Quinta-feira, 29 de Maio de 2008

Datas perdidas

A conquista de Constantinopla pelos Turcos Otomanos chefiados por Maomé II, a 29 de Maio de 1453, representou o fim do Império Romano do Oriente e, para muitos, assinala o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna.

A antiga Bizâncio, tomou o nome de Constantinopla, «cidade de Constantino», quando este imperador resolveu transformá-la numa nova Roma (323-330), para a qual transferiu a sede do Império e onde passou a residir. Tornou-se, mais tarde (395), a capital do Império Romano do Oriente ou Império Bizantino.

Constantinopla gozou de um estatuto especial desde o tempo de Constantino, que confiara a sua administração a um «arconte», ao qual dera, posteriormente, o título de «procônsul». O imperador Constâncio transferiu as suas funções para um «prefeito da cidade», que se manteve durante todo o Império, membro do Senado, dispunha de jurisdição civil e criminal sobre a cidade e arredores.

Em 29.5.1453, Constantinopla caiu em poder dos Turcos com todo o Império. A autoridade soberana, política e religiosamente, passou a ser o «sultão», Senhor absoluto, dotado de poderes ilimitados, governando através dos «quatro pilares do Estado», os seus ministros, o primeiro dos quais é o «grão vizir», seu lugar-tenente e chefe supremo de todos os serviços administrativos.

Com a conquista, os turcos bloquearam as milenares rotas de comércio entre a Europa e o Oriente.

 

 

publicado por annualia às 08:34
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Quarta-feira, 28 de Maio de 2008

Centenário de Ian Fleming

Escritor britânico (Mayfair, Londres, 28.5.1908 - Cantuária, Kent, 12.8.1964), criador da série de romances de espionagem cujo herói é James Bond, agente secreto 007, que o cinema viria a celebrizar. Fleming foi jornalista, corretor, e trabalhou para os serviços secretos britânicos. A primeira aventura de James Bond foi Casino Royale (1953), a que se seguiram entre outros: Live and Let Die (1954), From Russia, With Love (1957), Doctor No (1958), Goldfinger (1959), Thunderball (1961), On Her Majesty's Secret Service (1963), You Only Live Twice (1964). O seu livro para crianças, centrado num carro mágico, Chitty-Chitty-Bang-Bang, foi também passado para o cinema por Ken Hughes, em 1968.

 

 

Dr-No-1st-edition-dust-wrapperFleming-goldfinger-1st-edition-books-bkkDiamons-are-forever-1st-edition-ian-flemingThe-Man-With-The-Golden-Gun-books-bkk

 

 

 

publicado por annualia às 10:51
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Terça-feira, 27 de Maio de 2008

Sydney Pollack (1934 - 2008)

 

Realizador, actor e produtor americano (Lafayette, Indiana, 1.7.1934 - Pacific Palisades, Los Angeles, 26.5.2008). Estudou teatro, andou pela televisão (dirigiu episódios de Dr. Kildare e O Fugitivo) e estreou-se no cinema em 1965, iniciando uma carreira brilhante. Deambulando por diversos géneros, enriquecendo cada um deles, cineasta com «oficina», Pollack dirigiu sempre grandes actores com grande eficácia, em especial Robert Redford, presente em This Properthy is Condemned (1966), Jeremiah Johnson (1972), The Way We Were (1973, com Barbara Streisand), The Electric Horseman (1979), Three Days of the Condor (1975, com Faye Dunaway) e finalmente no muito premiado Out of Africa (1985, com Meryl Streep). Mas o êxito vinha já da época de They Shoot Horses, don’t they? (1969, Os Cavalos também se Abatem) e tinha já atingido um momento particularmente significativo com Tootsie (1982, com Dustin Hoffman).
Outros filmes: The Scalphunters (1968), Castle Keep (1968), The Yakuza (1975), Bobby Deerfield (1977), Absence of malice (1981), Havana (1990), The Firm (1993), Sabrina (1995), Random Hearts (1999), The Interpreter (2005).

publicado por annualia às 10:44
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Segunda-feira, 26 de Maio de 2008

Feira do Livro

 

 

 

 

 

A Editorial Verbo marca como habitualmente a sua presença na Feira do Livro, que decorre no Parque Eduardo VII até dia 15 de Junho, com cinco pavilhões: Edições Gerais, Dicionários e Enciclopédias, Edições Juvenis, Edições Infantis e um no espaço Infanto-Juvenil.

