Terça-feira, 25 de Agosto de 2009

Lunetas e telescópios, 400 anos de existência

Luneta de Galileu

 

O físico e astrónomo italiano Galileu Galilei (Pisa, 1564 - Florença, 1642) consagrou toda a sua existência à procura racional da verdade, tendo sido obrigado a renegar, aos 70 anos, perante o tribunal da Inquisição, a descoberta que tomara mais a peito — o movimento dos planetas, e, portanto, da Terra à volta do Sol. Galileu ensinou Matemática em Pádua em 1589. Pôs em causa a física aristotélica e fez-se promotor das teses de Copérnico; foi ele o verdadeiro fundador do moderno método experimental, que alia os raciocínios indutivo e dedutivo. Descobriu em 1602 as leis das quedas dos corpos e, em 1610, fabricou uma luneta astronómica, depois chamada luneta de Galileu, com a qual pôde então dedicar-se à observação astral (Lua, Sol, Júpiter, Saturno, Vénus). Ver texto no Público.

O telescópio

É um aparelho óptico que permite a visão de objectos longínquos. Contrariamente à objectiva da luneta astronómica, a objectiva de um telescópio não é constituída por uma lente mas por um espelho côncavo recoberto de fina película de prata ou de alumínio. Deste modo, a convergência não é obtida por refracção mas por reflexão sobre uma superfície parabólica, que faz com que as imagens se apresentem isentas de aberrações cromáticas. Existem vários tipos de telescópios. O mais simples, o telescópio de Newton, inventado por este físico em 1671, possui um espelho principal, parabólico, e um espelho secundário, plano, colocado um pouco antes do foco e inclinado 45º, de modo a reflectir a imagem sobre o lado do tubo onde ela é então observada com uma ocular. No telescópio de Cassegrain, o espelho secundário é convexo e comporta-se como uma lente divergente; este espelho secundário, colocado sobre o eixo óptico, reflecte a imagem para o espelho primário que tem um orifício no centro. A observação faz-se então na parte posterior do instrumento, como com uma luneta. O telescópio de Schmidt, além dos espelhos primário e secundário, possui uma lâmina correctora, espécie de lente de contorno especial que ao suprimir certas distorções marginais permite utilizar praticamente toda a superfície do espelho. Os telescópios de Schmidt, muito luminosos, são úteis para a fotografia de campos estelares. O celóstato permite, graças a uma imagem fixa, observações precisas. Num telescópio electrónico a ocular é substituída por uma câmara electrónica, que permite descobrir estrelas cem vezes mais fracas que com os meios clássicos.

 

publicado por annualia às 11:54
link | comentar
ANNUALIA
annualia@sapo.pt

TWITTER de Annualia

Artigos Recentes

Prémio de Poesia Luís Mig...

Prémio Pessoa 2009/ D. Ma...

Prémio Goncourt de Poesia...

Prémio Cervantes 2009/ Jo...

O Homem da Capa Verde

Anselmo Duarte (1920-2009...

Francisco Ayala (1906-200...

Claude Lévi-Strauss (1908...

Prémio Goncourt/ Marie Nd...

Alda Merini (1931-2009)

Arquivo

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

tags

todas as tags

pesquisar

 

Subscrever feeds

blogs SAPO