A conquista de Constantinopla pelos Turcos Otomanos chefiados por Maomé II, a 29 de Maio de 1453, representou o fim do Império Romano do Oriente e, para muitos, assinala o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna.
A antiga Bizâncio, tomou o nome de Constantinopla, «cidade de Constantino», quando este imperador resolveu transformá-la numa nova Roma (323-330), para a qual transferiu a sede do Império e onde passou a residir. Tornou-se, mais tarde (395), a capital do Império Romano do Oriente ou Império Bizantino.
Constantinopla gozou de um estatuto especial desde o tempo de Constantino, que confiara a sua administração a um «arconte», ao qual dera, posteriormente, o título de «procônsul». O imperador Constâncio transferiu as suas funções para um «prefeito da cidade», que se manteve durante todo o Império, membro do Senado, dispunha de jurisdição civil e criminal sobre a cidade e arredores.
Em 29.5.
Com a conquista, os turcos bloquearam as milenares rotas de comércio entre a Europa e o Oriente.
Escritor britânico (Mayfair, Londres, 28.5.1908 - Cantuária, Kent, 12.8.1964), criador da série de romances de espionagem cujo herói é James Bond, agente secreto 007, que o cinema viria a celebrizar. Fleming foi jornalista, corretor, e trabalhou para os serviços secretos britânicos. A primeira aventura de James Bond foi Casino Royale (1953), a que se seguiram entre outros: Live and Let Die (1954), From Russia, With Love (1957), Doctor No (1958), Goldfinger (1959), Thunderball (1961), On Her Majesty's Secret Service (1963), You Only Live Twice (1964). O seu livro para crianças, centrado num carro mágico, Chitty-Chitty-Bang-Bang, foi também passado para o cinema por Ken Hughes, em 1968.
A Editorial Verbo marca como habitualmente a sua presença na Feira do Livro, que decorre no Parque Eduardo VII até dia 15 de Junho, com cinco pavilhões: Edições Gerais, Dicionários e Enciclopédias, Edições Juvenis, Edições Infantis e um no espaço Infanto-Juvenil.
Se ainda não o fez, pode adquirir o seu exemplar de ANNUALIA na Feira do Livro.
Um dos pontos fortes da Feira do Livro é a possibilidade que proporciona aos leitores de conhecer os seus autores favoritos e obter um exemplar autografado dos seus livros. Aqui a lista dos nossos autores que irão participar na Feira:
Margarida Góis, 24 de Maio, 16h30
Maria do Rosário Pedreira, 25 de Maio, 16h30
Nuno Magalhães Guedes, 31 de Maio; 16h00; 8 de Junho, 16h00; 10 de Junho, 16h00
Maria da Conceição Ferreira, 31 de Maio, 16h30
Joaquim Veríssimo Serrão, 31 de Maio, 17h30
Margarida Castel-Branco e Carla Antunes, 1 de Junho, 14h30
Maria Isabel Mendonça Soares, 1 de Junho, 16h00
Paula Castro Rosa, 7 de Junho, 16h00
Maria Teresa Maia Gonzalez, 7 de Junho, 18h00
Maria de Lourdes Modesto, 8 de Junho, 17h30
João César das Neves, 10 de Junho, 17h30
Gastrónomo e publicista português (Arronches, 1938 - Lisboa, 25.5.2008). Figura controversa nos meios da especialidade, publicou diversos livros sobre gastronomia das várias regiões do país (Cozinha da Beira Interior, Cozinha da Beira Litoral, Cozinha Algarvia, Cozinha Alentejana, Cozinha do Minho, Cozinha Transmontana). Era director da revista Épicur.
Algumas outras obras (editadas pela Assírio e Alvim): Doçaria dos Conventos de Portugal (1997), Para uma História da Alimentação no Alentejo (1997), Para uma História da Alimentação de Lisboa e seu Termo (2004), Cozinha Para Homens - a honesta volúpia (2007)
A nave espacial Phoenix, lançada pela NASA, aterrou com êxito numa região do pólo norte de Marte, perto de um local onde se pensa existir gelo. A fotografia, tirada pela Phoenix depois da aterragem, mostra uma das pernas sobre a superfície marciana.
Em baixo, uma visão do que será o aspecto da Phoenix depois de aterrar em Marte.
Júri: Sean Penn (presidente, realizador), Jeanne Balibar (actriz), Rachid Bouchareb (realizador), Sergui Castellito (actor), Alfonso Cuarón (realizador), Alexandra Maria Lara (actriz), Natalie Portman (actriz), Marjane Satrapi (realizadora), Apichatpong Weerasethkul (realizador).
Palma de Ouro
PRÉMIO CÂMARA DE OURO
Fotógrafo americano de origem húngara, irmão mais novo do célebre Robert Capa, fundador da Agência Magnum (Budapeste, 14.4.1918 - Nova Iorque, 23.5.2008). Em Nova Iorque desde 1937, trabalhou para a revista LIFE e, em 1954, tornou-se membro da Agência Magnum. Nessa qualidade visitou a União Soviética e fez a cobertura da Guerra dos Seis Dias, em Israel. Recusando sempre o estatuto de repórter de guerra (que o irmão sobretudo foi) centrou o seu trabalho na vida americana, da política aos temas sociais, e dedicou especial atenção à pobreza na América Latina. Em 1966 fundou o International Fund for Concerned Photography em memória do seu irmão e de outros fotojornalistas que perderam a vida em trabalho. Essa esperiência levou-o à criação, em 1974, do International Center of Photography, em Nova Iorque, de que foi director ao longo de 20 anos, ao fim dos quais foi nomeado Director Emérito. As numerosas distinções de que Cornell Capa foi alvo incluem
o Prémio Honorário da American Society of Magazine Photographers (1975); a Medalha Leica de Excelência (1986); o Prémio Paz e Cultura da Sokka Gakkai International, Japão (1990); a Ordem das Artes e Letras, França (1991); o Prémio de Carreira dos Photography Award dos Friends of Photography (1995); Membro Honorário da ASMP (1995); e o Prémio de Carreira na Fotografia da Aperture Foundation (1999).