Se ainda não o fez, pode adquirir o seu exemplar de ANNUALIA na Feira do Livro.

Um dos pontos fortes da Feira do Livro é a possibilidade que proporciona aos leitores de conhecer os seus autores favoritos e obter um exemplar autografado dos seus livros. Aqui a lista dos nossos autores que irão participar na Feira:

Margarida Góis, 24 de Maio, 16h30

Maria do Rosário Pedreira, 25 de Maio, 16h30

Nuno Magalhães Guedes, 31 de Maio; 16h00; 8 de Junho, 16h00; 10 de Junho, 16h00

Maria da Conceição Ferreira, 31 de Maio, 16h30

Joaquim Veríssimo Serrão, 31 de Maio, 17h30

Margarida Castel-Branco e Carla Antunes, 1 de Junho, 14h30

Maria Isabel Mendonça Soares, 1 de Junho, 16h00

Paula Castro Rosa, 7 de Junho, 16h00

Maria Teresa Maia Gonzalez, 7 de Junho, 18h00

Maria de Lourdes Modesto, 8 de Junho, 17h30

João César das Neves, 10 de Junho, 17h30
 

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Alfredo Saramago (1938-2008)

Gastrónomo e publicista português (Arronches, 1938 - Lisboa, 25.5.2008). Figura controversa nos meios da especialidade, publicou diversos livros sobre gastronomia das várias regiões do país (Cozinha da Beira Interior, Cozinha da Beira Litoral, Cozinha Algarvia, Cozinha Alentejana, Cozinha do Minho, Cozinha Transmontana). Era director da revista Épicur.

Algumas outras obras (editadas pela Assírio e Alvim): Doçaria dos Conventos de Portugal (1997), Para uma História da Alimentação no Alentejo (1997), Para uma História da Alimentação de Lisboa e seu Termo (2004), Cozinha Para Homens - a honesta volúpia (2007)


publicado por annualia às 12:43
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Visita a Marte

 Success!

A nave espacial Phoenix, lançada pela NASA, aterrou com êxito numa região do pólo norte de Marte, perto de um local onde se pensa existir gelo. A fotografia, tirada pela Phoenix depois da aterragem, mostra uma das pernas sobre a superfície marciana.

Em baixo, uma visão do que será o aspecto da Phoenix depois de aterrar em Marte.

 Phoenix on the Red Planet, Artist

 

publicado por annualia às 10:24
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Domingo, 25 de Maio de 2008

Prémios do Festival de Cannes


Júri: Sean Penn (presidente, realizador), Jeanne Balibar (actriz), Rachid Bouchareb (realizador), Sergui Castellito (actor), Alfonso Cuarón (realizador), Alexandra Maria Lara (actriz), Natalie Portman (actriz), Marjane Satrapi (realizadora), Apichatpong Weerasethkul (realizador).

LONGAS-METRAGENS


Palma de Ouro


Entre les murs, de Laurent Cantet

Grande Prémio

Gomorra, de Matteo Garrone

Prémio do 61.º Festival de Cannes ex-aequo
Catherine Deneuve por Un Conte de Noël, de Arnaud Desplechin
Clint Eastwood por The Exchange

Prémio de Melhor Realizador

Üç Maymun (Três Macacos), de Bilge Ceylan

Prémio do Júri
Il Divo, de Paolo Sorrentino

Prémio de Melhor Interpretação Masculina

Benicio Del Toro em Che, de Steven Soderbergh

Prémio de Melhor Interpretação Feminina
Sandra Corveloni em Linha de Passe, de Walter Salles e Daniela Thomas

Prémio de Melhor Argumento
Le Silence de Lorna, de Jean-Pierre et Luc Dardenne
 

CURTAS-METRAGENS


Júri: Hsiao Hsien Hou (presidente, realizador), Olivier Assayas (realizador), Susanne Bier (realizadora), Laurence Kardish (curador, MoMA).

