powell/Emeric Pressburger, The African Queen (1951, de John Huston), The Barefoot Contessa (1954, de Joseph L. Mankiewicz), The Prince and the Showgirl (1957, de Laurence Olivier) ou Fanny (1961, de Joshua Logan), 1961. Passou à realização (sem nunca abandonar a fotografia) com The Story of William Tell (1953), a que se seguiram filmes como Intent to Kill (1958), Beyond this Place (1959), Sons and Lovers (1960), My Geisha (1962), The Lion (1962), The Long Ships (1964), Young Cassidy (1965), The Liquidator (1965), The Girl on a Motorcycle (1968), The Mercenaries (1968), Penny Gold (1973), The Mutations (1974).
Esta fotografia, intitulada «The Kiss of Life», representa a tentativa desesperada de salvamento e valeu a Rocco Morabito (Port Chester, Nova Iorque, 1920 - Jacksonville, 5.4.2009), do Jacksonville Journal, o prémio Pulitzer, em 1968.
Fotógrafo de origem austríaca (Viena, 14.6.1929 – Paris, 22.1.2009), foi para Nova Iorque ainda criança, aí desenvolvendo a sua paixão pela fotografia. Após a II Guerra Mundial regressou à Europa, dirigindo a sua objectiva para a actividade cinematográfica, fotografando numerosos filmes e tornando-se um dos que imortalizou diversas estrelas de cinema dos anos 50 e 60, entre os quais Marlon Brando, Paul Newman ou Audrey Hepburn. Em meados dos anos 60, tornou-se produtor nos Universal Studios. Entre os 14 filmes de que foi produtor, contam-se Gambit (1966, de Ronald Neame), The Secret War of Harry Frigg (1968, de Jack Smight), A Fine Pair (1969, de Francesco Maselli), La Mandarine (1972, de Edouard Molinaro), Le Mouton Enragé (1974, de Michel Deville) e Malone (1987, de Harley Cokeliss).
Fotógrafo americano (Pasadena, Califórnia, 1928 - Los Angeles, 11.10.2008).
Steve McQueen (1964)
John Coltrane (1960)
Duke Ellington (1958)
Chet Baker (1954)
Frank Sinatra
Natalie Wood
Mary Quant
Fotógrafo americano de origem húngara, irmão mais novo do célebre Robert Capa, fundador da Agência Magnum (Budapeste, 14.4.1918 - Nova Iorque, 23.5.2008). Em Nova Iorque desde 1937, trabalhou para a revista LIFE e, em 1954, tornou-se membro da Agência Magnum. Nessa qualidade visitou a União Soviética e fez a cobertura da Guerra dos Seis Dias, em Israel. Recusando sempre o estatuto de repórter de guerra (que o irmão sobretudo foi) centrou o seu trabalho na vida americana, da política aos temas sociais, e dedicou especial atenção à pobreza na América Latina. Em 1966 fundou o International Fund for Concerned Photography em memória do seu irmão e de outros fotojornalistas que perderam a vida em trabalho. Essa esperiência levou-o à criação, em 1974, do International Center of Photography, em Nova Iorque, de que foi director ao longo de 20 anos, ao fim dos quais foi nomeado Director Emérito. As numerosas distinções de que Cornell Capa foi alvo incluem
o Prémio Honorário da American Society of Magazine Photographers (1975); a Medalha Leica de Excelência (1986); o Prémio Paz e Cultura da Sokka Gakkai International, Japão (1990); a Ordem das Artes e Letras, França (1991); o Prémio de Carreira dos Photography Award dos Friends of Photography (1995); Membro Honorário da ASMP (1995); e o Prémio de Carreira na Fotografia da Aperture Foundation (1999).