Pintor e gravador português (Lisboa, 1931 - Londres, 21.5.2008). Formado pela Slade School, de Londres, aí exerceu docência desde 1961. Em 1969 dirigiu um curso de gravura na Universidade de Wisconsin. Esteve também, como professor visitante, na Suécia (1977 e 1978), em Lahore, Paquistão (1986 e 1987), e em Macau. A sua obra, de grande rigor técnico, procura frequentemente temas de inspiração literária, utilizando uma notável economia de meios. Recebeu o Prémio de Gravura na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian em 1961. É autor de painéis da estação de metropolitano de Entrecampos.
Já a manhã clara dava nos outeiros
Por onde o Ganges murmurando soa,
Quando da celsa gávea os marinheiros
Enxergaram terra alta pela proa.
Já fora de tormenta, e dos primeiros
Mares, o temor vão do peito voa.
Disse alegre o piloto Melindano:
«Terra é de Calecu, se não me engano».
«Esta é por certo a terra que buscais
Da verdadeira Índia, que aparece;
E se do mundo mais não desejais,
Vosso trabalho longo aqui fenece.»
Sofrer aqui não pode o Gama mais,
De ledo em ver que a terra se conhece:
Os geolhos no chão, as mãos ao céu,
A mercê grande a Deus agradeceu.
Luís de Camões, Os Lusíadas, Canto VI
No ano em que celebra o seu 100.º aniversário, Manoel de Oliveira foi distinguido com a Palma de Ouro para a Carreira do Festival de Cannes, que lhe foi entregue por um dos seus actores favoritos: Michel Piccoli.
Após a exibição da sua curta-metragem, A Day in the Life of Manoel de Oliveira, Gilles Jacob leu uma carta pessoaç, agradecendo e elogiando o cineasta pela sua contribuição para a Sétima Arte:
"Dear Manoel,
There's a story about you I just love. Supposedly, you said, "I've been lying about my age. I'm not one hundred years old; I'm three years older than that." If it's true, I say, hats off to you; if it's not true, it's even more delightful. In any case, it augurs well for this portrait of the artist as a young man. The world's great directors cringe before the deluge of interpretations that the exegetes rain down upon their oeuvre You, my dear friend, will not contradict me, I'm sure. Having begun making films before the advent of sound, you know the sweet price of silence. And you are also, in a way, the last of the pioneers. Indeed, the œuvre of the great cineastes is marked by its openness: to the world, to space, to time, and to the person, as well, and therefore to tranquility... You structure each of your films in opposition to the preceding one, a little game that makes you the most playful of directors. You have no fear of placing yourself in danger and, yet, it never fails: like the high-jumper you once were, you sail over the obstacle, the bar doesn't fall, you succeed. A mystery of freshness and vitality, you amaze us; we are in awe of you, even. You are always unpredictable. Your films, swimming in magnificent light and splendid women, need no explanations. One of your titles sums them up perfectly: The Uncertainty Principle. Strange and sublime metamorphoses recur in your work; changements à vue, as they say in theater, changes in plain sight. This change in plain sight is coming over your face now: your eyes are sparkling with enjoyment, vitality, and the youthfulness of your soul. The thing is, your legendary modesty shrinks from having people talk about either you or your work. Too bad, dear Manoel, let me say this, and for a second, I shall be a bit serious. Too bad if I vex you, you who are the quintessence of cinéma d'auteur, as all lovers of the style will agree. There are certain figures in the history of art, creators who, for a time, embody the soul of a people, are emblematic of an entire country. Such artists are a boon to their countrymen, a blessing for the land. From the 1950s to the 1970s, Italy suffered the fate of having fifteen geniuses in practice. Fine, but what then? In Spain, the opposite was true, and without going back to the great Cervantes in literature, the role was played by Buñuel, followed by Almodóvar. And that was fine. In Portugal, there was Pessoa, but then there is also you. Please excuse me. I'll cite one single example of the Oliveira Touch. It's in I'm Going Home, with the great Michel Piccoli. Remember, every morning, his character goes to the same Paris café, sits down at the same table, and orders a cup of coffee, which he drinks as he reads Le Figaro. Then he leaves. Almost as soon as he gets up, another customer comes in, rushes to the same table, and reads Libération. Another day, after Piccoli is gone, the Libération reader hurries in as usual, but the table is already taken by another regular, who is riveted to Le Monde. What is it about this enchanted table that attracts such a varied sample of the daily press? ...The only thing one can be certain of is that there's no explanation. That's just the way it is. But the very fact that we asked ourselves all these questions, and smiled, is a revelation of our whole universe, my dear Manoel, and, in this representation, of the entire history of humanity. As I remarked before, you've been making films for quite a while. For sheer taste, your work invents, foretells, and accompanies the panorama of the history of cinema. And it is on these highly symbolic grounds, but because you are you – that is to say, a righteous man – that we are now going to award you the Palme d’Or. Not in honor of your seniority – heaven forbid! – but for the esteem and especially the admiration you inspire. Admiration for you as a filmmaker and as a man. In this particular case, they can never be separated. Take good care of yourself!
[www.festival-cannes.fr]