Palma de Ouro
Megatron, de Marian Crisan

Prémio do Júri
Jerrycan, de Julius Avery
 


PRÉMIO CÂMARA DE OURO
Júri:

Bruno Dumont (presidente, realizador), Isabelle Danel (crítico), Jean-Michel Frodon (crítico), Monique Koudrine (Federação das Indústrias Tech), Willy Kurant (montador), Jan Henri Roger (realizador).

Hunger, de Steve McQueen

Menção Especial

Vse Umrut a Ja Ostanus (Morrem todos excepto eu) de Valeria Gaï


«UN CERTAIN REGARD»

Júri: Fatih Akin (realizador, presidente), Anupama Chopra (jornalista), Yasser Moheb (crítico), Catherine Mtsitouridze (jornalista), José maría Prado (Filmoteca espanhola).

Prémio «Un Certain Regard»
Tulpan, de Sergey Dvortsevoy

Prémio do Júri
Tokyo Sonata, de Kiyoshi Kurosawa

Prémio Sobressalto do Coração

Wolke 9, de Andreas Drese

Prémio K.O. de «Un Certain Regard»
Tyson, de James Toback

Prémio «Esperanças»

Johnny Mad Dog, de Jean-Stéphane SAUVAIRE

 

PRÉMIO CINEFUNDAÇÃO



1.º Prémio
Himnon (Hino), de Elad Keidan (Israel)

2.º Prémio
Forbach, de Claire Burger (França)

3.º Prémio

Stop, de Park Jae-ok (Coreia do Sul)
Kestomerkitsijät (A sinalização das estradas), de Juho Kuosmanen (Finlândia)
publicado por annualia às 14:30
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Cornell Capa (1918-2008)

Cornell Capa and Jackie Onassis

 

Fotógrafo americano de origem húngara, irmão mais novo do célebre Robert Capa, fundador da Agência Magnum (Budapeste, 14.4.1918 - Nova Iorque, 23.5.2008). Em Nova Iorque desde 1937, trabalhou para a revista LIFE e, em 1954, tornou-se membro da Agência Magnum. Nessa qualidade visitou a União Soviética e fez a cobertura da Guerra dos Seis Dias, em Israel. Recusando sempre o estatuto de repórter de guerra (que o irmão sobretudo foi) centrou o seu trabalho na vida americana, da política aos temas sociais, e dedicou especial atenção à pobreza na América Latina. Em 1966 fundou o International Fund for Concerned Photography em memória do seu irmão e de outros fotojornalistas que perderam a vida em trabalho. Essa esperiência levou-o à criação, em 1974, do International Center of Photography, em Nova Iorque, de que foi director ao longo de 20 anos, ao fim dos quais foi nomeado Director Emérito. As numerosas distinções de que Cornell Capa foi alvo incluem

o Prémio Honorário da American Society of Magazine Photographers (1975); a Medalha Leica de Excelência (1986); o Prémio Paz e Cultura da Sokka Gakkai International, Japão (1990); a Ordem das Artes e Letras, França (1991); o Prémio de Carreira dos Photography Award dos Friends of Photography (1995); Membro Honorário da ASMP (1995); e o Prémio de Carreira na Fotografia da Aperture Foundation (1999).

 

 

 

 

publicado por annualia às 11:40
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Quarta-feira, 21 de Maio de 2008

Bartolomeu Cid dos Santos (1931-2008)

 

Pintor e gravador português (Lisboa, 1931 - Londres, 21.5.2008). Formado pela Slade School, de Londres, aí exerceu docência desde 1961. Em 1969 dirigiu um curso de gravura na Universidade de Wisconsin. Esteve também, como professor visitante, na Suécia (1977 e 1978), em Lahore, Paquistão (1986 e 1987), e em Macau. A sua obra, de grande rigor técnico, procura frequentemente temas de inspiração literária, utilizando uma notável economia de meios. Recebeu o Prémio de Gravura na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian em 1961. É autor de painéis da estação de metropolitano de Entrecampos.

 

 

 

 

 

publicado por annualia às 16:13
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Terça-feira, 20 de Maio de 2008

20 de Maio de 1498: chegada de Vasco da Gama a Calecute, Índia

Já a manhã clara dava nos outeiros
Por onde o Ganges murmurando soa,
Quando da celsa gávea os marinheiros
Enxergaram terra alta pela proa.
Já fora de tormenta, e dos primeiros
Mares, o temor vão do peito voa.
Disse alegre o piloto Melindano:
«Terra é de Calecu, se não me engano».

«Esta é por certo a terra que buscais
Da verdadeira Índia, que aparece;
E se do mundo mais não desejais,
Vosso trabalho longo aqui fenece.»
Sofrer aqui não pode o Gama mais,
De ledo em ver que a terra se conhece:
Os geolhos no chão, as mãos ao céu,
A mercê grande a Deus agradeceu.

 

Luís de Camões, Os Lusíadas, Canto VI

 

publicado por annualia às 11:04
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Centenário de James Stewart

Actor americano (Indiana, Pensilvânia, 20.5.1908 - Los Angeles, 2.7.1997). Licenciado em Arquitectura pela Universidade de Princeton, integrou com Joshua Logan, Henry Fonda e Margaret Sullivan a compa­nhia teatral University Players (Massachusetts).
No cinema revelou-se um actor de qualidades dramáticas excepcionais, em que o seu estilo muito próprio não constituiu obstáculo à versatilidade desde a interpretação heróica de Mr. Smith Goes to Washington (1940, de Frank Capra) à intensidade de Rear Window (1954, de Hitchcock), do repórter de Philadelphia Story (1941, de George Cukor), premiado com um Óscar, aos vários westerns, por exemplo The Man from Laramie (1955, de Anthony Mann) ou The Man Who Shot Liberty Valance (1962), sem esquecer o clássico «filme-de­-tribunal» Anatomy of a Murder (1960, de Otto Preminger) ou a comédia You Can’t Take It with You (1938, de Frank Capra) e o musical Pot o’Gold (1941, de George Marshall).
Distinguido, em 1985, com um Óscar honorário, James Stewart foi um dos actores mais respeitados do cinema.
 
Outros filmes:
Born to Dance (1936, de Roy Del Ruth)
The Shop Around the Corner (1940, de Ernst Lubitsch)
The Mortal Storm (1940, de Frank Borzage)
Come Live With Me (1941, Clarence Brown)
It’s a Wonderful Life (1947, de F. Capra)
Small Town Girl (1947, de William Wellman)
Rope (1948, de Hitchcock)
Call Northside 777 (1948, de Henry Hathaway)
Winchester ’73 (1950, de A. Mann)
Broken Arrow (1950, de Delmer Da­ves)
Harvey (1951, de Henry Koster)
No Highway in the Sky (1951, de H. Koster)
Bend of the River (1952, de A. Mann)
The Naked Spur (1953, de A. Mann)
Thunder Bay (1953, A. Mann)
The Glenn Miller Story (1953, A. Mann)
The Man who Knew too Much (1956, de Hitchcock)
The Spirit of Saint Louis (1957, de B. Wilder)
Vertigo (1958, de Hitchcock)
Bell, Book and Candle (1958, de Richard Quine)
Two Rode Together (1961, de J. Ford)
Mr. Hobbs Takes a Vacation (1962, de H. Koster)
How the West Was Won (1962, de Henry Hathaway, John Ford e George Marshall)
Take Her, She’s Mine (1963, de H. Koster)
Cheyenne Autumn (1964, de J. Ford).
 
James Stewart Photo Enlargement

Mr Smith Goes to Washington

The Flight of the Phoenix

Vertigo

The Man Who Knew Too Much 

 

publicado por annualia às 07:58
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Segunda-feira, 19 de Maio de 2008

Manoel de Oliveira recebeu a Palma de Ouro do Festival de Cannes pelo conjunto da sua obra

 

© AFP

 

No ano em que celebra o seu 100.º aniversário, Manoel de Oliveira foi distinguido com a Palma de Ouro para a Carreira do Festival de Cannes, que lhe foi entregue por um dos seus actores favoritos: Michel Piccoli.

 

Após a exibição da sua curta-metragem, A Day in the Life of Manoel de Oliveira, Gilles Jacob leu uma carta pessoaç, agradecendo e elogiando o cineasta pela sua contribuição para a Sétima Arte:


"Dear Manoel,
There's a story about you I just love. Supposedly, you said, "I've been lying about my age. I'm not one hundred years old; I'm three years older than that." If it's true, I say, hats off to you; if it's not true, it's even more delightful. In any case, it augurs well for this portrait of the artist as a young man. The world's great directors cringe before the deluge of interpretations that the exegetes rain down upon their oeuvre You, my dear friend, will not contradict me, I'm sure. Having begun making films before the advent of sound, you know the sweet price of silence. And you are also, in a way, the last of the pioneers. Indeed, the œuvre of the great cineastes is marked by its openness: to the world, to space, to time, and to the person, as well, and therefore to tranquility... You structure each of your films in opposition to the preceding one, a little game that makes you the most playful of directors. You have no fear of placing yourself in danger and, yet, it never fails: like the high-jumper you once were, you sail over the obstacle, the bar doesn't fall, you succeed. A mystery of freshness and vitality, you amaze us; we are in awe of you, even. You are always unpredictable. Your films, swimming in magnificent light and splendid women, need no explanations. One of your titles sums them up perfectly: The Uncertainty Principle. Strange and sublime metamorphoses recur in your work;
changements à vue, as they say in theater, changes in plain sight. This change in plain sight is coming over your face now: your eyes are sparkling with enjoyment, vitality, and the youthfulness of your soul. The thing is, your legendary modesty shrinks from having people talk about either you or your work. Too bad, dear Manoel, let me say this, and for a second, I shall be a bit serious. Too bad if I vex you, you who are the quintessence of cinéma d'auteur, as all lovers of the style will agree. There are certain figures in the history of art, creators who, for a time, embody the soul of a people, are emblematic of an entire country. Such artists are a boon to their countrymen, a blessing for the land. From the 1950s to the 1970s, Italy suffered the fate of having fifteen geniuses in practice. Fine, but what then? In Spain, the opposite was true, and without going back to the great Cervantes in literature, the role was played by Buñuel, followed by Almodóvar. And that was fine. In Portugal, there was Pessoa, but then there is also you. Please excuse me. I'll cite one single example of the Oliveira Touch. It's in I'm Going Home, with the great Michel Piccoli. Remember, every morning, his character goes to the same Paris café, sits down at the same table, and orders a cup of coffee, which he drinks as he reads Le Figaro. Then he leaves. Almost as soon as he gets up, another customer comes in, rushes to the same table, and reads Libération. Another day, after Piccoli is gone, the Libération reader hurries in as usual, but the table is already taken by another regular, who is riveted to Le Monde. What is it about this enchanted table that attracts such a varied sample of the daily press? ...The only thing one can be certain of is that there's no explanation. That's just the way it is. But the very fact that we asked ourselves all these questions, and smiled, is a revelation of our whole universe, my dear Manoel, and, in this representation, of the entire history of humanity. As I remarked before, you've been making films for quite a while. For sheer taste, your work invents, foretells, and accompanies the panorama of the history of cinema. And it is on these highly symbolic grounds, but because you are you – that is to say, a righteous man – that we are now going to award you the Palme d’Or. Not in honor of your seniority – heaven forbid! – but for the esteem and especially the admiration you inspire. Admiration for you as a filmmaker and as a man. In this particular case, they can never be separated. Take good care of yourself!

[www.festival-cannes.fr]

 

publicado por annualia às 11:27
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